Capítulo LXXXIII

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Ao sair da academia após conversar com Nikolai quase o trabalho inteiro, próximo à esquina, Oe conseguiu ouvir a música exageradamente alta que Dazai havia colocado, ao som de "Turma do AA - Maiara e Maraisa" Kenzaburo viu Oda pagar por alguns de seus pecados sentado em sua varanda se preparando para a bagunça que os vizinhos fariam se o som continuasse tão alto assim sem pausa alguma. O lado bom era que estavam de férias, então a maioria das pessoas sequer estava em casa. Chegando lá, Oe acenou para o adulto que se apressou para abrir a porta, resmungando sobre Dazai estar daquela maneira desde que acordou. Então, ele pediu que Oe o pedisse para se vestir, já que iriam comer fora.

— Dazai, abaixa essa porra! — Gritou o amigo irritado, pegando uma almofada no sofá e procurando pelo mais novo que cantava no quarto. — Abaixa ou desliga isso. — Ordenou, e o outro direcionou o olhar para a arma que Oe usava, vulgo almofada, e se armou com um travesseiro. — Você não vai brigar comigo por isso. Eu sou mais rápido que você.

— Mas eu sou mais forte. — Resmungou, imóvel no mesmo lugar, ouvindo o mais velho pedir para desligar o som. — Me deixa sofrer em paz! — Resmungou, ao som de "Saudade do Meu Ex - Marília Mendonça ". — Vai, Kenza! Ai, que saudade do meu ex! Ele que era homem de verdade! — Cantou, e Oe atacou, jogando a almofada com tudo no peito de Dazai, sendo também acertado na cintura. — Você tá muito estressadinho, não comeu hoje? É TPM?

— TPM o teu cu. Desliga essa merda! — Gritou, e o outro estava rindo outra vez. Embora o rosto de Dazai fosse choroso, ele não tinha dificuldade alguma de sorrir ou rir com bobagens. — A gente vai sair, então vão tomar banho. — Ordenou, e o outro continuou na mesma posição, o que irritou Oe. O mais velho roubou o travesseiro de Dazai e começou a bater no mesmo, repetidas vezes. — Eu fa-le-i pra vo-cê ir to-mar ba-nho! — Reclamou, batendo em Osamu conforme falava em sílabas, ouvindo o outro rir. — Eu vou falar pro Chuuya que você não quer tomar banho! — Ameaçou, e Dazai parou de rir, segurando os travesseiros. — Eu vou falar e ele vai brigar com você. Ele não vai querer namorar alguém fedendo a polenguinho.

— Ai, tá bom. Eu vou. Mas quando eu sair, espero que você esteja pronto. — Reclamou, levantando com a ajuda do outro que concordou. Oe abaixou o volume do som e entregou a toalha para Dazai, o empurrando até o banheiro e descendo as escadas para procurar por Oda. — Eu não fedo. — Resmungou, cheirando suas axilas. — Fedo, tá certo? Kenza, como que conjuga o verbo feder? Eu fido? Fedo?

— Dazai, entra na porra do banheiro! — Gritou escada abaixo e ouviu a porta bater com força após um xingamento qualquer. — Ele ainda tá meio chorandinho, mas tá bem. Acho que eles não brigaram, o hobbit deve só estar confuso mesmo. Se tivessem brigado, ele nem teria saído da cama. — Explicou, e Oda ofereceu um afago nos cabelos de Oe, que relaxou por alguns segundos antes de se afastar. — Preciso tomar banho, tô suado. Onde é o banheiro?

— Penúltima porta. — Resmungou, apontando em direção ao corredor. Kenzaburo não tardou a pegar sua bolsa e se direcionar ao banheiro, então Oda caminhou até o próprio quarto no andar de cima, analisando o cômodo vazio ao lado do quarto de Osamu. Havia algumas caixas vazias que ele usou na mudança, mas nada, além disso. Como Oda viajava sozinho, ele não tinha tantas coisas consigo. Não esperava ficar naquela casa, sempre achou que fosse ficar em Tokyo, onde já tinha, mas a maioria das coisas que precisava resolver era em Yokohama a pedido de sua empresa. Rimbaud também tem uma naquela rua, mas não faz uso.

Pensando em como resolver o que planejava, ele acabou também indo tomar banho, Kenzaburo já estava pronto quando Oda saiu do banho, mas Dazai ainda estava brincando com as espumas do sabonete quando ouviu Kenzaburo questionar o que estava fazendo. Discutindo com Oe durante o banho, Dazai finalmente saiu do banheiro usando uma regata que fez Kenzaburo ficar confuso e surpreso.

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