Capítulo LXXXVIII

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⚠️ Esse capitulo contém cenas implícitas de sexo, se for sensível a esse tipo de conteúdo, não leia.⚠️

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Do lado de fora do quarto, mais calmo, Chuuya ficou de pé, encarando a porta um tempo antes de encostar a orelha na mesma, visando ouvir a conversa. Não havia nada além de silêncio, bom, silêncio e um soco fraco que Rimbaud deu na porta para assustar Chuuya. Recebendo ordem para sair dali, ele permaneceu preocupado e pediu que não houvesse um rompimento daquela relação. Embora o relacionamento entre o casal fosse sólido, rígido como pedra, uma vez quebrado, não poderia ser colado outra vez. Diferente do vidro, que se pode derreter e formar algo novo quando quebra, a relação entre Verlaine e Rimbaud não pode ser reciclada. Chuuya estava nervoso, e ele sequer comentou sobre Dazai usar drogas quando se conheceram. Se Verlaine soubesse, ele proibiria Chuuya de continuar aquela relação. Indo para o próprio quarto, ele avistou Kenzaburo cochilando sentado no chão. Rimbaud lhe fez carinho até que o garoto apagasse, então, Chuuya acabou sentando ao lado dele, pegando a aliança na cômoda ao lado da cama e pondo em seu dedo anelar.

Enquanto Chuuya tentava não pensar bobagens, ele recordou de como rompeu o relacionamento de Verlaine com sua antiga noiva. Eles combinaram de não ter filhos, mas Chuuya era um e Verlaine não abriria mão. Rimbaud, apesar de aceitar Chuuya como seu filho, está ciente da preferência do ruivo por ele. Rimbaud perdeu Chiya de forma trágica, Dazai preferiu outra pessoa ao invés de Rimbaud, Kenzaburo é o único que ele ainda pode ter, e não quer abrir mal disso. Ele obviamente não culpa Dazai ou Chuuya por não o escolherem, mas isso não muda o fato que doeu. Chuuya não queria que o relacionamento de Verlaine tivesse fim por conta, outra vez, de um filho. Ansioso, ele inflou as bochechas, encostando a cabeça no ombro de Kenzaburo que acordou rejeitando o toque e questionando a razão daquilo.

— Rimbaud e Verlaine estão brigando. — Resmungou, desacostumado com aquilo, estava realmente incomodado. Kenzaburo olhou ao redor, realmente não encontrando Rimbaud, então suspirou, observando a aparência do ruivo, comentando sobre seus fios ainda estarem molhados.  — Eu sei. Vai demorar pra secar. — Resmungou outra vez, preocupado.

— Levanta ou eu vou te puxar. — Disse o garoto, e Chuuya demorou alguns segundos para acatar a ideia, sendo empurrado levemente por Kenzaburo enquanto desciam as escadas, voltando para o quintal. Oe não parou de empurrar até que Chuuya estivesse com os pés na grama molhada, apesar de quente pelo sol. O ruivo também parou de tentar se debater, focando naquilo que seus pés tocavam. — Isso que dá andar descalço. — Implicou, como se não fosse sua intenção desde o início. — Que pézinho de princesa. O da Sayaka é do tamanho do seu, eu acho. — Disse o moreno, comparando os pés deles. Kenzaburo e Dazai tem alturas invejáveis, claro, mas ter todos os membros de seu corpo sendo grandes não é lá a melhor coisa do mundo, Kenzaburo tem dificuldade em encontrar sapatos e luvas para o inverno.

— Eu não quero que eles terminem. Sempre acabo estragando os relacionamentos do Verlaine. — Resmungou, esfregando os pés na grama enquanto lembrava dele e do irmão correndo descalços na fazenda de seus avós ou no quintal de casa.

— Acho que não vão. São adultos, sabem se resolver. O Pou gosta muito do Lin pra acabar assim do nada. — Explicou seu ponto de vista, fazendo o ruivo o encarar por alguns segundos antes de avançar em Kenzaburo, abraçando o garoto. — Meu Deus, isso é muito estranho. — Disse o garoto, sem saber se devia ou não retribuir o abraço. O motivo de Chuuya tê-lo abraçado é por estar sensível visitando suas lembranças, e Kenzaburo fala como seu irmão falava. Oe ficou imóvel por alguns segundos, decidindo que aquele era seu limite de toques, ele afastou Chuuya lentamente para que o garoto não ficasse irritado ou ofendido. É claro, Chuuya se desculpou por ser tão impulsivo. — Tudo bem. Só me peça na próxima, tá? Eu obviamente vou negar, mas é valida a tentativa.

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