Capítulo LXXII - A História de Nakahara Chuuya (Parte 2)

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1 - o cap tem MUITA palavra errada de forma proposital, apesar dos gêmeos terem um vocabulário extenso, eles ainda não sabem conjugar verbo ou falar certas palavras
2 - Ciel e Clair são os nomes de batismo dos gêmeos Chuuya e Chiya, os três irmãos tem nomes em japonês e francês

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Pela manhã, com os gêmeos acordados, Rimbaud convenceu Verlaine a brincar com os bebês outra vez, o que Paul já não achava tão divertido devido à idade. Gostava de seus irmãos, mas estava estressado com a rotina que levava. As viagens para ver seu pai, os choros de seus irmãos, seus namoros dando errado, a mãe o pressionando para que entrasse na escola militar, seus hormônios, e aquele sentimento avassalador que o consumia todas às vezes que via Rimbaud, ou seja, todos os dias. Paul não suportava não tê-lo, e repudiava a ideia de que outra pessoa o tivesse, então, ficava realmente irritado quando Arthur se mostrava próximo demais de outras pessoas. Enfim, convencido por Rimbaud, Paul acatou a ideia, assim, decidindo tentar fazer o que seu pai um dia fez consigo, ao menos nas palavras do genitor. 

— Ô pai, você tem algum dinheiro? — Perguntou o loiro ao pai, que nem teve chance de resposta, já que Chloé retirou um maço do bolso, questionando quanto o loiro precisava. — Misericórdia, quem anda com um troço desses dentro de casa? — Perguntou assustado com a quantidade de dinheiro que a mulher tinha disponível, explicando que foi a cidade passear, logo voltando a pergunta inicial. — Qualquer coisa, é só pra fazer um teste. — Explicou, e assim a ruiva o entregou uma nota valiosa, que o loiro rapidamente correu para o amigo. Chloé foi repreendida pelo marido, que explicou que não se deve dar tanto dinheiro a uma criança, e a ruiva logo explicou que Verlaine além de receber mesada, é controlado financeiramente, então, a discussão prosseguiu. — Consegui. Tá. A gente faz os dois juntos ou separa? 

— Separa, se deixar junto eles nem vão ligar. Ei, Clair, olha pra cá. — Chamou, estalando os dedos na frente do rosto do bebê que sorria para o moreno. — Ai, meu Deus, eu preciso urgentemente ter filhos. Olha isso, cara! Você ter irmãos melhora totalmente o meu humor. Eu quero apertar ele, faz logo isso. Põe eles juntos, mesmo. Vai. Ciel, olha aqui. — Chamou, e o ruivo que mordia a mão do irmão o observou. Paul colocou a nota no chão, representando o que realmente era, dinheiro. Ao lado, um brinquedo, representando diversão, o que, segundo seu pai, foi o que Paul escolheu. E, enfim, uma caneta, representando a inteligência. Então, os adolescentes se ajoelharam a frente dos bebês, esperando que escolhessem algo. — Escolher a mão do outro serve também? 

— Não. Ciel, para de morder seu irmão. — Ordenou, e Chuuya o ignorou totalmente. Rimbaud bateu a mão no chão, a frente dos brinquedos, levando o foco dos bebês até o que estava a sua frente. Entretanto, eles não pareciam interessados em nenhum dos objetos, Chuuya soltou Chiya, e encarou Verlaine por alguns segundos. Em total silêncio, ansiosos pelas decisões que os bebês tomariam, os adolescentes alternavam os olhares entre os bebês e os objetos. Então, sorrindo como tolos, eles engatinharam em direção aos objetos, e os jogaram pra longe, tirando do caminho. Chuuya foi aos braços de Verlaine, que estava confuso em vê-los ignorando a proposta, e Chiya foi em direção a Rimbaud, que o agarrou com força, enchendo-o de beijos. Entre estas opções, eles escolhem seus irmãos, sua família. Com Chuuya nos braços, Verlaine encarou o bebê sorridente que mordia seu dedo, abraçando seu braço, e processar tudo aquilo fez Paul chorar. Saber que seu irmão o escolhe, saber que alguém realmente o quer era algo valioso para Paul, que não se sentia desejado. 

— O quê? Por que você tá chorando? — Disse se aproximando do amigo, que foi abraçado com força por ele e pelos irmãos que não entendiam o que acontecia. — Calma, tá tudo bem. — Resmungou, afagando os fios do mais novo, que o abraçou com força, apertando Rimbaud enquanto os bebês se mantinham entre eles, a fim de ter atenção. — Tem alguma coisa doendo? Você quer um remédio? Quer que eu chame alguém? Seu pai? — Perguntou preocupado, afagando as costas do amigo chorão. 

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