Capítulo LXIX

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O ruivo dormia bem, entretanto, recebeu um abraço apertado e vários beijos aleatórios em seu rosto, sem tempo de raciocinar, ele empurrou o outro, ou tentou, cobrindo a boca. Dazai então começou a tagarelar, falando mais rápido que a capacidade de Nakahara identificar a língua que era dita. Osamu fungou em seu pescoço sem nem mesmo ter o ruivo de olhos abertos e, então, beijou suas mãos, lhe desejando um bom dia. O ruivo abriu finalmente os olhos, e Dazai estava realmente ali, o beijando e acariciando, murmurando juras de amor. Osamu suspirou, beijando os lábios de Nakahara, que ainda não respondia, apenas observava. 

— Eu errei os dias, acabei dormindo ontem um tempo depois de você. Bom dia, vida! Como você tá? Tá bem? Deixa eu te abraçar enquanto seu Windows baixa. — Pediu, abraçando seu namorado e o pondo no colo, ouvindo um gemido doloroso do rapaz que ainda tinha as coxas assadas. — Você se machucou, meu bem? Chutou alguma coisa? — Perguntou encostando a cabeça do outro em seu ombro, afagando seus fios e costas, deixando que dormisse outra vez. — Eu acho que quando a gente casar, eu vou precisar acordar antes de você só pra te ver todo fofo com sono. — Comentou, arrumando a roupa do menor no corpo, dando tapinhas em sua coxa e fungando em seu pescoço. Chuuya estava relaxado e sua pele macia exalava o cheiro típico de baunilha, Nakahara estava totalmente molenga nos braços de Osamu, respirando em seu pescoço. — Vida? Você vai dormir o dia todo? Já passou das sete, por que você tá dormindo tanto? — Perguntou, adentrando com as mãos em sua camisa e acariciando suas costas quentes por passarem tanto tempo em contato com o colchão macio. — Que coisinha mais cheirosa. Você quer dormir mais? Quer que eu volte depois? — Perguntou cutucando o rosto do menor, que apertou sua camisa, sem querer que Dazai fossem embora. — Quer que eu fique quieto? 

Apesar da pergunta, Chuuya não respondeu, apenas dormiu outra vez, se aconchegando no colo do mais novo. Dazai então posicionou uma mão em sua coluna e a outra em sua cabeça, como quem ergue um bebê, e empurrou o ombro, jogando o peso do ruivo em seus braços. Dazai segurou a nuca do outro com uma das mãos e a outra estava segurando toda a coluna de Nakahara, que ainda estava sentado em seu colo, então, Osamu abriu as pernas, fazendo o ruivo cair para trás e sendo segurado pelo mais velho. Nakahara fazia tanto corpo mole em seu sono que sequer ficou tenso em ter seu corpo suspenso por alguns segundos. Dazai deu risada em ver o outro ainda dormindo após o que fez e, então, fungou em todo o peito o mais velho, beijando suas bochechas rosadas. 

— Parece um bonequinho. Vamos, vida. Tem que acordar, você disse que fica irritado quando acorda tarde. — Resmungou, chacoalhando o corpo do outro que o apertou, respondendo em resmungos birrentos. — E se eu te deixar me maquiar de novo, hein? — Ofereceu, fingindo morder o queixo do menor, que resmungou birrento outra vez. — Trocamos de personalidade? Será? Não, eu não tô bravo e você não tá me mordendo. Meu bem, eu não aguento você todo molinho, parece uma gelatina. Todo fofo, todo macio, todo dengoso. Ai que lindo, meu Deus. Acho que a gente precisa casar. — Resmungou assistindo o outro finalmente abrir seus grandes olhos azuis, o encarando cansados e inchados, então, fecharam rápido. — É porque você chorou? Tá cansadinho? — Perguntou, mas o outro não parecia a fim de responder. — Misericórdia, que menino preguiçoso. — Implicou, voltando a deitar Nakahara na cama e lhe entregando a pelúcia do Homem Aranha outra vez. Então, com um selar em sua testa, Dazai saiu do quarto, descendo as escadas e indo a Rimbaud, que estava na cozinha. 

— Ele não quis acordar? É, ontem ele acordou muito cedo e chorou também, deve estar cansado. — Explicou o mais velho que cortava algumas frutas para tomar café da manhã, oferecendo ao adolescente que explicou já ter comido. — Pede pro Chuuya cobrir essas suas marcas amanhã, acho que os seus avós vão achar estranho. O Verlaine foi mais inteligente. — Disse levantando os fios na nuca, fazendo Dazai rir com a marca roxa na região. Enquanto conversavam bobagens, Rimbaud ensinava para Osamu onde estavam os itens que o mesmo queria. — Você vai fazer café pra ele? — Perguntou curioso, já que, nas palavras de Chuuya, Dazai não é um dos melhores na cozinha. Verlaine não tardou a surgir na porta, mexendo no celular e comentando com o namorado sobre seu irmão ainda estar dormindo. — Eu sei, o Dazai me disse. 

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