Capítulo XXIV - Aniversário de Chuuya Nakahara

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Mesmo tendo dito que não levaria sobremesa para Dazai no dia seguinte, Chuuya levou, e sua ansiedade só aumentava por ter Sayaka faltando nas semanas seguintes. Ela simplesmente não aparecia na escola, suas mensagens explicando ser apenas um resfriado por conta da maresia fossem duvidosas, segundo Dazai, o que deixava o ruivo ainda mais desconfortável em imaginar que talvez ela estivesse faltando para evitá-lo. Era constrangedor, e isso rendeu uma ansiedade fora do comum em seu corpo, apesar de ter voltado a fazer terapia, ainda se sentia deslocado, mas ter Dazai fazendo terapia e contando como foram suas consultas o fazia se sentir um pouco mais confortável. Então, finalmente, o dia mais esperado por Verlaine chegou, o aniversário de Chuuya. Akutagawa, Atsushi, Rimbaud, Verlaine, Chuuya e Dazai combinaram todos de passar um dia no parque aquático, e por sugestão de Akutagawa, eles foram em um que sua tia administrativa, Nakahara comprou uma série de adesivos protetores para seus piercings, já que mesmo se passando algumas semanas, ele não deveria nem mesmo estar na piscina. 

[...]

Ao acordar, Chuuya foi esmagado por Dazai, que simplesmente invadiu seu quarto com a permissão dos dois adultos, estava cedo, e por alguma razão Dazai estava acordado, arrumado, e com a empolgação de quem cheirou cinco carreiras de pó. O ruivo foi apertado, mordido, beijado, parabenizado e, enfim, acariciado. Verlaine que estava na porta com Rimbaud soltou uma risada vendo o estado do irmão, seus fios totalmente bagunçados, rosto inchado e emburrado sem entender absolutamente nada do que estava acontecendo. O loiro lhe deu um beijo na testa e abraço, assim como Rimbaud, que lhe deram um feliz aniversário, pedindo que se arrumasse para sair, pois Akutagawa e Atsushi o esperavam na sala. 

— Você tá chapado? — Resmungou, voltando a se jogar para trás na cama, coçando os olhos enquanto suspirava com pesar, tentando processar o que precisa fazer. Dazai negou, explicando que estava animado por ser aniversário de Chuuya, e que havia impossibilitado o próprio acesso às drogas que tinha em casa, então, até o momento, não havia falhado em tentar. O moreno sentou ao seu lado, e bagunçou os fios do ruivo, sacudindo-o para levantar de uma vez. — Me dá um minuto. 

— Por que você tá com tanto sono? Nós nem nos falamos muito de madrugada, ficou acordado até tarde? — Perguntou cutucando o rosto do mais velho com o indicador, ouvindo o outro afirmar em um murmúrio que passou a noite e madrugada inteira conversando e implicando com seu irmão e Arthur. — É seu aniversário, você tá animado? — Perguntou curioso, ouvindo a afirmação em forma de murmúrio novamente. Chuuya estava com preguiça, e não é grande fã de seu aniversário, então ele acaba por exigir o mínimo de alarde sobre vindo de Verlaine e Rimbaud, mas Dazai parecia contente em compartilhar aquele dia com Nakahara. — Você vai levantar? Seu cabelo tá todo bagunçado. 

— Você que bagunçou. — Resmungou, sentando-se e batendo no ombro de Dazai, que lhe ofereceu um sorriso gentil, abraçando-o novamente. — Eu já entendi que você quer me abraçar, mas me deixa pelo menos escovar os dentes. — Pediu, dando tapinhas nas costas do moreno, que o apertou mais um pouco antes de largar. Chuuya levantou, e pediu que chamasse Atsushi e Akutagawa enquanto se banhava. Ao sair, vestindo roupas de banho junto a uma camisa de praia, se deparou com seus amigos também usando roupas de banho e praia, fazendo uma pequena montanha com presentes. — Nunca achei que seria capaz de ver os braços do Akutagawa, achei que ele nem tivesse. — Brincou, secando os fios alaranjados com a toalha.

— Ha ha, muito engraçado. Feliz aniversário, segurança de berçário. — Resmungou, fazendo Dazai rir e derrubar a montanha de presentes, Chuuya lhe deu um tapa leve na nuca, e recebeu um aperto de mãos vindo de Atsushi. Embora mais sociável e amigável, Nakajima ainda não conseguiu adquirir o hábito de dar abraços como Dazai faz, então aquele aperto de mãos era o suficiente. 

Chuuya arrumou o cabelo enquanto conversava com todos, agradeceu pelos presentes, implicou com Dazai ao ser questionada a origem da marca em seu pescoço, e apresentou novamente Rimbaud e Verlaine à Yin e Yang. Atsushi elogiou a decoração, Akutagawa disse que a vitrola antiga estava mais que bem conservada, Dazai implicou com todos, e Arthur lhes chamou para tomar café da manhã. Mesmo que três dali já tivessem comido, eles em momento algum negariam algo na casa de outra pessoa, ainda mais sendo primeira vez. Akutagawa estava perplexo com o quão boa era a comida de Rimbaud, e Atsushi estava contente concentrado na comida agradecendo várias vezes. Com todos prontos, eles saíram de casa, contentes. 

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