Capítulo XLIX

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Após uma atualização e diversas fotos enviadas para Chuuya de Kenzaburo, que estava vestindo um pijama novo que Rimbaud havia comprado par Osamu, entretanto, nunca fora usado. Fotos do garoto caindo de sono ao comer novamente, Verlaine comentando sobre o quão inteligente Oe parecia ser, e algumas outras fotos informando que os curativos foram feitos em seu corpo, Kenzaburo segurando o choro ao ver uma cama, e se negar a tocá-la por um longo tempo, até Paul surgir e ordenar que fosse de uma vez, além da última enviada, Kenzaburo estava deitado no colchão, emborcado e segurando o mindinho de Rimbaud com força, ele estava exausto e não queria soltá-lo por puro medo. Oe teve delírios por conta da febre, então, para ele Rimbaud era Tane, a mãe de Osamu. Paul não era um conhecido, mas uma figura de autoridade que Oe precisava respeitar. Chuuya e Dazai estavam rindo das fotos, mensagens de texto, áudios e vídeos. Tudo parecia ir bem, e realmente estava. Os adolescentes ansiosos puderam se tranquilizar sobre Kenzaburo, já que o rapaz estava bem. Aliviados, eles continuaram jogados na cama conversando enquanto Dazai ria do namorado errando algumas frases.

— Vida, eu vou te apertar com mais força. — Avisou, e o ruivo tentou se soltar para evitar o aperto, mas Dazai o prendeu nos braços, abraçando o menor com força enquanto acariciava suas costas ouvindo os resmungos bobos. — Meu bem, é impressão minha ou você tá falando muita besteira nos últimos dias? Tô te achando muito... Não sei. Não tá igual um bolinho. — Resmungou, fazendo Nakahara questionar que espécie de comparação era aquela. — Veio na cabeça. Vida, eu acho que você entrou na puberdade.

— Eu entrei faz tempo. Acha que minha voz é grossa por quê? — Resmungou, empurrando o maior e sentando no colchão, encarando o mesmo, que concordou tentando arrumar outra comparação. Com sono, enquanto seu cérebro perde a capacidade de funcionar até deixar Chuuya com a vontade de chorar se não dormir, ele tem seu momento de mente vazia, que o faz fazer coisas sem pensar. Então, enquanto Dazai tentava explicar como Chuuya ser um bolinho simbolizava sua pureza, Nakahara formou um bico nos lábios e deitou a cabeça de lado, se erguendo e sentando no colo de Dazai sem aviso ou motivo. O moreno teve um sobressalto, tentando afastar o namorado e explicando que Chuuya errou o lugar, por geralmente ficar em suas coxas e não no íntimo. — Não errei. É aqui. Eu falei sobre fazer o que quiser, não falei?

— O que eu quiser. E eu não acho que você queira fazer esse tipo de coisa, então saia daí. — Resmungou, assistindo o namorado emburrado obedecer, sentando nas coxas de Dazai. O ruivo ainda com um bico nos lábios estava lembrando do comentário sobre Osamu estar ficando cada vez mais forte, então, com isso em mente, ele deixou de se apoiar no colchão, fazendo o namorado sorrir com o peso do outro em sua coxa e erguer o troco para abraçá-lo. — Vida, sabia que eu amo quando você se apoia em mim? Faça isso mais vezes, por favor. — Resmungou, apertando Nakahara e fungando em seu pescoço. Para Dazai, considerando que o peso é uma insegurança de seu namorado, tê-lo se apoiando em si é uma clara demonstração de confiança e afeto, e realmente é. O moreno continuou abraçando o ruivo, fazendo carinho em suas costas e o sentindo apoiar o rosto no ombro do rapaz. — Meu bem, você tá exausto. Andou muito hoje. Me dê um beijinho e vamos dormir. Já passou do seu horário.

— Eu não quero dormir, quero ficar conversando com você. — Resmungou o ruivo sonolento, estava de fato cansado, mas não queria se render ao sono por mais que já houvesse passado da meia-noite. Dazai concordou, e se inclinou para trás, pretendendo fazer seu namorado dormir a força. Entretanto, ao senti-lo deitar-se, Chuuya ergueu o tronco, ficando em alerta novamente. Enquanto Dazai argumentava que Chuuya precisava dormir, o rapaz já estava focando em outra coisa. O ruivo adentrou com ambas as mãos na blusa de Osamu, que não se importou com o toque, estava focado na face engraçada que seu namorado fazia. Chuuya deslizou as mãos sobre a cintura do mais novo até o peitoral, levantando a camisa alheia e pondo a unha do dedo indicador para traçar uma linha reta até o peito do rapaz, fazendo os pelos do mesmo ficarem arrepiados. Osamu não tinha o abdômen marcado como o de Nakahara, mas era possível sentir o início dos gomos vir, haviam seis. O ruivo começou a deslizar as unhas sobre eles levemente até chegar aos mamilos, rodeando ambos também com as unhas e enfim chegando no pescoço do rapaz, onde a camisa estava. O coração de Dazai batia rápido, ele estava em pânico, suas bochechas rosadas o denunciavam. — Nervoso?

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