Capítulo CVII

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Dazai avançou com as mãos na camisa do namorado, afastando-a e tocando sua pele, afundando os dedos na mesma e agarrando-a com força, numa tentativa desesperada e, talvez, um pouco violenta de não perde-lo. Chuuya não foi muito diferente, ele arrumou a postura, na dúvida sobre mover ou não o quadril, era algo tão automático que até ele gostava da sensação de formigamento e prazer que vinha dela. O ruivo aprofundou o beijo, introduzindo a língua e voltando a ter a sensação quente, macia e úmida que, apesar de, na teoria, parecer estranho para ele, na prática, era uma maravilha. Tendo a cintura apertada pelo namorado desesperado, o ruivo mordeu levemente seu lábio inferior, ouvindo o outro dar uma risada fraca, segurando seu pescoço e o puxando para perto outra vez. O ruivo foi apertado, e adentrou com as mãos por baixo da camisa de Osamu também, dedilhando seu abdômen e fazendo um afago no mesmo, bem onde haviam alguns pelinhos finos que seguiam em direção a virilha do rapaz – um possível paraíso para Chuuya em alguns bons anos –, então, ele deslizou os dedos e unhas na cintura do namorado que acabou com o beijo no mesmo instante, desviando para o pescoço do ruivo, distribuindo beijos na região. Dazai tem alta sensibilidade quando se trata das unhas de Nakahara tocando qualquer região de seu corpo, é excitante demais para ele. 

— Você tá arrepiado. — Soprou, sentindo os beijos em sua pele tornarem-se mais lentos, mais intensos e, enfim, chupões além de bem posicionados, o que Chuuya lembrou ser uma péssima ideia. Estão em casa, provavelmente vão receber olhares e perguntas, então, Chuuya agarrou os fios de Osamu, puxando-os para trás. — Não pode. Nada de marcas. Vão me ver, vão falar, e eu sinceramente não quero precisar explicar que meu namorado marcou meu pescoço porque tava-- você sabe.

— Duro? É, realmente, é constrangedor falar algo assim pra família. Mas, se você quiser, eu posso marcar outras partes que eu realmente espero que fiquem bem cobertas. — Sugeriu, levantando levemente a barra da camisa alheia, fazendo o ruivo deitar o rosto de lado, o encarando confuso. — Sabia que eu amo quando você faz isso? É muito fofinho. Seus cachinhos caem, você faz uma carinha confusa e um biquinho e fica me olhando todo pensativo. É lindo, meu bem. — Afirmou, beijando sua bochecha e o apertando num abraço.

— Nerstante' tu tava querendo me dar, agora tá todo baitola? — Perguntou, e Dazai franziu o cenho também confuso afagando sua cintura. — "Nesse instante". — Explicou, ouvindo um sincero e arrastado "ah" de Osamu. — Você faz isso do nada.

— Você entra na onda. — Implicou, e Chuuya concordou, brincando com seus fios. — Incomoda? — Perguntou, dando tapinhas na cintura do rapaz que perguntou se seu peso era um problema. — Nem um pouco, só vem mais pra cá. — Pediu, puxando o outro para sair de cima de seu membro empolgado. Chuuya abraçou o rapaz em seguida, resmungando sobre seu ventre estar formigando e precisar também se acalmar. — Acho engraçado que você fica com a barriga formigando.

— Culpa sua, mas eu acho até mais tranquilo. Só aconteceu... Duas? Com você, acho que foi isso. — Ao ouvir isso, Dazai franziu o cenho, perguntando se houveram outras pessoas. — Pessoas não, mas, tipo, às vezes de manhã, ou do nada no meio do dia. — Explicou, e Dazai questionou como raios Chuuya conseguia ter ereções do dia a dia, mas não quando tenta algo mais quente com ele. — Porque eu demoro, você fica mó rápido.

— Eu funciono normal. Vem, meu amor, vamos tentar algo diferente. — Chamou, afastando o ruivo e o pondo deitado na cama, sendo questionado sobre suas intenções. — Sua cueca vai continuar no mesmo lugar, relaxa.

— Isso não é garantia de muita coisa. O que você quer? — Perguntou, assistindo o outro beijar as costas de suas mãos. — Você faz isso quando quer fazer merda, o que você vai fazer? Vai me assustar? Promete não me morder, nem fazer nada estranho?

— Prometo. — Disse, estendendo o mindinho ao namorado que entrelaçou no seu, ganhando um selinho. — Relaxa, meu amor. É só dizer que não quer mais. Consegue fazer isso? — Perguntou, e o outro afirmou, concentrado em Osamu. O moreno decidiu que, visto que seu namorado estava tenso, era melhor deixá-lo mais tranquilo à respeito, não é como se Dazai fosse tocar sua intimidade, mas pretendia realmente ir mais longe que o habitual. — Vida, a Elise também vai pra fazenda?

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