Capítulo LXXVII - A História De Nakahara Chuuya (Parte 7)

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⚠️⚠️Esse capítulo contém cenas de violência, e pensamentos suicidas. Se for sensível a esse tipo de conteúdo, não leia. ⚠️⚠️

• Esse capítulo não tem a intenção de ofender nenhuma religião.

• Os capítulos acerca dos sequestradores e homens bomba não tem a intenção de estereotipar ou difamar os árabes e muçulmanos. A razão pela qual escolhi tal etnia foi porque em 2015 (ano do acidente) aconteceu uma ameaça de bomba no museu do Louvre por palestinos.

• O antigo cap me deu tanta agonia por não ter feito como eu queria que refiz o meio pro final. Ignorem o que aconteceu. Encarem aquilo como um final alternativo.

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Chiya e Chuuya que encararam a porta se entre olharam antes de voltar a atenção para Naim, que estava de olhos cerrados encarando a porta. Os gêmeos não tinham permissão para falar ou olhar para estranhos, então, para eles, de nada servia abrir. Naim não disse uma palavra, na verdade, se moveu em silêncio, ele pegou os gêmeos nos braços, sinalizando que deveriam fazer silêncio, e os direcionando ao banheiro, o que eles logo fizeram. Estava sujo e encardido, o lixo não foi tirado e havia pentelhos por toda parte, mas eles realmente não se importavam, apenas colocaram os ouvidos na porta. No quarto, Naim estava agachado, a TV estava ligada e no chão, ele estava com sua Glock apontada para a porta, pronto para questionar caso não recebesse resposta, então, questionou quem seria.

- Eu sou o dono do bar. É que minha esposa fez cozidos e como somos só nós dois ela me pediu pra dar um pouco a vocês. Ela cozinha muito bem, mas eu sou suspeito pra falar. - Disse o velho com um pote de comida cozida, e Naim se manteve cauteloso, pondo a arma atrás da porta com o dedo no gatilho antes de abrir, notando apenas o velho barrigudo de sorriso frouxo, parecendo orgulhoso da esposa. Naim agradeceu ao checar ao redor e esticou a mão, recebendo a panela de comida ainda em desconfiança. - Aproveitem bem a noite, eu sei que o quarto não é dos melhores. - Se desculpou, fazendo Naim se perguntar se o deixaria vivo, o jovem lhe ofereceu um sorriso, e o velho logo saiu de lá, descendo as escadas de volta para os fundos do bar onde morava, o palestino se debruçou no parapeito, observando o ambiente escuro, aparentemente, o bar estava fechado. - Por favor, deixei minha mulher em paz. - Pediu, ao grupo dos palestinos armados até os dentes que seguravam sua esposa. A maioria seguiu os rastros do pneu de Omar, após encontrar o corpo do mesmo, entenderam que Naim era o traidor, e precisava ser morto. O leilão seria em três dias, eles precisam de uma nova embarcação.

[...]

- Saiam. - Ordenou, batendo na porta e a destrancando, os gêmeos logo obedeceram, correndo para a cama, empolgados pelo filme, e notando a panela de comida. Era fabada asturiana, algo que eles nunca haviam comido, e estavam curiosos, encarando as colheres ao lado da panela, eles olharam de volta para Naim que olhava para a comida com cautela, então, questionaram se poderiam comer. - Não. Fiquem quietos, em silêncio, comam a tortilla e assistam esses papagaios. - Disse pondo a panela de comida no chão e levantando da cama, se direcionando a janela emperrada, não havia nada de diferente na rua, e Naim ainda acreditava estar em perigo. Ele abriu a janela com dificuldade, tentando não fazer barulho, e encarou a distância. Se jogasse as crianças dali, quebrariam certamente as pernas já feridas, mas, considerando que no dia seguinte teria seu dinheiro, elas sobreviveriam. - Saiam da cama. - Ordenou, e eles se apressaram para fazer, notando que o mais velho estava estressado.

- Ele tá irritado. - Murmurou Chuuya para o irmão que concordou com a cabeça, Chiya queria abraçar seu irmão e Chuuya queria o mesmo, mas não sabiam se podiam. - A gente pode se abraçar? - Questionou, e Naim apenas disse que não deveriam sair do quarto ou fazer barulho, não prestando atenção no que faziam e começando a cortar o colchão ao meio. Chiya logo puxou seu irmão para um abraço apertado e assim eles ficaram, tentando suprir a falta que sentiam da família e dor da perda que tentavam não pensar. Eles nem sequer conversaram, o que Naim estranhou, era realmente apenas um abraço. Eles ficaram mais quietos, afagando os fios do outro e sentindo que dormiriam. Chuuya deu um cochilo curto após quatro dias, e Chiya não dorme há dois. Naim envolveu o colchão cortado nos lençóis e jogou o mesmo pela janela, ele se aproximou dos gêmeos, colocou o volume da televisão quase no máximo e deu um tapa na lateral da cabeça de ambos, os chamando para levantar. - Pular daqui? A gente não pode ir pela escada?

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