Capítulo CI

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Pela manhã, Dazai acordou primeiro. Ele estava ansioso para ver os avós de seu namorado, ele esperou Chuuya acordar, e assistiu ao garoto totalmente desnorteado começar a raciocinar. O moreno deu beijos e mais beijos no rosto de seu namorado, ouvindo resmungos birrentos do garoto que se aconchegava em seu peito. Dazai pousou um selar nos lábios do ruivo, afagando suas costas e o deixando continuar confuso em seu raciocínio. Até Chuuya enfim recordar quem era e o que fazia, Dazai já havia beijado todo seu rosto, pescoço e colo.

— Você acordou antes de mim? — Perguntou, e o outro afirmou. — Por quê? — Questionou, sentindo o moreno pousar beijos em seu ombro, explicando que irão conhecer os avós de Nakahara. — Ah, tá... Por que você tá me beijando desse jeito? Tá cedo e você já tá todo se querendo. — Perguntou confuso, tendo o corpo apalpado pelo namorado ansioso, que explicava sua ansiedade. — E precisa me comer pra passar? — Perguntou implicante, fazendo o outro concordar. — Não precisa. Hoje é coisa séria.

— Eu sei. Meu cio também é coisa séria. Vida, o que eu vou fazer se eles não gostarem de mim? A sua família é toda quieta. Vocês dormem cedo, tem muitas regras. E se eu fizer bobagem? — Perguntou nervoso, e Chuuya logo se apressou para sentar-se, segurando as mãos do garoto e explicando que seus avós gostariam de Osamu tanto quanto ele gosta. — Eu não sei falar com gente idosa, eu não converso muito com eles. E se eu falar besteira?

— Você não vai falar bobagem nem fazer nenhuma besteira. Eu também não tenho contato com gente idosa o tempo inteiro, principalmente japoneses. A gente tem o Verlaine e o Rimbaud com a gente, vai ficar tudo bem. — Explicou, balançando as mãos do namorado na intenção de distraí-lo. Talvez seja precipitado apresentar a família alguém que Chuuya namora há menos de um mês, mas Nakahara quer que isso aconteça, e Verlaine quer que Chuuya tenha o que quer. — Você quer realmente ir? — Perguntou curioso, e o maior afirmou, deixando o ruivo tranquilo. — Tem alguma coisa que te deixa mais calmo quando você tá ansioso? Algum remédio?

— Você. — Respondeu, fazendo o ruivo voltar toda sua atenção para Osamu. — Nossa. Acho que você nunca prestou tanta atenção em mim tão rápido. — Murmurou, sentindo suas bochechas esquentarem. — Vida, olha pra outro canto, tá me deixando com vergonha. — Resmungou, mas Chuuya não o fez. O ruivo afastou os fios de Osamu e segurou seu rosto entre as mãos, pousando um selar breve nos lábios do moreno envergonhado. Dazai acabou com o coração acelerado, agora ansioso para ter Chuuya. — Eu amo você. E seus beijos, e seu rosto, e essa boca tão... Ai, meu bem, eu tô coisado.

— Hã? Coisado? — Perguntou confuso, saindo do colo do garoto para checar se o íntimo de Dazai estava dando olá, mas não estava. — Menos mal. Que tipo de coisado? — Perguntou, sendo colocado no colo do rapaz outra vez, o ouvindo tagarelar sobre querer beijar Nakahara, e como estava bobo por lembrar que estão realmente juntos. — Ah, sim. Que susto. Ai que besta. Eu não esqueci de ontem, tá? Eu me humilhando por um beijo e você fazendo cu doce. — Reclamou, ele irá usar isso por um longo tempo.

— Meu a-- bem. Meu bem, vamos superar isso, certo? — Dazai realmente iria implicar, mas lembrou que ele sairia pior. A possibilidade de ser chamado por tal apelido fez os olhos de Nakahara contrariem suas pupilas por um momento, logo estabilizando. — Então, a gente vai se pegar, tomar banho, se pegar, arrumar minhas roupas ou se pegar? Eu falei se pegar? — Perguntou irônico, fazendo o ruivo rir de suas bobagens. Dazai ergueu o tronco, pondo as mãos de Chuuya em volta de seu pescoço, e afagou a cintura do outro. — A gente pode se pegar? Só um pouquinho? Um pouquinho forte, pode? Acho que a gente tinha que se pegar, mas é só um achismo meu. Eu quero te beijar aqui, pode? — Perguntou, pousando um selar no pescoço do garoto que tentava parar de rir do empenho de Osamu. — E eu queria beijar sua boca, pode?

— Pode. — Respondeu ainda rindo, acabando por ter seu riso cessado pelo namorado que avançou em seus lábios, mas sem sucesso, Chuuya não conseguia retribuir por rir de Dazai. — Perdão, é que você ficou todo pidão e eu não aguentei. — Explicou entre risadas, se jogando para trás enquanto Dazai revirava os olhos com um sorriso nos lábios. Chuuya continuou numa tosca crise de riso enquanto Dazai sentava entre suas pernas, beijando suas mãos e braços. Aos poucos, Chuuya conseguiu evitar a risada, ainda tendo o corpo beijado pelo outro. — Seu cabelo tá grandinho, que lindo. É muito macio. — Murmurou, afagando os fios de Dazai que se inclinou sobre ele, fazendo o outro sorrir. — O quê?

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