Capítulo XXXIX

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Após toda sua rotina matinal, o café da manhã e sua breve conversa pedindo para Paul deixá-lo sair com Osamu no fim de semana ao invés de apenas ficar em casa, pois estava com vontade de passear, Chuuya recebeu tal permissão com as regras de sempre. Deixados a sós enquanto Verlaine arrumava o cabelo, Nakahara explicou que não poderia levar a lancheira de Kenzaburo à escola já que o mesmo foi suspenso, mas que o mesmo iria trabalhar na loja de Dazai no mesmo horário que o futuro namorado e que estava morando na casa de Osamu também, então, com essa informação, Arthur lhe deu a missão de ir entregar a lancheira com Dazai ao garoto, mesmo que Chuuya afirmasse ter comprado coisas suficientes no dia anterior para Kenzaburo se manter durante o dia. Então, após pensar um pouco e aceitar aquela missão, Nakahara atravessou a rua e seguiu até a casa de Oda, que abriu a porta ainda de pijama, escovando os dentes, deixando o adolescente subir as escadas e acordar o namorado, Oda crê que os rapazes estão namorando, e não está errado, mas não é algo oficial.

Ao abrir a porta do quarto totalmente claro pela janela aberta que deixava a luz entrar, Nakahara avistou o moreno dormindo abraçado com o mini Aranha, já que ele e Chuuya trocaram os bonecos para recordarem um do outro por conforto. Decidindo acordar Osamu como o rapaz faz consigo, o ruivo pulou na cama e bagunçou os fios ondulados do moreno, tendo o rosto tomado por vários selares importunando seu sono, o garoto acordou atordoado, demorando poucos segundos para processar e agarrar Nakahara o abraçando com força. O ruivo tentou lutar um pouco até desistir e ser tratado como um ursinho de pelúcia pelo maior que afofou seu rosto, lhe deixou um selar na bochecha e o abraçou novamente, deixando-o virado de frente para ele, afagando suas costas e recebendo cafuné.

— Sinto informar, mas você não vai dormir de novo. A gente vai deixar a lancheira pro Kenzaburo tomar café. — Avisou, tentando se afastar do maior, mas sem sucesso. Dazai resmungou pedindo mais alguns minutos, e Nakahara puxou o celular do bolso, checando as horas. — Se dormir mais, a gente vai se atrasar. O Rimbaud que pediu pra você ir comigo, mas pode dormir mais um pouco e eu vou lá. É só pra entregar mesmo. — Avisou, e Osamu negou em um murmúrio, fazendo o ruivo franzir o cenho confuso sobre o que fazer. — Te decide, homem. Se quiser ir comigo, precisa levantar agora, do contrário eu vou sozinho. Nem demora tanto, a gente se encontra na estação. É melhor? — Perguntou, e Dazai abriu os olhos finalmente, franzindo o cenho totalmente a contra gosto. Aquelas opções não eram agradáveis, mas foi algo que Rimbaud pediu então nem Chuuya podia controlar a situação. — Me dê o seu preço.

— Cinco fonfadas na sua bondona. — Propôs, mas ao ver o outro cerrar os olhos, a ideia foi descartada. — Tudo bem, tudo bem. Um beijo então, apertando você todinho. — Disse, e Chuuya pensou um pouco antes de aceitar, fazendo o mais novo sorrir satisfeito abraçando o menor e o puxando para seu colo, entretanto, Dazai sendo Dazai, algo tinha de dar errado. Por estar distraído com a presença do ruivo e ter o total de zero noção de espaço e do próprio tamanho, Osamu acabou por não recordar do sonho que acabara de ter. Então, ao ter a brilhante ideia de colocar Nakahara em seu colo sem deixar que o menor tivesse certeza de que não estava encostando em suas intimidades, Dazai foi penalizado por sua ação imprudente sentindo as nádegas fartas do mais velho colidindo com o membro ereto que nem mesmo ele tinha dado atenção a pouco. No instante em que sentiu o toque e o arfar involuntário chegar, Osamu empurrou Nakahara para o lado, fazendo o garoto cair da cama. — Jesus amado, minha alma quase saiu do corpo agora.

— A sua? Por que você me empurrou? Vai tomar no cu, Dazai. Não beijo mais você também. Me lambeu ontem, me empurra hoje. Vai se foder. Eu caí da cama. — Resmungou batendo o travesseiro nas costas do mais novo que embolou todo o edredom no colo, fechando os olhos sem dar atenção ao ruivo estressado. — Bati muito forte? Desculpa, não foi a intenção. Tá tudo bem? — Perguntou deixando a almofada de lado, sem responder, Dazai apenas tapou a boca do garoto com a mão fazendo-o ficar quieto. Ouvir a voz rouca e grave de Nakahara não ajudará em nada nessa situação. Todavia, como isso não era algo corriqueiro, Chuuya demorou alguns segundos para recordar da última vez que viu Dazai fazer algo semelhante. — Porra, sete da manhã e tu desse jeito? Mermão, vai te tratar. Você tava pensando besteira uma hora dessas?

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