Capítulo CXX

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Enquanto desenhavam, Dazai acabou recebendo uma mensagem e informando que ficaria um pouco com Kenzaburo, deixando os outros três a sós. Chuuya não estava tão preocupado, sabe que Kenzaburo ficará bem. Odette terminou de pintar as unhas e as esperou secar, mostrando para Theodore, que estava ao seu lado, e ganhou um selar na têmpora. Nakahara ficou alguns segundos concentrado nas próprias unhas, desviando atenção aos outros dois e, de cenho franzido, se debruçou na mesa de centro, inflando os pulmões.

— Vocês têm algum objetivo? — Perguntou, curioso, e os dois outros olharam curiosos. — Sobre o Kenza. Não sabia que eram adeptos a não monogamia.

— Nós nos conhecemos há pouco tempo, não apressa as coisas. — Odette informou, e Theodore olhou para a mesma como um cachorro abandonado, questionando se ela não teria interesse em ambos. — Tenho. Mas saber se quer namorar com menos de uma semana?

— Eu quero, se vocês quiserem. Pode ser mais pra frente, claro, mas... não sei, queria tentar isso. — Resmungou, sua mancha estava rosada. Odette disse que deveriam saber das intenções de Oe antes. — Ele parece uma folha em branco pra mim. Você disse que ele nunca beijou na vida, não namorou. Acho que deveríamos conversar sobre isso. Ele é tão ele que me deixa eufórico, assim como fico com você.

— Meu Deus, vocês são tudo um bando de viado. — Chuuya implicou, e os outros dois beliscaram seus ombros. — O Theo é emocionado igual o Dazai, Odette é mais eu, mas o Kenza é um caso a parte. Não sei. Falem sobre isso. Ele não me parece do tipo que entraria num relacionamento, mas eu conheço ele há menos de seis meses, minha experiência não conta muito. Só que, pra mim, não faz sentido se eles dois estiverem pensando num relacionamento e você não querer, ou a Odette e o Kenza ficarem só na diversão e o Theo achar que vai acontecer alguma coisa. Alguém se machuca. Esclareçam isso antes, tudo bem? — Perguntou, os ouvindo concordar.

[...]

Kenzaburo ganhou suas folhas e iniciou a pintura, ouvindo os demais conversando sobre a viagem da fazenda. Odette recebeu permissão para ir, precisava apenas arrumar a própria mala. Chuuya acabou pintando também logo após suas unhas secarem. Ele estava colorindo diversos desenhos do Homem Aranha. Kenzaburo coloria Studios Ghibli, Odette alguns desenhos da Barbie, Theodore desenhos da Turma da Mônica e Dazai os que ele próprio fez.

— Estraguei o desenho. Pintar nunca é uma boa opção. — Osamu resmungou, ganhando um olhar de Kenzaburo, e ouvindo os outros afirmarem estar bom ao observar o desenho. Dazai não parecia convencido, e ganhou um desenho de Chihiro para colorir. Ele memorizou as cores das roupas por influência de Kenzaburo, que fala sobre em qualquer oportunidade.

— Kenza, por favor, eu tô curioso. Vai rolar alguma coisa? — Chuuya questionou, em japonês, fazendo Theodore e Odette olharem para ele, confusos, e Dazai encarar Kenzaburo, em busca de resposta. — Só saber.

— Você só sabe falar de uma coisa. Se não vai dizer nada interessante, então cale a boca. — Disse o moreno, assistindo à porta ser aberta, Rimbaud invadiu o quarto com uma mão-cheia de ingressos para um concerto.

— Não é exatamente um lugar que eu achei que convidaria vocês, mas vão ter boas apresentações. — Comentou o mais velho, entregando para Dazai, que distribuiu os papéis. — É hoje à noite. Se escolherem ir, estejam prontos às 18h, vamos buscar vocês. — Pediu, se aproximando deles e apertando Chuuya, fazendo o mesmo com Kenzaburo, que estava confuso. Ele não consegue ler, não faz ideia do que há naqueles papéis. Rimbaud os deixou tão rápido quanto entrou, fazendo Kenzaburo entregar o papel para Osamu.

— Você não vai? — Odette questionou, e Kenzaburo afirmou que aquele papel não era um mapa, ou seja, não há para aonde ir. — Ah, verdade. É um concerto. Vai ter uma apresentação especial no fim da noite. Vai ser legal, vamos.

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