Capítulo LXV

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Dazai precisou explicar diversas vezes a finalidade daquilo, e Chuuya riu nelas todas ao ponto de Osamu tapar a boca do outro com um travesseiro pela durabilidade da risada. Chuuya realmente implicou com seu namorado várias vezes até se aquietar, Dazai estava vermelho como um tomate depois de tudo aquilo, e se recusava a abraçar Nakahara. O que não durou muito, Chuuya não via problema em dormir separadamente, mas Dazai, sim, e logo o agarrou, fungando em seu pescoço até dormir como o ruivo fazia. Eles não acordaram de madrugada, apenas seguiram dormindo. Osamu fazia o outro de almofada, já Nakahara nem se importava, estava relaxado o suficiente.

Pela manhã, após toda a novela que é ter Chuuya acordando cedo e Dazai o forçando a dormir outra vez, Nakahara recordou que estava de férias, então, aproveitou a companhia do outro um pouco mais. Ele não tinha nada para fazer naquele dia, então, estava um completo tédio. Chuuya queria algo para se entreter, e às vezes apenas ficar quieto em um lugar é o suficiente. Na verdade, ele queria observar um pouco mais no próprio namorado. Embora estejam sempre juntos, Chuuya não sente que está de fato prestando atenção em Osamu. Não que duvide do que sente, mas de notar suas manias e aparência.

Abraçando o ruivo, Dazai voltou a dormir, dando oportunidade para Nakahara o observar. Seu rosto estava mais cheio, as maçãs do rosto altas e definidas, seu nariz grande e reto, os lábios não tão volumosos perfeitamente hidratados, as sobrancelhas cheias e grossas feitas recentemente, não havia manchas em sua pele, apenas uma pequena espinha na bochecha, além disso, estava lisa e hidratada como ele aprendeu com Nakahara. Os fios de Dazai não bagunçavam facilmente como os de Nakahara, apenas ficavam altos, o que Chuuya invejava. O garoto entediado se afastou um pouco do namorado e segurou seu braço, arregaçando a manga e apalpando o mesmo, que acordou com o aperto, perguntando o que o outro fazia.

- Vendo o tamanho do seu braço. Faz força. - Pediu, dando tapinhas no bíceps do outro, que resmungava sobre não ter força, afinal, estava cedo. - Vai, cara. Eu quero ver um negócio. - Pediu, e o moreno obedeceu, forçando seu músculo, assistindo o ruivo se surpreender ao ver o quão grande estava. - Maior que o meu braço, meu Deus. - Murmurou surpreso, apalpando o braço do outro que estava segurando a risada por sua reação. - Meu amigo, vamos pegar mais leve nesse treino de braço? Eu tô me sentindo humilhado. - Resmungou, e o outro logo lhe apertou, pousando um selar demorado em seus lábios.

- Sinto muito, puppy. Não posso. E mesmo se eu diminuir a frequência, não tem como você ficar maior que eu. Você é minha versão pocket, vida. Lembra? - Perguntou risonho, fungando no cabelo do outro, que lhe mostrou a língua. Dazai não se esforçou na academia por fins estéticos, ele realmente não se importa com esse tipo de coisa, mas o fez para ajudar Chuuya. Como Nakahara tem crises e se chateia crendo ser pesado demais para o próprio namorado que gosta de lhe apertar e carregar como um ursinho, Dazai vem malhando e ganhando músculos para carregar o ruivo por onde for sem esforço algum.

- Você é péssimo. Dorme de novo, eu vou ver o resto. - Pediu, desdobrando a manga de Osamu e levantando a barra da camisa, que o outro se apressou para negar. - Eu não vou te comer, okay? - Resmungou, e o namorado de bochechas rosadas questionou o porquê Chuuya estava tão agitado pela manhã. - Nada. Eu quero ver você só. - Resmungou, sem tentar levantar a camisa do outro, desistindo da ideia e dando tapinhas no abdômen alheio. Dazai passou alguns segundos raciocinando antes de levantar a barra da camisa, permitindo que Nakahara fizesse o resto. Seus gominhos estavam realmente evidentes, as cicatrizes presentes ali, incluindo aquela que quase fez Chuuya ter um ataque cardíaco, pensando que Osamu fora perfurado fundo demais. O ruivo a tocou com o polegar, afagando a barriga do outro, antes de beijar algumas cicatrizes até chegar no peitoral alheio, assistindo o namorado totalmente vermelho o encarar perdido, assim, o ruivo lhe pousou um selar nos lábios. - Que bonitinho você perdido.

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