Capítulo XXIII

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Após correr um pouco pela escola, eles finalmente foram ao terraço, já que estavam intercalando entre almoçar com Yin e Yang, que estavam em uma proximidade além de estranha, e almoçar sozinhos, para dar abertura a suas brincadeiras idiotas sem qualquer coisa que os leve a ter perguntas ou desconforto aos outros. Eles finalmente sentaram um ao lado do outro, e Dazai começou a falar sobre como tinha sido a aula, o que Chuuya perdeu, e perguntou o que ocorreu entre Oe e Nakahara enquanto eles estavam fora. Chuuya disse que, como sempre, discutiram, Kenzaburo grudou como uma pulga até ser enxotado, e ele não fez muita coisa depois disso, além de refazer o curativo.

— Eu acho que a Sayaka faltou, não vi ela em lugar nenhum. — Comentou, abrindo sua marmita, e começando a comer. Ele encarou suas pernas esticadas, e as curvou minimamente, pendendo a cabeça para o lado, pensativo. — Acha minhas pernas curtas? — Perguntou, e o outro afirmou franzindo o cenho, era algo óbvio. — Eu ando muito devagar? Você sempre me acompanha, suas pernas são maiores. É ruim? — Perguntou, e o outro pareceu ainda mais confuso enquanto comia.

— Nunca me incomodou. Eu ando devagar, você anda rápido, acho que é uma boa pra nós. Por que a pergunta? — Questionou curioso, e o outro apenas disse ser algo que passou em sua cabeça enquanto corriam, e logo revelou ser fruto de um comentário de Kenzaburo. Por mais que Chuuya afirme não se importar com as opiniões alheias, não deixa de ser um adolescente, o que ele mais quer é a aprovação dos outros. — Kenzaburo é um idiota, nenhum comentário dele é válido. E não se incomode por eu ter dito que você come devagar, por favor. Por que você ficou na enfermaria depois de terminar o curativo?

— Você é besta, eu não como tão devagar. — Resmungou, e Chuuya realmente acreditava nisso, embora sempre fosse o último a terminar entre Rimbaud, Verlaine, Dazai, Atsushi e muitas vezes perder para Akutagawa nessa corrida inexistente. — Sobre a enfermeira, eu só não queria ficar na secretaria. Aquela velhinha tava se irritando com a minha voz. — Reclamou emburrado, franzindo o cenho e deixando um bico nos lábios, era adorável, por esse e outros motivos Dazai gostava de vê-lo bravo com algo bobo.

— Fique no terraço, então, não na enfermaria. Você nem gosta de lugares tão fechados, aqui é um bom lugar. — Reclamou, ouvindo a afirmação do outro, deixando-o aliviado. Cheios após conversar mais algumas bobagens, Dazai se deslocou até a frente de Chuuya, que não entendeu absolutamente nada, e se virou de costas, pondo as mãos no chão, ele estava literalmente de quatro na frente do ruivo, então, antes do outro lhe questionar o que queria, Dazai entrelaçou suas pernas, e deu um giro, fazendo Chuuya também girar e bater o peito contra o chão, deixando Dazai rente a sua nádega. — Vi na internet, queria saber se funciona. Muito bom.

— Acho que quebrei a costela agora. — Resmungou derrotado, quieto no chão por ter Dazai sentado em suas coxas e, se tentasse virar, provavelmente o machucaria. — Você pode sair de cima de mim? — Perguntou ficando de bruços ao buscar uma pequena barra de chocolate, que ele quebrou e entregou um dos quadrados do doce ao moreno, que lhe deu um belo tapa na nádega. — Arrombado, eu vou te quebrar. — Reclamou, recebendo alguns outros tapinhas leves, Dazai o estava fazendo de bateria.

— Vai nada, você me ama. Adorei isso. É macia, e enorme. Minha mão quase não cabe. — Brincou, continuando a fazer de Chuuya uma bateria, lhe dando tapas leves e repetitivos na batida da música que Dazai tinha na cabeça. Sendo franco, Nakahara não estava realmente incomodado, Dazai é tão infantil que fazer os outros de bateria é algo comum, não havia malícia naquilo que estava fazendo, então Chuuya não tinha pressa em sair dali. — Seu quadril não é tão estreito quanto achei que fosse, já tentou medir? — Perguntou curioso, levando suas mãos as costas do mais velho, massageando-o.

— Meu Deus, isso é tão bom. Continua. — Murmurou, e assim Dazai fez, massageando desde a cintura até os ombros do ruivo. — Ah, e já medi. Se não me engano tem 103 ou 113, por aí. E é estreito, sim, só um pouco mais largo que minha cintura, dá essa impressão. — Explicou, se deliciando com a massagem que recebia. Chuuya conhecia as medidas de seu corpo por ser uma mania que adquiriu nos anos de balé, então, ganhar ou perder peso e medir-se se tornou um hábito. Verlaine diz não ser algo tão bom assim, já que algumas vezes ele se frustra, como quando percebeu que ganhou três centímetros na cintura, e desde então vem tentando voltar ao que tinha antes através da academia. Mas, obviamente, convivendo com os dois adultos, ele sempre foi influenciado a não pensar tanto naquilo, e fazer as coisas de maneira saudável, pois há alguns anos a forma que Chuuya lidava com o ganho de peso tornou-se um incomodo a todos.

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