Capítulo XXXVI

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Depois de acordar com um tapa de Odasaku em sua bochecha, Chuuya levantou o rosto enfurecido e encarou o outro ruivo que ainda dormia, empurrando sua mão e sentindo Dazai puxá-lo para perto, o abraçando. Nakahara suspirou, e ficou ali por um tempo processando o que fazer quando assistiu seu irmão se sentar no chão, coçando o rosto enquanto bocejava. Verlaine abriu um sorriso ao ver que os adolescentes estavam abraçados, mas acabou contendo a risada por ver que seu irmão estava acordado e parecia a fim de sair daquela situação. O loiro fez um afago nos fios do namorado que ainda dormia, e empurrou Oda sutilmente, o impedindo de sequer acertar o cotovelo nas costas de Rimbaud.

— Eu vou fazer café. Vê se o Oda não vai acordar o Rimbaud, vou deixar ele dormir um pouco mais. Eu sei que ele disse que tá tudo bem, mas fique de olho no Dazai. Ligue pra qualquer um de nós na menor inconsistência. — Murmurou o loiro, prendendo os fios no topo da cabeça e se despedindo do irmão, que se virou para Osamu e começou a cutucar sua bochecha, esperando que o garoto acordasse.

— Bom dia, você tá bem? — Perguntou curioso, afagando os fios do rapaz que apenas afirmou em um murmúrio, apertando o menor e voltando a adormecer com o rosto enfiado no ombro alheio. — Eu vou levantar, Dazai. Era só pra avisar e você não ficar preocupado. — Disse o mais velho, mas Osamu não queria deixá-lo sair, então Chuuya ficou mais alguns minutos naquele abraço aconchegante que quase o fez dormir novamente. — Fica aqui, ainda tem muito tempo pra gente se arrumar. Eu vou comer. — Avisou, e Dazai finalmente abriu os olhos, emburrado, mas Nakahara lhe deu um selar na bochecha, o qual foi o suficiente para deixar Osamu alegre novamente, afrouxando o aperto. O adolescente levantou, e puxou Oda até que estivesse perto do moreno, deixando que eles se abraçassem. Então, se certificando de que todos estavam bem e de que Arthur continuava dormindo, Chuuya foi até a cozinha, onde seu irmão estava terminando de passar o café.

— Leite de banana de novo? — Perguntou, e o maid novo afirmou, então o mais velho se dirigiu até a geladeira, e tirou de lá um leite de banana, entregando ao menor. — Você tá bem? — Questionou curioso, pondo o café recém passado em sua grande caneca e se debruçando no balcão, aguardando que seu irmão dissesse algo. Apesar de estar se contendo, por dentro, Verlaine estava saltitando de felicidade, se Chuuya veio até ele, significa que há algo para contar e, mesmo que seja uma curta palavra, ainda é alguma coisa.

— Sim, e eu tenho uma coisa pra te contar! — Disse empolgado, dando batidinhas na mesa com as mãos, e assistindo Verlaine encará-lo com curiosidade. Mesmo que Paul já tivesse noção do que seria, ele ainda faria um teatro como se não entendesse absolutamente nada, e ficaria totalmente surpreso com Nakahara contando algo, sem se importar que fosse algo como encontrar uma moeda na rua ou ter feito a maior descoberta de sua vida. — Eu beijei o Dazai! — Empolgado e com um sorriso largo, Nakahara balançou as pernas que não alcançavam o chão e remexeu seu corpo da forma mais ridícula e adorável possível. Verlaine estava de queixo caído e olhos arregalados, ele abriu um largo sorriso e comemorou internamente, indo abraçar o irmão que estava animado.

— Ai que bonitinho, meu irmãozinho gostando de alguém. — Comemorou apertando o ruivo, que beliscou suas costas para que o soltasse antes que Nakahara perdesse todo o ar de seus pulmões em ser espremido daquela forma. — E você gostou? Foi tudo bem? Estão namorando? Eu quero detalhes, Chuuya. Detalhes. — Pediu empolgado, dando tapinhas na coxa do menor e brindando o leite de banana com sua caneca de café. — Ah, e eu tenho que te contar uma coisa também. É provável que nós fiquemos aqui até o final do ano, tudo bem por você? Depois das férias a gente volta pra cá, mas próximo ano é em outro lugar. Eu posso tentar ver se consigo sair daqui no meio do ano de você quiser, mas não sei ainda pra onde vão me enviar. — Avisou, e seu irmão deu um tapa forte em sua coxa e o abraçou com força, fazendo Verlaine quase derramar o café.

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