Irmãs

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Wilmer 

— Você está estranha hoje! — Sophie estava muito cabisbaixa e geralmente ela não era assim. Fiz panquecas com frutas vermelhas para ela, suas favoritas e nem ao menos isso a fez sorrir. Eu sabia que ela estava triste por toda essa situação. Mas não havia nada que eu possa fazer por ela.

— Eu só estou com um pouco de vergonha de ir a escola hoje! — A guerra dela era interna e talvez ela tenha que passar por isso para aprender. Não era uma coisa que pudia mudar, mas era de extrema tristeza vê-la daquela forma. Não era uma forma de machuca-la, mas sim uma forma de ensina-la que as coisas nem sempre são da forma que esperamos.

— Você acordou cedo, pensei que estivesse animada! — Ela mal mexia em seu café da manhã e eu estava preocupado. Minha tarefa era protege-la, mas agora eu não era capaz de fazer isso. 

— As aparências enganam! — Ela pegou o seu prato e o colocou na pia. Sorriu sem graça para mim.

— Espera, irá dar tudo certo! — Sophie suspirou. 

— Eu não sou como a minha mãe! — Eu não sei se ela se referia a Demi ou a mãe biológica, Anne. Aquilo me apertou o peito forte. Sentia que a minha missão ali era estar com ela, apenas isso. — Eu não quero as pessoas pensem que eu sou como a minha mãe! 

— Você é uma pessoa totalmente diferente. Você vai conseguir superar isso. É apenas uma fase ruim! — Passei as mãos em seus cabelos e daria todo apoio a ela. Eu pensava que havia feito uma grande besteira ao trazer essa garotinha para o meu lar, mas agora a olhando eu só consigo pensar em como sou privilegiado por conhece-la. — Nos estamos juntos nessa! — Levantei a minha mão e ela bateu. 

— Tudo bem, Capitão! — Ela bateu continência como nos velhos tempos, mas dessa vez eu já não era tão "mandão" como antes.

— Me desculpe não conseguir te levar hoje para aula! — Eu iria levar os gêmeos e minha namorada para o aeroporto. — Mas eu coloquei o seu nome no ônibus escolar, como havia comentado e preciso que você o pegue hoje, se não se importa, claro! 

— Não me importo! — Tudo bem! Tudo ficará bem, com ela. 

— Você tem vinte minutos, eu te levarei ao ponto de encontro de carro, não se preocupe! — Falei ao olhar o relógio. — Ajudarei as crianças com as malas no carro, pegue sua bolsa e desça. Estamos quase atrasados! — Caminhei até a porta e ela até o quarto para pegar suas coisas. Deixei a porta aberta, pois logo ela sairia e assim seguiremos para os nossos afazeres do dia. Peguei o elevador e desci até o subi solo. 

— Cuide bem deles! — Falei abraça-la por trás e depositar um beijo em seu pescoço. — São tudo para mim! — Ela sorriu ao se virar. 

— Você está confiando em mim, não está? Não irei te decepcionar! — Eu me sentia muito bem com Mônica. Ela é muito bonita e dócil. — Sem contar que Valerie nos acompanhará! — Ela me abraçou novamente.

— Sentirei a sua falta! — Falei ao beijá-la.

— Eu também! — Ela falou ao nosso beijo ser interrompido por Isabela.

— Não precisa levar tantas coisas, minha pequena! — A mala de Isabela estava um tanto grande de mais e um pouco pesada.

— Meninas! — Mônica sorriu o que me contagiou. 

— Se comportem e não desobedeçam Valerie ou Mônica. — Valerie a essa altura já estava no aeroporto nos aguardando. — Vocês estão em outro pais! — E eu com um enorme aperto no peito, por saber que eles estão crescendo. 

get lost and find yourselfOnde histórias criam vida. Descubra agora