Capítulo XXVI - A História de Osamu Dazai

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⚠️ Este capítulo contém menções a violência física, sexual, e importunação sexual, se você for sensível a este tipo de conteúdo, não leia. Se você foi vítima de qualquer uma dessas fatalidades, sinta-se livre para desabafar no meu chat privado, e, por favor, denuncie as autoridades. ⚠️

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Sentindo o peso que tinha em si sumir, Chuuya ergueu o corpo procurando por Osamu, o mesmo ainda estava ali, porém, por baixo do ruivo que suspirou aliviado. Chuuya encostou o queixo no peito do rapaz, que tinha as bochechas ainda queimadas, e lhe pousou um selar na bochecha, silencioso, tentando não acordá-lo. Nakahara tocou o rosto do mais novo, que dormia tranquilamente com as mãos em sua cintura. Dazai era portador da típica cicatriz de criança bagunceira, uma cicatriz pequena no queixo, que também pode ser localizada na testa em alguns casos. Seu rosto estava mais cheio desde a primeira vez que se encontraram, e sua pele flácida estava cada vez mais macia, esticando como chiclete e macia como a de um bebê. Haviam menos manchas, suas olheiras estavam menores, ele finalmente carregava uma cor saudável nos lábios e pele, distante daquela aparência de cadáver que tinha no início, parecia tranquilo enquanto dormia. Chuuya tocou os lábios do mais novo com o indicador, pensando no que fazer a respeito dos sentimentos que vem cultivando.

O menor levantou devagar, com cuidado para não acordar o outro, e lhe fez abraçar o urso de pelúcia que Chuuya ganhou, saindo do quarto e deixando o outro descansar em paz. Descendo as escadas, se deparou com todos de pijama, Verlaine estava tomando uma grande caneca de café encarando a televisão desligada, enquanto Rimbaud estava jogado em seu colo comendo alguns bolinhos de chocolate. Estranhando a situação, pois estes homens que geralmente estão com a energia para sustentar cinco cidades estavam quietos e sendo preguiçosos, o garoto se aproximou dos dois, passando a mão na frente do rosto do loiro que lhe soltou um beijinho no ar abrindo os braços e pedindo um abraço, esmagando Rimbaud entre eles.

- Você não tem nada pra contar pra gente? - Perguntou o loiro, afagando os fios do mais novo que se distanciou roubando um dos bolinhos de Rimbaud. O menor pareceu pensar, mas não lhe veio nada em mente, então ele perguntou se Verlaine estava bravo por passar pouco tempo com ele no dia anterior. - Não, claro que não. Você tá bem? Gostou da piscina? Nada aconteceu, certo?

- Certo. Eu tô legal, foi divertido ir pra piscina. Não se preocupa, eu tô bem. Acredite se quiser, nem fiquei com dor de cabeça. - Disse sorridente, assistindo o mais velho suspirar aliviado, e Rimbaud questionar onde estava Dazai. - Dormindo. Ele acorda tarde normalmente, então acho que foi cansativo pra ele estar aqui tão cedo. Vocês nem sabem o que ele me deu, sabe aquele segundo disco do Bruno Mars? Ele me deu, então preparem os ouvidos, porque eu vou me trancar no quarto e ouvir aquilo no volume máximo. - Disse empolgado, dando alguns pulinhos.

- E vocês dormiram bem? - Perguntou o irmão curioso, Rimbaud também estava com os olhos atentos em Chuuya, que afirmou tranquilamente. - Chuuya, tu é muito lesado. Eu não sei como nós somos irmãos. Aconteceu ou não aconteceu alguma coisa? Meu Deus, não entende uma indireta. Tem que esfregar tudo na cara, depois diz que eu sou grosseiro. - Reclamou irritado, afinal, estava curioso, Rimbaud apenas deu risada, mas nada disse.

- Eu-- você? E você? Vocês entraram no meu quarto? Pilantras! Por que fizeram isso? E o que faz vocês pensarem que eu fiz alguma coisa? Nós estávamos dormindo, só dormindo. - Resmungou, dando um peteleco em seu irmão e no cunhado, os dois resmungaram xingamentos com aquilo. - Por que estavam me espiando? Eu não achei que vocês fossem fazer isso, na real, do Paul era esperado, mas você, Rimbaud? Que decepção.

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