Capítulo XL

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⚠️ Este capítulo aborda assuntos como trauma de abandono, dependencia química, dependencia emocional e violência doméstica. Se você for sensível a qualquer um desses temas, não leia. ⚠️

⚠️ Se você for vítima de alguma dessas fatalidades, lembre-se que a culpa não é sua, denuncie as autoridades. Sinta-se livre pra usar o meu chat como desabafo. ⚠️

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O restante das aulas seguiu com a mesma dinâmica do início, sem alguém para irritar ou tirar a concentração. Era tão estranho uma aula assim já que Kenzaburo nunca falta, e os rapazes também não. A tranquilidade dos estudantes sem a importunação cotidiana fez com que a maioria dos alunos começasse a cochichar aumentando a história do porquê Oe não foi à aula. Era engraçado de ouvir, e também constrangedor. Nenhum dos garotos interviu, estavam ocupados se importunando durante a troca de professores. No fim do dia, a caminho de casa, o casal não oficial decidiu ir ao encontro de Kenzaburo em sua casa, escolhendo os lugares através do celular e críticas de Osamu. Saindo da estação, os garotos cumprimentaram Arthur, Paul e Oda, que estavam cientes do passeio, e estavam ali apenas para dar dinheiro e deixá-los cientes das regras. Todavia, por estar agoniado com o suor da aula de teatro, Nakahara decidiu que iria tomar banho e se trocar, o que Dazai aderiu já que considerando a companhia desconfortável de Kenzaburo, as roupas devem ser as mais agradáveis possíveis. Dazai com o de sempre calça jeans, all star e camisa de manga longa bege, e Chuuya não estava tão diferente com calça preta, botas e um moletom preto grande que Osamu podia jurar ser seu.

— Então, a gente vai na hamburgueria e compra rolinho primavera numa barraquinha de rua, né? — Perguntou Nakahara, e Dazai certificou. — Shake Shack foi mó legal, você conheceu meu irmão e o Rimbaud, e foi a primeira vez que a gente saiu pra comer junto. — Comentou caminhando com o namorado não oficial que deu um sorriso bobo por não esperar que Nakahara recordasse de tal detalhe. — Valha como tu é besta, mancho. Nunca vi mais baitola.

— É que sua memória é tão merda que eu fico surpreso quando você lembra de alguma coisa. Não é possível, seis meses e não sabe andar na escola direito. — Implicou, e Chuuya lhe deu um beliscão, afirmando saber andar pelo prédio escolar. — Ah é? Então se eu te colocar no laboratório de química você vai saber chegar até a quadra de basquete? — Perguntou com implicância, assistindo Nakahara lhe oferecer um sorriso malandro, deitando a cabeça de lado e cruzando os braços ao retirar o capuz.

— É você que vai colocar? — Implicou, mordendo levemente o inferior para conter o riso frouxo, fazendo Osamu arregalar os olhos e cobrir a boca que estava aberta pela surpresa do que ouvia, com sua reação, Chuuya teve uma crise de riso, que não cessou durante longos segundos até que ele estivesse com dificuldade para puxar o ar. O moreno virou-se para ele, e colocou o capuz de volta, puxando as tiras o máximo que conseguia, deixando apenas o nariz do ruivo do lado de fora. — Qual foi? Só você pode falar besteira? — Resmungou com a voz abafada, lutando para desfazer o nó que Osamu fez na ponta das cordas.

— Claro que sim, você é puro. Se o seu irmão sequer sonhar que você tá falando esse tipo de putaria, ele me castra. Você tá muito corrompido, meu bem. Preciso te levar pra igreja. Vou te proibir de sentar no meu colo depois que eu acordo. — Reclamou distraído, ouvindo Nakahara resmungar um pedido de ajuda para desfazer o nó, e o assistindo colidir a testa com o poste que estava próximo à pista. Dazai o ajudaria, óbvio, mas antes de fazer isso ele precisa ter uma boa crise de riso, e foi isso que aconteceu. Chuuya ficou imóvel tateando o poste de luz enquanto Dazai ria de sua lerdeza, e tentava o ajudar a levantar. — É muito lesado, puta que pariu.

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