Capítulo XVIII

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Chuuya desceu as escadas, encontrando Verlaine com a amada Coca-Cola, chá, leites e duas opções de sucos, explicando ao mais novo antes mesmo que perguntasse. Rimbaud estava indeciso sobre qual Dazai gostaria, então fez Paul comprar frutas, refrigerante, chás e leites de diferentes sabores. Paul questionou onde estavam os outros dois, e Nakahara deu o paradeiro, sentando na mesa enquanto esperava o restante. O ruivo escondeu o rosto entre as mãos ainda pensando sobre o abraço cheio de coisas estranhas, e seu irmão abriu um sorriso, se aproximando do mesmo com a única intenção de implicar. Sendo maduro ou não, Paul e Chuuya continuam sendo irmãos, oportunidades de implicância não podem ser perdidas.

— Você tá todo vermelhinho por quê? E esse chupão aí foi uma garota, é? Aquele que você disse que ia rejeitar? — Brincou, cutucando o pescoço do irmão, que voltou a se esconder, envergonhado. — É pequena até. Quando você fica brigando com o Dazai saem bem maiores que essa, por que uma coisa desse tamanho te deixa assim? — Perguntou sentando-se e esperando alguma reação do menor.

— Ah, é assim que vai ser? Tu convive com o Rimbaud há anos, e ainda fica todo viadinho quando ele fala contigo. E que moral você tem pra me falar sobre marcas? Acha que eu não vi essa tentativa de te quebrar ao meio na sua cintura? Que feio, Paul. Que feio. Mostrando isso pra uma criança? Onde tá o respeito? — Zombou, e Verlaine lhe deu um belo tapa na nuca, empinando o nariz. Logo Rimbaud e Osamu de juntaram a mesa, o rapaz de fios negros parecia muito orgulhoso, até um pouco nervoso, mas contente pelo jantar que fez. Era um completo exagero, mas tinha feito especificamente para tentar agradar o paladar de Osamu, que estava totalmente surpreso com a quantidade de comida na mesa.

Dazai sentou ao lado de Nakahara, de frente para Rimbaud, parecia um pouco perdido. Os pratos eram variados, japoneses e franceses. Boeuf Bourguignon, Shimeji, Gohan, Sunomono, Teppan, além de Clafoutis, manju, daifuku, mousse de chocolate, petit gâteau e creme brulee de sobremesa. Sendo franco, até Chuuya estava confuso pela quantidade, mas não era nada que eles não pudessem dar conta. Verlaine e Rimbaud consomem uma quantidade assustadora de comida, e Nakahara faz o mesmo por se exercitar bastante, mas Dazai não tinha esse costume. Nos últimos tempos, acabou se alimentando bem mais por conta de Arthur e Chuuya, de toda forma, os outros três acreditavam fielmente que ele poderia ao menos experimentar um pouco de tudo, e, óbvio, não há problema algum em sobrar comida.

Os olhos atentos de Osamu olharam para a mesa cheia, e em seguida para Chuuya, Rimbaud e Verlaine. Por ter os outros fazendo contato visual instantaneamente, o moreno ficou envergonhado, e rendeu algumas risadas. Nakahara tomou a frente, servindo o prato do amigo, e em seguida o seu próprio, Paul e Arthur fizeram o mesmo. Verlaine implicou com seu irmão mais algumas vezes, e foi repreendido por Rimbaud, mas Chuuya retribuiu a implicância, e também foi repreendido por Rimbaud. O homem de fios negros perguntou para Dazai a data de seu aniversário, como estava a escola, se tinha alguma alergia, se seus machucados estavam bem, se Chuuya estava implicando com ele, o garoto respondeu todas as perguntas calmamente, mas Nakahara parecia ofendido em ouvir Rimbaud questionando sobre sua implicância. O loiro que ouvia tudo também fez perguntas aos rapazes, e perguntou se Nakahara tinha planos do que fazer em seu aniversário, atraindo a atenção de Osamu.

— Seu aniversário é esse mês? Por que você não me disse? — Perguntou, indignado, fazendo Verlaine e Rimbaud trocarem olhares, segurando a risada, torcendo para ver uma boa discussão. Chuuya franziu o cenho, estava de bochechas cheias, então tardou a dar resposta. — Você sabe o meu aniversário, mas não me diz o seu. Que tipo de amizade é essa? Você disse dia 29, mas não tinha dito o mês. Eu tenho cara de vidente pra você?

— Por acaso eu preciso anunciar pra você tudo sobre mim? Você não perguntou, eu não ia adivinhar que você ia querer saber. — Resmungou irritado, e Dazai lhe deu um tapa na nuca, afirmando que Chuuya deveria, sim, contar para ele. — Ah, vá... — Estava prestes a xingar, quando por um momento desviou o olhar para Arthur, fazendo sua espinha arrepiar. — Vá terminar de comer. Depois a gente fala disso. Dia 29 foi específico, não foi? Você achou que era 29 de quê? Dezembro?

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