Sophie
—Henry? — O chamei ainda a porta de seu quarto. Era bem cedo. Henry não era acostumado acordar tão cedo em dias que não tinha aula. Susan, mãe de Henry permitiu minha entrada em seu quarto, assim eu fiz. Ao entrar no seu quarto eu pude ver algo muito parecido com Henry. Um cantinho que tinha a cara dele. O telefone tocou lá em baixo, Susan me deixou sozinha, ele realmente estava dormindo. — Henry? — O chamei levantando seu cobertor, esse é o melhor jeito de acordar alguém.
— Sophie, você é doida? — Ele falou ao perceber que eu estava no quarto. Henry se levantou assustado e foi quando eu percebi que ele estava apenas de cueca. Levei minha mãos a boca, tentando me desculpar. Fechei os olhos. Fiquei muito envergonhada com aquela situação. —Eu estou de cueca!
— Conte-me uma novidade! — Brinquei ainda de olhos fechados. — Já vestiu alguma coisa? — Perguntei, enquanto espiava ele colocar uma bermuda jeans que estava jogada pelo chão, junto com outras coisas espalhadas pelo quarto.
— Sim! — Eu pude tirar a mão dos olhos e observei um Henry sonolento. Ele ficava legal com a voz de sono. Era engraçado. —Eu me esqueci totalmente, o alarme tocou para eu acordar, mas eu desliguei e voltei a dormir! — Ele coçava a cabeça bagunçando seu cabelo. Dava alguns pulinhos para tentar se acordar.
— Tudo bem! — Olhei no espelho e pude ver que estava um tanto vermelha, talvez possa ser pelo frio que estava lá fora, mas era mais provável que seja pela cena de alguns minutos atrás.
— Você realmente quer fazer isso? — Ele falou mais baixo dessa vez. Por que fazer esse tipo de pergunta para alguém que está com o maior peso na consciência? Não era justo fazer o que eu estava fazendo, mas eu precisava fazer. Me virei e o encarei. — Eu não apoio você fazer isso, mas eu te levarei a escola! — Ninguém apoia o que é errado, nem mesmo meu melhor amigo. A sensação de que poderia dar errado me perseguia, mas eu não posso desistir de alguma coisa depois de confirmar. Eu não conseguia falar nada, mas Henry entendia o que estava ao menos querendo pensar. Ele me entendia, por isso suspirou fundo e mesmo com sono me encarou com reprovação. — Eu vou ao banheiro, se importa de esperar um pouco? — Ele não ficou irritado por eu ter o acordado. Nem por ter visto ele somente de cueca. Mas ele estava irritado com ele mesmo por saber que estava me deixando fazer o que é errado. Eu não me sentia bem fazendo isso, mas eu tinha que concretizar. Minha cabeça está me sabotando, tudo vai sair como planejado, assim espero.
Seu quarto estava quentinho e era aconchegante. Era pintado de azul, um azul tristonho, mas combinava com o estilo do garoto. Estava uma bagunça, mas tinha uma boa decoração. Eu comecei a olhar tudo ao meu redor. Ele tinha vários prêmios de amostras de cinema e curtas metragens da escola e de outros lugares também. Eu fiquei admirada e me senti feliz por ele. Pude sorrir um pouquinho por pensar o quanto Henry estava feliz ao completar todas aquelas atividades. Me sentei em sua cama e olhei a hora em seu celular era sete e seis da manhã de uma sexta-feira um pouco fria. Encarei a imensa parede a frente de sua cama e vi um painel de fotos. Me levantei e como boa curiosa que sou quis ver tudo aquilo, bem de perto. Eram muitas fotos, elas formavam um desenho que eu não consegui identificar. Ali estava a foto do dia que nos conhecemos. Tinha outras que nem sabia que existiam. Ele colecionava fotos de todos as pessoas. Ouvi a porta do banheiro que ficava em seu quarto ranger um pouco.
— São ótimas fotos! — Falei assim que ele saiu com uma roupa diferente da que tinha entrado. O cheirinho de banho foi tomado pelo quarto. Eu ainda estava confusa, como ele tirava as fotos sem que eu percebesse.
— Não estão apenas minhas melhores fotos, mas sim das pessoas especiais que rondam minha vida! — Quer apenas me matar de tanto transbordar amor por ele. Era algo simples, mas especial para mim. Eu estava agradecida por tanta gente amável que eu estava conhecendo durante esse período sem sentindo da vida. — Tem fotos aleatórias também, eu adoro filmar e tirar fotos de pessoas! — Será que eu era apenas uma foto aleatória e já estava toda me iludindo? — Você não entenderia! — Deu de ombros.
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get lost and find yourself
Fanfiction(Em revisão) Ao mesmo tempo que perdeu o chão, Ganhou o mundo! Enquanto muitos lutavam por milhões, Almejava um abraço! Uma beleza tão sutil Que se torna única! Sua lealdade é um traço puro, Formando um laço com os dedos mindinhos! Ela busca se enco...