Capítulo XXV - Aniversário de Chuuya Nakahara (Parte 2)

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Ainda deitados trocando carícias bobas no brinquedo, eles ouviram algumas risadas e imediatamente ergueram seus corpos para checar quem seria. Atsushi estava rindo com Akutagawa enquanto se aproximavam, Ryunosuke estava contente do jeito dele, retraído e com um sorriso fraco nos lábios, mas Atsushi era o oposto, estava com um sorriso largo enquanto se aproximava. Chuuya e Dazai resolveram apostar uma semana de dever escolar e certa quantia das gelatinas da loja de conveniência. Chuuya se manteve firme apostando em Akutagawa, e Dazai tinha esperança de Atsushi usar sua empolgação para algo útil, então apostou nele. Formando o acordo com um aperto de mãos, eles se afastaram e assistiram os outros entrarem no pula-pula, ansiosos para contar algo.

- Agora ele sabe. - Disse Atsushi, fazendo as bochechas de Akutagawa ficarem rosadas, virando o rosto na direção oposta. Dazai questionou quem falou primeiro, e Akutagawa revirou os olhos o encarando como se quisesse matá-lo, não disse nada, pois Atsushi tapou sua boca. - Ele disse. Ficou puto porque eu gostava de alguém, aí ele disse.

- Puta merda, Atsushi. Tu tava com a faca e o queijo na mão e ainda perdeu? - Reclamou Osamu, escondendo o rosto e se jogando para trás, fazendo os outros pularem um pouco enquanto se remexia por perder e Chuuya se deliciava com sua vitória. - Eu devo tanta gelatina pro tampinha, perdi minhas horas de vagabundagem pra fazer atividade da escola.

- Vocês apostaram sobre a gente? - Akutagawa perguntou indignado, Chuuya imediatamente ergueu o corpo de Osamu e se escondeu atrás do mesmo. - Não vou te bater. Obrigado por apostar em mim, Chuuya. Mas, caralho, gente. Por que fizeram isso? Era muito óbvio? Agora me sinto um galo-de-briga ilegal. - Resmungou irritado, e Chuuya apenas jogou a culpa em Dazai, que o encarou com indignação.

- Eu aposto no Chuuya. - Disse Atsushi, e Akutagawa soltou uma risada enquanto os dois garotos se mordiam e batiam ainda discutindo. Akutagawa apostou em Dazai, e eles apertaram as mãos para firmar o mais novo acordo, sem que os outros sequer ouvissem ou percebessem o que estavam tentando fazer. - Deveríamos interferir? - Perguntou Atsushi, sentindo o brinquedo começar a balançar, Akutagawa imediatamente se segurou nas redes de proteção e negou, dizendo que sairia. Eles então fizeram, abandonando os dois brigões enquanto iam trocar anticorpos.

- Osh, eles saíram por quê? - Perguntou Dazai, levantando o busto e tendo o rosto afundado da rede elástica pelo ruivo que ainda estava focado na briga. - Dentista de Barbie arrombado. - Resmungou dando um tapa no peito do outro e o empurrando para o lado, cansado de rolar como cachorros. - Tá tocando música, consegue ouvir? - Comentou, apontando na direção do som perto da piscina, longe de onde estavam, então, parecia baixo. O ruivo engatinhou até a borda, tentando ouvir a música, e sentou nas próprias panturrilhas, dando abertura para Dazai agarrá-lo por trás e mordê-lo.

- Nem no meu aniversário eu tenho paz, que vida é essa? - Resmungou, em desistência de sair dos braços do outro, ele apenas se esticou por cima de Osamu e lá ficou, sentindo o outro mordiscar a pele de seu pescoço. - Eu acho que vão denunciar o Verlaine por maus tratos e vai ser culpa sua. Esse tanto de marca, cara. Eu não te dou comida suficiente e você precisa quase me arrancar um pedaço? - Perguntou indignado, fazendo o outro rir da forma que falava. - Mas tá tocando música mesmo ou você tava brincando?- Perguntou, sentindo Dazai puxar sua cintura, deixando Chuuya por cima enquanto Osamu estava deitado na rede elástica e o observava a curta distância. - Que foi? É uma posição muito sugestiva, você não acha que isso pode dar muita merda? - Perguntou, pronto para sair do colo alheio, quando seus quadris foram agarrados com certa força, fazendo permanecer onde estava. O ruivo cruzou os braços, irritado, e encarou o outro. - Qual foi? Cê tá querendo dar e não tá sabendo pedir.

- Tem razão. Você nunca reclamou, mas não sei adivinhar se você tá realmente bravo ou não nessas horas. É desconfortável? - Perguntou, e o outro suavizou o olhar, inflando as bochechas enquanto pensava um pouco. Não era desconfortável, e era adorável toda essa preocupação que Dazai tinha em saber se suas brincadeiras e toques causavam qualquer desconforto mesmo com o ruivo negando a todo momento.

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