Capítulo XCV

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Ali, Dazai falou por horas sem parar, o almoço estava pronto quando Verlaine entrou no quarto ouvindo Dazai falar sozinho sobre coisas aleatórias, o que ele planejava fazer durante a viagem. O loiro e ele trocaram olhares por alguns segundos antes de sussurrarem para questionar sobre Dazai e Chuuya irem almoçar. Osamu afirmou que logo iria, mas que Chuuya precisava descansar por conta do remédio que tomou. Ainda era dia quando eles chegaram só no hospital, e Chuuya dormiu até o anoitecer. Verlaine acabou afastando o irmão para fazer Dazai ir almoçar, e Rimbaud deu uma vitamina ao ruivo, que estava tão sonolento que não lembraria o que comeu. Osamu cansou incrivelmente de falar e começou a jogar enquanto seu namorado dormia. Quase próximo ao horário em que Chuuya costuma dormir, ele acordou.

- Eu jurei que você ia dormir até meia-noite. - Implicou, apertando o ruivo nos braços. Chuuya não falou, seus olhos esbugalhados estavam cansados, ele acordou por pura vontade de ir ao banheiro, não é como se quisesse levantar realmente. Ele foi acariciado e beijado enquanto tentava pensar no que fazer, ouvindo Osamu explicar o que aconteceu. - E foi isso, vida. Você tá bem? Dormiu bem? - Perguntou, segurando o rosto do garoto e beijando sua bochecha, fungando em seu rosto ao amassá-lo. - Você já tá falando? Precisa carregar mais? Lembra de ter comido?

- Eu comi? - Perguntou preguiçosamente, e Dazai sorriu ao afirmar, beijando sua bochecha. - Não lembro. Água. - Resmungou, tentando erguer o corpo e assistindo Dazai lhe entregar uma garrafa d'água ao sentar com Chuuya no colo. O ruivo deu alguns goles antes de enfiar o rosto no peito de Dazai, aquecendo a ponta do nariz gélida. Chuuya fazia corpo mole, ele começou a reagir bem antes de conseguir raciocinar normalmente. - Você é um aquecedor. Quero beijar você. - Resmungou, e Dazai sorriu antes de lhe dar um selinho.- Beijo.

- Vida, você não consegue nem segurar a garrafa, quem dirá mexer a boca. - Reclamou e o outro lhe disse o início de um xingamento, parando de falar pelo sono que sentia. - Tá vendo? Nem fala direito. - Implicou e o ruivo suspirou, coçando os olhos, tentando raciocinar. Sem mais nem menos, Chuuya levantou a camisa de Dazai e se enfiou nela, não dando sequer tempo do outro reagir. O ruivo apalpou a barriga do garoto, que estava totalmente vermelho, e também apalpou seu peitoral, resmungando palavras aleatórias. - Vida, você não quer voltar a dormir? Você, com sono, faz umas coisas meio questionáveis, você sabe.

- Não faço. - Reclamou, e Dazai afirmou que fazia. - Não faço. - E assim seguiu uma implicância onde Chuuya deu um tapa na barriga de Dazai e Dazai deu um tapa nas costas de Chuuya. Eles começaram a se bater até Chuuya ter outra brilhante ideia, a de morder Dazai. Entretanto, considerando que estava dentro da camisa do outro, seus movimentos eram limitados. Ao invés de sair, Chuuya quis pegar o braço de Dazai e morder ainda escondido. Lento pelo sono, ele conseguiu agarrá-lo, entretanto, errou a mira. Com o rosto enfiado no peito do outro, Chuuya mordeu tanto o mamilo alheio quanto parte da pele no braço de Dazai, fazendo Dazai praguejar, levantando a camiseta e agarrando os fios na nuca de Nakahara, puxando-o para trás.

- Vai tomar no cu, meu bem! Puta que pariu! - Reclamou Dazai, analisando o próprio braço, onde Chuuya conseguiu arranhar com seus dentes afiados e o mamilo, que felizmente não houve corte algum, mas receberia uma belíssima marca roxa. - Meu Deus, eu senti minha alma indo embora. Puta que pariu. - Resmungou, suspirando aliviado. O arranhão logo iria cicatrizar, não foi um corte profundo. Chuuya acabou batendo na mão de Dazai para soltá-lo, e assim Osamu o soltou. - Desculpa. Você me assustou.

- Agora eu acordei. - Resmungou, saindo do colo do rapaz e sentando ao seu lado, analisando o arranhão que fez. - Desculpa. - Murmurou, saindo da cama e indo ao banheiro, onde ele pegou um kit de primeiros socorros, limpando o arranhão e pondo um curativo. Dazai não parecia irritado, e Chuuya suspirou aliviado. O ruivo passou as mãos pelos fios da nuca, tentando analisar se ganharia ou não uma dor de cabeça depois, o que não aconteceria. - Como você faz isso?

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