Capítulo XV - A festa de Sayaka Murata (Parte 3)

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⚠️⚠️ • Este capítulo aborda assuntos como estupro e assédio, se for sensível a estes temas não leia.

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Ainda pensativos, enquanto Chuuya acariciava os fios de Osamu, o ruivo olhou para baixo, e Dazai havia parado de mastigar, estava cochilando, o que fez o menor segurar a risada, observando o rosto de Osamu. Dazai tem a pele macia, mesmo com os hematomas e cicatrizes que carrega, é bonito e bem cuidado. O nariz é curto, com o dorso baixo e ponta larga, totalmente reto. Seus lábios não são tão carnudos, mas não são finos como os de Kouyou. Suas sobrancelhas são retas, e constantemente expressam o que Dazai sente. Seus olhos são um pouco grandes, inchados, e carregam olheiras de quem dorme pouco, um rapaz cansado. Dazai tem um rosto agradável, e é realmente atraente, é compreensível que algumas garotas falem constantemente com ele, mesmo que tenham receio sobre ele ser, supostamente, membro de uma gangue.

Apesar de empolgado para ir à praia, Chuuya não moveu um músculo para acordar o amigo, deixou que dormisse o quanto quisesse. Bom, ao menos tentou. Atsushi surgiu com sua bolsa nas costas e uma pequena sacola com besteiras, entregando para Chuuya. O ruivo até tentou pedir que não fizessem barulho, mas Nakajima já havia falado alto o suficiente para acordar o moreno. Akutagawa surgiu como um fantasma ao lado do albino, dizendo que iria embora, pois não suportava a ideia de continuar mais tempo naquela festa. Ele os convidou para ir, e Chuuya encarou Dazai, que continuou o encarando por mais alguns segundos até negar. Atsushi entregou a sacola de besteiras para Chuuya, e Akutagawa se despediu educadamente, mas saiu tão depressa que quase era possível ver uma poeira saindo de seus pés.

— Antes que pergunte, mesmo que esteja tarde, o Akutagawa tem motoristas pra esses horários também, por conta da saúde dele. Vamos pra praia? O que tem nessa sacola? Onde tá sua bolsa? Onde eu coloquei a minha também? Minhas roupas estão lá, se bem que essa gente não vai dormir agora, então tudo bem. Vem, é legal olhar pra lua na praia. — Chamou, levantando e se espreguiçando, arrumando suas vestes. Ele ajudou Chuuya a levantar, e realmente parecia um pouco melhor depois de seu cochilo de dez minutos.

— Você não vai tomar banho, fique avisado. Ainda tá bêbado, e eu não me sinto em boas condições de te socorrer caso você se afogue. — Avisou, ao lado do maior, que apenas soltou uma risada breve, assentindo com a cabeça. Eles andaram para fora do jardim, se despedindo da casa, caminhando lado a lado enquanto tomavam leite de morango que estava na sacola. — Eu quero sentir a areia, segura aí. — Pediu, entregando a sacola para Osamu, que viu o rapaz desamarrar o coturno e segura-los nas mãos, mexendo os dedos dos pés enquanto a areia fria passava por eles. — Isso é tão bom. — Murmurou, relaxando o corpo, voltando a seguir o outro.

— Eu prefiro parque aquático, areia gruda muito. — Reclamou, e Chuuya lhe mostrou a língua, afirmando que a areia não é um problema. — Mimimi~ seboso. A maré subiu muito, quando a gente chegou tava lá longe. Vamos ficar bem ali, andar na areia é péssimo. Meu pé afunda, pesa pra levantar, entra na roupa. Caótico. — Reclamou novamente, apontando para um ponto aleatório da praia. Chuuya olhou para trás, não estava tão distante da casa, então não via problema algum. — Esse lugar é bem protegido. Um bando de gente rica tem casa pra esses lados, então é cheio de policiais e seguranças. Não se preocupa, não vão traficar anões.

— Primeiro, eu não sou anão. Segundo, você tem muito preconceito com a coitada da areia. Terceiro, eu quero tocar na água. E tira esses sapatos, pelo amor de Deus. Eu te dou banho depois se precisar, mas pra quê ficar com isso na praia? — Perguntou, Dazai colocou a sacola na areia, ouvindo o outro e obedecendo sem questionar. O par de all star colorido estava ao lado do coturno, finalmente. No momento em que suas mãos ficaram livres, Chuuya agarrou uma delas, e puxou Dazai para a água, animado, estava com um sorriso largo, e Dazai podia vê-lo claramente. Antes que pudesse notar, seus pés foram banhados pela água fria, fazendo o moreno apertar as mãos do ruivo pelo susto. — Tem medo de água?

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