Capítulo CXIX

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Durante o passeio do casal, ainda cedo, eles visitaram a torre, e enfim tiraram as amadas fotos. Em suma, tiradas pelos fotógrafos que estavam lá para enganar turistas, e Dazai era o alvo perfeito. Se Chuuya estivesse distraído com algo, alguém diria que seu namorado pisou numa das fotografias que estavam no chão, ou dariam uma rosa para Dazai e em seguida cobrariam por ela. Coisas que exigiam dinheiro não eram uma preocupação, Chuuya queria evitar ser assaltado ali. Ele acabou precisando deixar os seguranças perto para poder se concentrar no namorado.

— Vida, pega. — Disse ao entregar a rosa ao namorado, que lhe ofereceu um selar na bochecha, deixando Osamu vermelho e desconcentrado. — Vida, aqui tá cheio de gente.

— E? Nunca tentei ver se dava pra alugar isso aqui. Você quer? — Perguntou, se referindo a todo o espaço em volta da torre, Dazai não sabia se Chuuya estava sendo irônico ou falando sério. — Que foi?

— Não quero, você é meio perigoso fazer besteira. — Respondeu, e Chuuya lhe mostrou a língua, olhando ao redor. — Você tá preocupado? Quer ir pra casa?

— Não, é que eu realmente não venho muito pra cá. É sempre cheio assim, então nunca reparo muito. — Comentou, olhando ao redor, e ouvindo o namorado comentar que, apesar de muito bonita, a cidade realmente não tinha um cheiro agradável. — Né? Eu falei. Ai, na fazenda não tem isso. Lá é uma delícia. Você vai gostar.

— Olá, boa noite. Com licença, gravo vídeos pra-- — Era um completo desconhecido com um microfone em mãos que, ao falar que gravava vídeos, foi pedido para se retirar. Chuuya é, foi, e continuará sendo, por muitos anos, uma figura famosa no país, de aparência chamativa e que, se está na mídia, ganhará flashs em seu rosto, o que não é agradável e lhe fará ganhar atenção indesejada. — Ah, peço desculpas. São só vídeos pra internet. A gente pode não gravar seu rosto? Borrar, talvez?

— Depende, sobre o que é? — Perguntou o ruivo intrometido, enfiando o rosto entre os braços do segurança a sua frente, sendo informado ser uma ideia ruim. — É só não gravar meu rosto. — Resmungou, e o rapaz comentou sobre abandonarem a ideia, que poderia gravar com outras pessoas. — Aff, tá bom.

— Mas você tá em mídia daqui, não pode tirar foto por quê? — Perguntou confuso, e Chuuya informou que Verlaine não permitia fotos ou vídeos com sua imagem, e, quando tirados por paparazzi, costumavam ser processados e ter as imagens derrubadas. — Por isso sua conta é privada? Achei que fosse pelos seus "amigos".

— Também. Antes eu tinha uma aberta, mas não postava quase nada. Apaguei ela. — Comentou, e Dazai afirmou que gostaria de ver mais fotos de Chuuya quando pequeno, já que, aparentemente, seu rosto era o mesmo. — Depois eu mostro. Era um adolescente meio esquisito.

— Você ainda é adolescente, vida. — Resmungou, e o rapaz lhe mostrou a língua. — Olha que eu só não te beijo porque tem umas trinta pessoas ao redor. — Implicou, e Chuuya então o fez, roubando-lhe um selinho. Dazai, apesar de estar sempre brincando e beijando Chuuya, o faz em lugares vazios, afastados, ruas pouco movimentadas. — Meu Deus, você vai me infartar.

— Deixa de ser gay. — Implicou, olhando um pouco ao redor. Dazai já fez tudo o que queria, tirou fotos, ganhou e deu flores, beijou, e passou a noite de mãos dadas com Chuuya na rua. Ele queria ir embora, e assim fizeram.

[...]

Na manhã seguinte, seu quinto dia no país, Kenzaburo foi acordado por Chuuya. Como era de se esperar, Nakahara foi empurrado e jogado contra o chão num passe de mágica, e começou a resmungar, xingando Kenzaburo. Com a pancada, o quarto de Oe foi invadido por quem passava por ali, ou seja, por Theodore, que também acordava cedo. Ele se deparou com Chuuya em cima de Kenzaburo, mordendo seu braço e sendo empurrado pelo rapaz com os pés em sua barriga, ambos xingando e resmungando.

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