Capítulo CX

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Pela manhã, Chuuya foi o primeiro acordar, sua bexiga estava cheia, então, ele ficou processando um pouco, tentando lembrar como fazia para andar, e, ao recordar, não tardou a se afastar de Dazai, informando que iria ao banheiro. Ele estranhou a falta de Oe e Odette no colchão, bocejou sonolento, suspirando e pondo os pés no chão frio, o ruivo afagou o próprio abdômen caminhando ao banheiro e fechando a porta. O rapaz não tardou a se aliviar, aproveitando que já estava no banheiro, se banhou, saindo de lá com a toalha enrolada na cintura, atravessando o quarto e se vestindo. Fez uso de uma calça cargo vinho e a camiseta preta, novamente, estava descalço. Ao passar na varanda, a caminho da penteadeira, notou as pessoas dormindo no sofá, o que o deixou surpreso. Odette era a concha menor, Kenzaburo estava com o rosto enfiado nas tranças. Era surpreendente, Kenzaburo não tem o costume de abraçar enquanto dorme até onde Chuuya sabe, mas Oe tem o costume de abraçar Akutagawa. Ele abraçou Odette não só por gostar de sua nova amiga, mas por estar frio, calor humano era o suficiente.

O ruivo deu risada, seguindo ao quarto de Dazai e roubando um edredom, ele acabou trombando com Elisa, ela planejava chamar Kenzaburo para comer, mas Chuuya explicou que o mesmo dormia, convidando-a para ver. A mais velha acabou pegando o edredom, se aproximando dos dois que estavam no sofá e cobrindo-os, a mesma se despediu deles com um afago na cabeça de cada um, se aproximando de Chuuya que estava penteando o cabelo. Então, a loira roubou sua escova, o deixando sentado e começando a pentear seus fios, Chuuya estava com um sorriso nos lábios como ela, balançando os pés que não tocavam o chão.

— Você quer tomar café comigo? — Perguntou, e o rapaz afirmou, totalmente relaxado por ter Elisa cuidando de seus cabelos. Ela sempre cuidou, desde que ele veio morar com ela até quando se mudou. Elisa era cuidadosa, suas unhas curtas e dedos macios eram confortáveis de se ter massageando. Quando a mais velha penteou seus fios até que não houvesse nó algum, Chuuya pediu que a mesma arrumasse seus cachos. — Você lembra como ela usava? Bagunçado, como se não se importasse tanto com ele? — Perguntou retoricamente, começando a definir os cachos do ruivo que afirmou recordar, mas que detestava deixar seus fios bagunçados. — Eu sei. Seus cachos são lindos. — Murmurou, terminando o que fazia e virando-se para a varanda, houve um baixo som de grunido, era Kenzaburo acordando. Chuuya não ouviu por estar distraído, mas Elisa tinha uma excelente audição, principalmente considerando sua idade. — Tudo bem? — Perguntou assistindo o rapaz retirar Odette de seus braços delicadamente, nada a fim de acorda-la.

— Bom dia. — Resmungou sonolento, coçando os olhos e olhando ao redor. Todas as coisas estavam lá, e ele estava com uma dor de cabeça maçante por conta do açúcar da noite anterior. Elisa o assistiu levantar, e Chuuya o cumprimentou. — Você não se arruma tão cedo lá. — Implicou se espreguiçando, e Chuuya começou a falar sobre como viu Kenzaburo agarrado com Odette enquanto dormia. — Não lembro exatamente como aconteceu. Eu tava com frio. — Comentou, e Chuuya voltou a falar que ele parecia além de confortável, abraçando a garota, o que fez Oe dar um empurrão no rapaz que lhe mostrou a língua. — Crianção. Ai, você me cansa.

— Seu cabelo é muito bonito, Kenzaburo. — Disse Elisa, e Oe agradeceu, pronto para sair e tomar seu banho. — Posso tocar? — Perguntou, curiosa, e o rapaz passou alguns bons segundos pensando. — Vou encarar isso como um não. É muito bonito, cuide bem de si. Ciel, o café já deve estar na mesa. Venha quando terminar, Kenza. — Pediu, e Chuuya saltou da poltrona, deixando Elisa ir à frente e informando Dazai sobre onde estaria, logo saindo do quarto. Kenzaburo não pretendia negar por educação, mas Elisa ainda parecia com Verlaine, e isso era estranho. Ao vê-los sair do quarto, Oe analisou Dazai e o espaço da cama, logo seguindo a varanda e buscando Odette, ele é acostumado a carregar peso, e não teve dificuldade em fazer Dazai descer a sacada, amarrado num lençol. A garota foi colocada no colchão, distante do amigo estabanado, e, por acordar confusa, Oe lhe fez um afago avisando que deveria dormir, saindo do quarto em seguida.

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