Capítulo XCVI

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A fala de Chuuya deixou seu namorado com as bochechas vermelhas e olhos vidrados no que o ruivo dizia ou fazia. Dazai estava tímido. Ele não costuma ficar tímido. O ruivo lhe pousou um selar nos lábios, e continuou com um sorriso bobo com as bochechas rosadas de Osamu. Chuuya não costuma usar substantivos possessivos como "meu" ou "minha", então Dazai estava desacostumado. Ele gostou. Quieto enquanto era observado por um par de olhos castanhos e tímidos, Chuuya tinha um fraco sorriso nos lábios. Ele queria mimar Dazai um pouco mais, estava enérgico. Chuuya dormiu o dia inteiro, Dazai não dormia cedo, era o combo perfeito.

- Seus cílios são cheios. - Comentou, e Dazai levantou os olhos tentando enxergar, não conseguindo. - Idiota. Por que você tá tão quietinho? Te deixei tímido, foi? - Perguntou irônico, e Dazai tentou formular uma frase para negar, o que não aconteceu. - Fica assim não, mon petit prince. - Implicou, acariciando o corpo de Osamu. - É engraçado quando você fica quieto, porque não costuma acontecer. Agora, toda vez que te toco, ou que falo alguma coisa, você fica mais e mais vermelho. - Disse o ruivo, e Dazai encheu os pulmões, a fim de falar, mas sem conseguir pensar em algo para descontrair. - Eu gosto de ficar olhando pra você, sabia? Não sei explicar, não é só porque você é bonito. É que eu gosto de você. Óbvio porque a gente namora, mas é diferente. - Resmungou, Chuuya realmente não é o melhor com palavras. O ruivo então começou a tocar o rosto de Dazai, cutucando suas bochechas e nariz por tempo suficiente para Dazai acalmar os nervos e começar a afagar sua cintura.

- Foi muito fofo. - Disse o mais novo, arrancando um sorriso do ruivo que lhe deu um selinho. - Nossa, eu te marquei tanto assim? - Perguntou surpreso em ver as marcas no pescoço do ruivo, marcas que ele mesmo fez. Chuuya então levantou, se olhando no espelho. Não estavam tão evidentes, mas ficariam no dia seguinte. Como era de se esperar, Chuuya bateu em Dazai. - Calma, vida. Vai sumir. - Afirmou, pondo o ruivo no colchão e se jogando em cima dele, sem colocar seu peso. - Eu amo você. E eu tava com saudade, não quero te largar. Você dormiu o dia inteiro hoje, eu achei fofo. Você fica parecendo um pão. Tá com sono, meu bem?

- Não. Você tá? - O outro também negou. - Eu não sei dizer se quero carinho ou se quero te beijar de novo. - Comentou, e Dazai sentiu seus fios arrepiarem, lembrando da sensação, ele comentou sobre ser a segunda vez que não consegue segurar o quadril de Chuuya. - Claro, você é tchola. - Implicou, e o outro lhe mostrou a língua. - Eu tenho muita força na perna, não é como se você fosse conseguir me segurar fácil assim. - Explicou, afinal, iniciou a musculação para fortalecer sua perna, e ele fez isso muito bem. - Aliás, você sabe fazer isso? Eu nunca vi você fazer.

- Mais ou menos. Não tão bem quanto você. - Explicou, e Chuuya pediu que Dazai fizesse uma demonstração. - Agora? - Perguntou confuso, e o outro afirmou. - Vida, a gente tava num momento todo fofo aqui, e você me pede um negócio desses? - Perguntou irônico, e o outro afirmou risonho. - Vai dormir, meu bem. Você tá com sono. - Reclamou, e Chuuya lhe mostrou a língua, pedindo que fizesse. - Eu ganho alguma coisa com isso? Eu sou travado, vida. Sei fazer isso não. - Reclamou, e Nakahara questionou se havia algo que Chuuya poderia lhe dar para Dazai fazer o que era pedido. O ruivo estava tentando comprá-lo, o que convenhamos não é uma tarefa difícil de cumprir. - Eu acho que você tinha que me dar.

- Isso não vale. Outra coisa. - Resmungou, e o outro afirmou não saber. - Como não sabe? Nossa, que filho da puta. Não tem nada que te convença a fazer isso? Eu te ensino se você travar, não é difícil. Senta aí. - Pediu, e Dazai exigiu um beijo, ganhando um selinho e obedecendo logo após, sentando no colo de Chuuya. - Por que você tá tão leve? Não comeu nesses últimos dias? - Perguntou, prestes a reclamar sobre Dazai falar de Chuuya e fazer o mesmo, entretanto, não teve chance. Dazai sentou no colo de Chuuya, pondo todo seu peso nele. Estando no quadril, não havia problema algum, Chuuya tem força ali. O problema é quando Dazai esmaga seu tronco. O ruivo analisou por alguns segundos, afagando as coxas do rapaz, que logo o livrou de todo aquele peso. - Eu consigo te levantar.

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