Capítulo LXXV - A História De Nakahara Chuuya (Parte 5)

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⚠️ Esse capítulo contém cenas explícitas de violência física, pressão psicológica, assédio sexual, se você for sensível a algum desses temas, não leia.⚠️

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No trem, os gêmeos brincavam com os bonecos enquanto seus pais conversavam. Chloé e Kansuke falavam sobre o mais novo sobrinho a caminho, empolgados com a ideia de ter mais um membro na família. Kansuke lhe apelidou de Kenji, embora soubesse que esse nome não seria usado. Os gêmeos não tardaram a pegar no sono, afinal, passava das 20h e eles têm o costume de dormir às 19h. Chloé, que estava cansada, também oscilava entre pausas longas tentando não dormir e conversas com assuntos aleatórios enquanto Kansuke segurava a risada. Mesmo chegando aos 40 anos, Chloé mantém algumas manias, e a mais forte com toda certeza é a teimosia. Kansuke já se acostumou com ela, e amava ver sua esposa lutar contra o sono apenas por querer continuar conversando consigo, almejando que seus filhos encontrassem a mesma felicidade futuramente.

— Pode dormir, Puchi. A gente conversa mais quando chegar. — Disse o mais velho a sua esposa que resmungou não querer, se encostando na poltrona acolchoada. — Descansa um pouco, tá? A gente andou muito hoje. — Murmurou, levantando da própria poltrona e beijando a testa da mesma, afagando seus fios. — O Verlaine chega amanhã de manhã com a Elise e o Rimbaud, acho que o Rimbaud tá namorando. — Disse arrumando as crianças nas poltronas e beijando suas testas. Pronto para também cochilar, Kansuke recebeu uma chamada de Verlaine, o deixando animado. — Oi, filho! Tudo bem? Tá tarde, por que você tá acordado? Aconteceu alguma coisa?

— Não, tá tudo bem. Eu tô arrumando as coisas pra amanhã, e a mãe tá preocupada com vocês. Tá todo mundo bem? — Questionou, e Elise falou ao fundo que Chloé não atendia ao celular. Kansuke logo tranquilizou todos, afirmando que estavam todos bem e que Chloé estava dormindo, por isso não atendeu. — Viu? Tá tudo bem. Mas aí, pai, já que eu já liguei-- espera, eu te acordei? Pode ir dormir, era só a mãe preocupada com vocês. — Disse o loiro preocupado, e Kansuke logo disse que não estava com sono, e que poderiam conversar. — Então tudo bem. Olha, como a gente tá no final do ano, daqui alguns dias minhas aulas vão voltar e tal, você não quer, tipo, ir comigo viajar, só alguns dias? Uma semana talvez. Eu queria passar alguns dias na praia e--

— Claro que eu quero! Só eu e você? Qual praia você quer ir? Eu converso com a Chloé rapidinho e a gente se organiza, tem quase duas semanas pra suas aulas voltarem, a gente pode dar um passeio por aí. Você quer levar o Rimbaud? Aliás, ele tá aí? Ele vem, né? — Questionou curioso, e Verlaine estava nervoso com tantas perguntas após sua proposta.

— Na verdade, eu acho que ele tá em Metz. Ele disse que vai me apresentar alguém, acho que ele tá namorando.

— Namorando? O Rimbaud? O seu amigo Rimbaud? O santo?

— É, pai, o Rimbaud. E eu não vou levar ele pra viagem, a gente não viajou muito nos últimos anos só eu e você. Eu comecei a faculdade, e sempre tava com a Marion. Queria ficar um pouco com você também.

— Sério mesmo? Sua mãe não te forçou a isso, né?

— Por que eu forçaria ele a passar um tempo com você, Kansuke? — Questionou Elise, e Verlaine revirou os olhos com um sorriso bobo nos lábios, sabendo que a postura intimidadora de sua mãe muitas vezes deixava Kansuke assustado de forma cômica.

— Eu nem disse isso.

— Tá me chamando de mentirosa?

— Quê? Não! Yuuki, me ajuda.

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