Capítulo LXXVIII - A História De Nakahara Chuuya (Parte 8)

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⚠️⚠️Esse capítulo contém cenas de violência, homicídio e pensamentos suicidas. Se for sensível a esse tipo de conteúdo, não leia. ⚠️⚠️

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Verlaine acabou batendo a cabeça ao cair, e ainda estava zonzo quando viu o irmão tentar subir nas escadas do contêiner para buscar sua cara-metade. Chuuya estava empenhado, embora ferido. O loiro, ainda zonzo, levantou, puxando o garoto pela perna e o pondo de volta no chão, assistindo Naim conversar com Chiya enquanto os gêmeos gritavam um pelo outro. Verlaine olhou para Elise, esperando por alguma instrução, e a mulher tentou dialogar com Naim, afirmando que cumpriram sua parte do acordo. Chiya praguejava pela promessa de Naim, o acusando de não cumprir o que disse, que estava tranquilo com Said ao seu lado, apontando um fuzil na direção de Chuuya. 

— E eu vou cumprir, relaxa. Eu só preciso de uma garantia enquanto confiro o dinheiro. E é bom seu irmão não tentar nenhuma gracinha ou eu estouro os miolos da loira parruda e do moreno bonitão. — Disse o mais velho, pondo Chiya no chão e sentando em seu quadril. Chiya não estava se remexendo pela dor que sentia, mas pelo medo de lhe acontecer ali o mesmo que aconteceu quando estava sozinho naquela casa com os companheiros de Naim. Não quer sofrer os abusos outra vez. — Eu vou atirar nos seus irmãos se você não parar quieto. — Ameaçou, e o garoto se aquietou imediatamente, chorando em silêncio. — Então tá. Deixa eu contar, Verlaine. Senta aí. — Pediu, abanando a mão para o loiro sentar no chão, com teimosia, ele permaneceu de pé. — Como quiser, um passo e sua família já era. — Avisou, começando a contar as cédulas. Claro, um bilhão não caberá ali, então, ele pediu que os outros pegassem o restante do dinheiro dentro do carro, havia malas e malas de dinheiro lá. Chiya já estava sufocado pelo tempo que levava, e Chuuya questionando a Naim se poderia ficar com seu irmão. — Você já tem um. Precisa escolher. Quer ficar comigo por enquanto? — Questionou, esticando a mão para o garoto, que não tardou a tentar subir as escadas, agarrado por Verlaine, que xingava Naim. — Eu nem toquei nele. — Implicou, assistindo Chuuya chutar o rosto de Verlaine com força, subindo no contêiner e deitando ao lado do irmão. Naim não tardou a sair de cima de Chiya, deixando os dois garotos juntos. — Vocês têm que esperar aqui, tá? — Avisou, e Said riu pelo teatro feito. 

— Meninos, venham pra cá. Por favor. — Pediu, segurando o choro, sua garganta estava dolorida, o rosto estava machucado pelo chute e ele ainda estava zonzo. Ele acaba de ter seu irmão o chutando para ficar, não só com a cara-metade, mas com o sequestrador que lhes fez mal. Chuuya não escuta Verlaine. Chiya tentava convencer o irmão a ir com Verlaine, afinal, logo sairiam dali. Todavia, Chuuya não lhe dava atenção. Chuuya ficará onde Chiya estiver. Seja em casa, em alto mar, numa gaiola ou até mesmo a sete palmos do chão. — O que você fez com os meus irmãos? — Questionou, sentindo-se fracassado. Verlaine não consegue aceitar que seu irmão prefere estar com um assassino do que com a própria família. Como Naim fez parecer, Verlaine não gosta o suficiente dos irmãos para chutarem Naim e corram aos seus braços, mas o contrário aconteceu. — Clair, volta pra cá. 

— Espera, a gente já vai. — Respondeu Chuuya, ainda com a pulseira do irmão. Ele fez carinho nos fios de seu gêmeo e beijou sua testa, afagando as costas do mesmo, que estavam doloridas por Naim. — A gente pode descer? — Questionou, e Naim negou. — Um de nós pode descer? — Questionou, e o palestino afirmou. — A gente pode escolher quem vai ser? — Outra vez, Naim assentiu. — Vai lá, ele tá triste. Eu fico aqui. Depois você volta, tá? — Questionou, e o irmão negou, o abraçando. — É só um pouquinho, ele tá terminando a mala. — Avisou, empurrando Chiya do contêiner e o assistindo ser pego por Verlaine. — Você é tão lesado. Não seria mais fácil se você pegasse aquelas maquininhas de contar dinheiro? — Perguntou, se aproximando de Naim, encostando a bochecha no braço do outro, que afirmou estarem usando-as. Naim não é o maior amante de crianças e suas perguntas desnecessárias, mas Chuuya deixou de ser um incômodo. Para Naim, Chuuya é como um cachorro fofo, deixou de ser irritante e passou a ser tolerável. Para Chuuya, Naim é um homem bom, deixou de ser assustador e passou a ser amável. Chuuya, embora não saiba, está sofrendo com a famosa "Síndrome de Estocolmo". Culpa da incompetência do governo. Mesmo que não veja Naim como seu salvador, está realmente apaixonado por ele, de forma doentia. — Você vai ajudar sua família com o dinheiro?

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