Capítulo CIII

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Ainda observando as carpas enquanto Dazai questionava sobre seu francês e como seria para Kenzaburo estar na França, Chuuya foi chamado pelo irmão e os outros para comer. O casal levantou e caminhou até a escadaria, sendo questionados se gostariam de comer ao ar livre ou em casa. Chuuya acabou escolhendo a segunda opção, e Verlaine lhe pediu para entrar enquanto os empregados organizavam a mesa. O avô tinha um sorriso bobo ao observar o neto mais novo, e a avó ainda não conseguia encarar o neto mais velho. Verlaine estava, francamente, chateado, ele queria conversar com a avó, e queria que ela olhasse para ele, o que a mulher não conseguia fazer. Sempre que se dirigia a ele, observava seu peito ou pescoço, nunca seu rosto. Verlaine não se achava tão parecido com o pai por puxar a "paleta de cores" de sua mãe, mas a avó sabia, sempre soube, que havia semelhança entre eles. Quando a mesa enfim ficou pronta, eles acabaram saindo e indo ao jardim novamente, havia um gazebo, onde estava a mesa e comidas. Dazai estava tentando calcular o tamanho da casa, mas certamente não é o melhor em matemática, e já havia perdido a conta.

— Sei que seus gostos mudaram, mas tive vergonha de perguntar o que gostavam, então perguntei à Elise. — Explicou a avó, sentando na mesa, ao lado esquerdo do marido, que estava na ponta. A mesa estava farta, comidas tanto francesas e japonesas quanto italianas, que Rimbaud gostava. Chuuya sentou ao lado de Dazai, de frente para o irmão que estava ao lado de Arthur, basicamente a mesma formação que ficam quando comem em casa. Os avós não sabiam exatamente o que perguntar, eles conheciam mais Verlaine, mas a avó não conseguia encará-lo e o avô queria conhecer Chuuya. O mais velho questionou o que o ruivo gostava de fazer, o deixando pensativo quanto a resposta.

— Fora ou em casa? Fora, se for aqui, gosto de ir pra praia com o Dazai e nossos amigos. Aqui, dentro de casa, se estiver sozinho, eu gosto de dançar ou só seguir minha rotina. Se for com o Dazai, a gente fica conversando. Eu gosto de fazer a unha também. Mas se for lá, gosto de passear de moto, e em casa... não sei, cuidar da minha planta? É, acho que é isso. — Comentou, e o avô questionou se Dazai e Chuuya tinham a mesma idade. — Sim, a gente estuda junto. Eu sou mais velho dois meses, então ele é tipo um bebê. — Implicou, e Dazai afirmou ser maior que Chuuya, fazendo o garoto revirar os olhos. — Eu ainda tô em fase de crescimento, então você me aguarde.

— Qual o nome daquele remédio que a pediatra falou que ia ajudar ele a crescer? — Perguntou Verlaine para Rimbaud, que afirmou não recordar, e que Chuuya quando precisava ter começado a tomar, se recusava por birra. — É verdade. Chuuya, acho que você precisa se conformar. Vó é pequena, Chloé era pequena, e sua vó também é baixa, seu avô também não é tão alto assim, e você é todinho a Chloé. — Implicou, e o irmão afirmou que iria crescer e que todos iriam se arrepender de estar implicando com ele. — Você tem a mesma altura tem uns três anos, não quer fazer outra consulta na pediatra pra ver se ela ainda acha que você precisa tomar algum suplemento ou remédio?

— Olha aqui, eu vou crescer. São só três anos, eu ainda tenho 16, muito tempo pra crescer. Diferente de você, que só tem 1.83 sendo que a sua família inteira é alta. — Reclamou, e o irmão não conteve a risada, se desculpando pela péssima educação. — Ai que menino ridículo. Você nem era tão alto assim na minha idade. — Resmungou, e o irmão questionou a altura de Dazai, ouvindo seus 1.76cm, Verlaine afirmou ser maior que Osamu em sua idade, a fim de implicar com seu irmão de pavio curto. — Grande coisa. Você vai ver. Quando eu estiver maior que você, as prateleiras de casa vão ser enormes e você vai ter que me pedir ajuda pra alcançar.

— Ah, claro, claro. Lógico. Você vai ter dois metros e eu vou continuar com humildes 1.83, sonhando em ter sua altura. Lógico. — Implicou o loiro, e Arthur apertou sua coxa para deixar de implicar com o irmão irritado, mas os garotos se surpreenderam ao ver os avós dando risada da discussão tosca.  — Viu? Tá tudo bem. — Comentou ao namorado, que afirmou ser bom vê-los rir de forma tão sincera. — Dazai, você e o Kenzaburo tem a mesma altura? Tenho a impressão que ele é maior que você. — Perguntou, e Osamu afirmou serem do mesmo tamanho, mas que Kenzaburo tinha mais postura que ele. — Realmente. A postura dele é impecável. — Comentou, e Rimbaud concordou. A avó logo questionou quem era Kenzaburo, e o avô contou alegremente sobre terem mais um neto. Kenzaburo foi colocado como filho de Verlaine em suas palavras, e Dazai franziu o cenho, imaginando como seu amigo detestaria ouvir algo assim. Ele encarou Verlaine, e o loiro desviou o olhar, envergonhado. Osamu gostou da forma que os avós receberam seu amigo de braços abertos, mas sabia também que ele não queria aquilo.

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