Capítulo CXII

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Chuuya estava em choque, ele não sabia realmente dessa informação. Para Nakahara, o coito entre pessoas do mesmo sexo se trata apenas de esfregar os corpos um no outro, dar beijos e provavelmente o ato oral, mas nada além disso. Nada de introduzir o membro, afinal, para ele, não havia onde introduzir. Bom, há, e ele não gostou nada de saber dessa informação. Em choque, o ruivo tentou processar como aquilo aconteceria, sentindo o corpo arrepiar por pura repulsa. Não parece algo agradável.

— Ai, odiei. — Resmungou, fazendo Osamu rir. — É sério? — Perguntou, e o outro afirmou, abraçando o rapaz que estava horrorizado. — Meu Deus, você literalmente dá? Que horror. Isso não dói? Tipo, deve machucar, não? 

— O certo é não machucar, né, vida. — Explicou, soltando o rapaz que deitou de bruços, o encarando atento com a bochecha em seu braço. Chuuya está curioso. — Lembra que a gente falou sobre posições daquela vez? Então, você introduz, no início dói, acho que falei da outra vez, mas é só ficar quietinho e relaxar que melhora, aí começa a se mexer. — Explicou, e o ruivo passou alguns segundos processando, parecendo enfim entender. — Não é nada complicado. Igual eu falei, não é um bicho de sete cabeças. É só sexo. Não precisa repudiar ou colocar num pedestal. Tem gente que faz porque quer ter filho, porque quer sentir prazer, porque quer dar prazer, e por aí vai.

— Sentir e dar prazer tem muita diferença? No meio do negócio você não faz os dois? — Perguntou confuso, as bochechas gordas não estavam tão vermelhas, mas um pouco amassadas no braço do outro, o cenho estava unido e ele tinha um bico confuso nos lábios. Dazai agarrou seu queixo por um momento, fungando em sua bochecha. — O quê?

— Nada, você só tá muito lindo. E você sente os dois, mas é meio diferente. Eu vou focar em coisas diferentes dependendo do que eu quero. Se eu sei o que você gosta, quero te dar prazer e eu posso fazer isso, eu vou me esforçar ao máximo pra fazer um serviço bem feito. Aí vai muito do que eu falei de conhecer os limites. Pra mim, o quão mais fundo e forte for, melhor, mas a velocidade varia. No início eu gosto devagar, no final mais rápido. — Explicou, assistindo o rapaz tocar a barriga, o fazendo franzir o cenho. — O que você tá fazendo?

— Tô contando. Você colocou a mão aqui da outra vez. — Explicou, segurando a mão livre do rapaz e a levando a um palmo abaixo do umbigo, contando onde seria em Osamu. Ainda parecia um exagero. — Tem certeza que é mais ou menos isso?

— Mais baixo, isso tudo é do tamanho da sua mão. Eu não sou assim. — Resmungou, e Chuuya questionou o que Osamu queria dizer sobre ir forte. — Literalmente o que significa. — Resmungou, o assistindo pensar. Dazai queria beijar aquele bico rosado que Chuuya tinha nos lábios, mas iria desconcentrar o rapaz. — Entendeu?

— Acho que entendi. Não machuca? — Perguntou, e o outro negou, afirmando ser algo bom. — O que você gosta? — Perguntou, e Dazai questionou sobre o quê em específico. — Quando você faz. Gosta que mexam nas suas costas, seu cabelo ou seu ouvido?

— Gosto. É que eu acho estranho falar isso. Minhas experiências foram com outras pessoas, mas se eu penso em algo assim, meu cérebro substitui por você. — Explicou, e Chuuya franziu o cenho confuso, sua imaginação não é tão fértil.

— É tipo quando você sonha? Ou é diferente? — Perguntou confuso, o ouvindo afirmar ser semelhante. — Então não pode falar? Tipo, você vai ficar coisado e desconfortável ou precisar sair?

— Não consigo sair. Você tá me olhando todo fofo. Tá lindo, vida. — Resmungou, e Chuuya pareceu mais curioso em observá-lo, a fim de conseguir que o rapaz falasse algo. Eles ficaram em silêncio por um tempo até Dazai entender que Chuuya queria que ele falasse. — Ah, tá. Achei que a gente ia ficar se olhando. Eu gosto que apertem as minhas costas, ou arranhem um pouquinho igual você fez. Não pra machucar, não gosto de dor, acho estranho, é que quando você passa as unhas nas minhas costas eu fico todo formigando.

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