O restante da tarde não teve realmente o que fazer, eles ficaram assistindo após o término do planejamento, e até contaram um pouco sobre si. Estavam satisfeitos e entediados, eles não tinham tanta afinidade para se entreter como Chuuya e Dazai o fazem. Então, depois das horas de filmes, o ruivo brincou com os fios de Oe, e se frustou por serem lisos demais, afinal, sem uma presilha ou elástico, os fios se soltavam facilmente. O ruivo já estava jogado no chão, cansado dos chás e remédios, suplicando que alguém voltasse para casa, já Oe tinha o entretenimento fiel, Leno Brega, que ignorou Chuuya e todas as tentativas de se aproximar apenas para ficar com Kenzaburo. Com suas preces ouvidas, a porta foi aberta, revelando seus pais e namorado, que estavam conversando animados. Leno cumprimentou Rimbaud passando entre suas pernas, já Verlaine perguntou se os dois estavam bem, avisando que iria apenas guardar suas coisas para poder ir ao hospital. Chuuya estava explicando como foi terrível a lavagem nasal, e sobre como ele e Kenzaburo conversaram, enquanto também negava que o moreno lhe beijasse, por mais súplicas que tivessem.
— Mas só um beijo, meu bem. Minha imunidade é alta, eu não vou ficar doente. Você não me deu nem um beijo na bochecha hoje. — Reclamou o moreno, enquanto segurava a cintura do namorado até o quarto, já que Kenzaburo estava tomando banho no outro. — Só um. — Implorou, formando um bico nos lábios e fechando a porta, puxando Nakahara até a cama, afagando sua cintura novamente o ouvindo negar. — Por que não? Foi um tédio hoje sem você lá. Não tinha nada pra fazer na aula. É a última semana, quase não teve aluno. Um beijinho, uma bitoca. — Choramingou, apalpando as nádegas do outro que o ignorava, perguntando sobre novidades. — Teru faltou, um bando de gente começou a ir na direção com os pais falar sobre os assédios dele e bullying. Agora meu beijo. Meu Deus, eu vou chorar. A gente pode trocar anticorpos assim, meu bem. Aí você vai melhorar logo.
— Você é doido, e carente. Não vai rolar. Eu tô doente, e você tá muito perto. Me larga. — Resmungou, tentando empurrar Dazai, que já estava tentando colocá-lo em seu colo. — Não pode, lembra? — Avisou, e Dazai escondeu o rosto em seu peito, recebendo cafuné do ruivo. Osamu estava em silêncio, apertando Chuuya com força, estranhamente quieto, o que chamou a atenção do ruivo até sentir Osamu fungar em seu peito. — Você tá chorando? — Perguntou confuso, tentando retirar o rosto do namorado de seu peito, sem acreditar que ele estava realmente chorando porque Nakahara não quer beijá-lo. — Você vai ficar doente se eu te beijar, estrupício. Já é dramático estando saudável, imagina doente? — Resmungou, e Osamu levantou sua camisa em um rápido movimento, mordendo sua barriga e sendo empurrado contra a parede pelo ruivo que acariciava a própria barriga. — Você me mordeu?
— Não. — Mentiu, e o ruivo se aproximou do mesmo, levantando sua camisa, pronto para morder-lhe também, e conseguindo de fato. — Puta que pariu, sua mordida dói! — Reclamou, e Chuuya deu risada, dando tapinhas na barriga de Osamu, que o puxou em sua direção, o apertando com força nos braços. — Se você não me deixar te beijar, eu vou te lamber. — Ameaçou, enquanto o menor se debatia tentando livrar-se do abraço, resmungando que jamais o beijaria. — Então é assim que vai ser? Se liga só, meu bem. — Resmungou, lambendo o pescoço do outro, que tomou impulso para levantar com o arrepio que sentiu, o xingando enquanto o mesmo segurava sua cintura, os levando a uma posição além de sugestiva. — Meu Deus, que monumento. Ai, meu bem, esquece o beijo. Isso é bem melhor. — Brincou, mordendo a nádega do mais velho.
— Me larga, seu fedido! — Resmungou com o rosto enfiado na fronha do travesseiro, tentando se livrar do aperto do outro. Chuuya estava praticamente de quatro na cama, com Osamu abraçando sua nádega e tentando a todo custo derrubá-lo de volta no colchão para lhe importunar. — Eu vou te meter o coice. — Resmungou, finalmente conseguindo erguer a parte superior do corpo, olhando por baixo de si, ele levantou a perna, e mirou exatamente onde achou ser necessário para desequilibrar o mais novo, que o xingou tendo o interior da coxa empurrado. — Não pode beijar. — Impôs, cansado, segurando os braços de Osamu, que tinha um sorriso bobo encarando o mesmo. — Não aguento mais, tempo. — Resmungou, desmoronando finalmente pelo cansaço, ele deitou por cima de Dazai, que lhe fez cafuné comentando sobre sua febre ter voltado. — Eu tomei remédio, vai passar.
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Soukoku - High School
FanfictionNakahara Chuuya acaba de ingressar no ensino médio em uma nova escola e novo país, tendo que lidar com a diferença cultural além do bullying que sofre por conta dos fios alaranjados. Osamu Dazai é um veterano que está sempre na detenção por aprontar...