Capítulo XIII - A festa de Sayaka Murata

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⚠️ • Não romantizamos o uso de álcool ou drogas, se você tem ou conhece alguém que tenha problemas com essas substâncias busque ajuda profissional.

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Depois de muito implorar ao irmão e certificar que Dazai estaria lá, como se a responsabilidade dele fosse algo confiável, Chuuya teve permissão de ir à festa, mas também era obrigado a ligar ou mandar mensagens se algo desse errado, além de ser notificado que não abusasse do limite de álcool para se mostrar aos outros e que nem ousasse usar algum químico, seja droga ou um simples cigarro. Verlaine e Rimbaud estariam disponíveis por 42h caso ele precisasse ligar, nem que fosse meia-noite, também foi pedido que não escondesse caso alguém tentasse lhe fazer mal. A festa começaria às 22h e iria até às 18h do dia seguinte, coisa que ninguém aguentaria, mas a casa de Sayaka tinha outros entretenimentos como uma piscina grande e a vista para o mar. Havia vários quartos disponíveis, além de sacos de dormir, Sayaka criou um grupo com todos que foram convidados, onde explicou as regras e mostrou o que estava disponível. Em resumo, a casa inteira estava aberta para os curiosos que quisessem entrar nos quartos, o galpão estava proibido, a piscina era de quem quisesse assim como a porta que dava para a praia.

Dentro do carro com Akutagawa, Atsushi e Dazai, Chuuya discutia com eles sobre o que fariam quando chegassem e faziam apostas idiotas para ver quanto tempo Akutagawa aguentaria sem reclamar sobre algo na festa. Apesar de Akutagawa estar sempre chegando cedo nos lugares, na festa, como ele não estava nada motivado, se atrasou, e ao chegar lá além das luzes chamativas havia uma música tão alta que as vibrações faziam o chão tremer. Dazai abriu um sorriso, sentindo seu corpo se arrepiar, mas Akutagawa, que havia retirado o cinto, voltou a colocá-lo e se agarrar firmemente nele. Atsushi e Chuuya pareciam surpresos e beirando a linha entre o desconforto e a liberdade de estar sem supervisão, sendo donos do próprio nariz. Depois de muito insistir, Dazai e Atsushi conseguiram tirar Akutagawa do carro, alegando que ele poderia ir para casa mais tarde. Ao abrir a porta, o mar de pessoas pulando enquanto luzes coloridas e brilhantes incomodava sua visão era, para Chuuya, algo totalmente diferente do que ele imaginou sobre uma festa japonesa. Todos estavam com suas bolsas, roupas extras e tudo mais para suportar quase dois dias de festa.

Dazai vestia uma blusa de manga longa colada no corpo, era bege, um pouco mais escura que sua pele, e por cima dela uma camisa branca social, com as mangas arregaçadas e uma calça jeans clara, com cinto fino, que destacava sua cintura, a barra da calça estava dobrada, nos pés, um par de all star de cano alto, pretos com a clássica linha vermelha, um pouco gastos. Akutagawa, mesmo estando lá contra sua vontade, estava mais que bem-vestido; uma calça de alfaiataria preta, camisa vitoriana branca, relógio no pulso, um sobretudo preto e, nos pés, um par de sapatos social. Atsushi estava mais descontraído, bermuda pouco abaixo do joelho, suspensórios por cima da camiseta branca, um par de tênis brancos e altos, era quem mais mostrava a pele, um dos mais simples. Chuuya usava uma calça de couro, acentuando a cintura fina, a camisa era vermelha de veludo, gola alta e também um pouco colada no corpo, seguindo Akutagawa, Nakahara também usava um sobretudo, de couro. Suas orelhas estavam carregadas de brincos e piercings, o pescoço continha apenas sua garganta de sempre, escondida pela gola da camisa, e um colar sem pingente. Nas mãos, óbvio, seu par de luvas. Ele obviamente iria tirar o sobretudo em algum momento, mas considerando que irá sentir frio por estar diante do mar, permanecerá com ele. 

— Ah, vocês chegaram! — Sayaka disse animada, se aproximando do grupo de rapazes e selando seus lábios um pouco mais próximos do canto do lábio de Chuuya, que continha um arranhão pequeno de dias atrás. — Entrem, aproveitem a festa. A bebida é a vontade. Tem garrafas de água espalhadas pela casa, por precaução. Tentem não vomitar e se cuidem. Se precisarem de mim é só chamar. — A garota se jogou na multidão ao terminar a frase, e Chuuya tencionou o corpo, assim como Akutagawa, dando meia volta, mas sendo segurados por Dazai e Atsushi.

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