Ao abrir a calça do rapaz, se distanciando do corpo alheio, Sayaka resolveu segurar novamente as mãos de Nakahara, que tinha as pupilas dilatadas, e descer a alça do sutiã já solto, fazendo-o apertar seus seios. Sayaka sorriu, e Chuuya se forçou a fazer o mesmo, agradecendo por estar alcoolizado o suficiente para não arruinar tudo. A morena então introduziu a mão na calça de Nakahara, tocando o membro espesso ainda coberto pela fina camada de tecido da roupa íntima do rapaz, e aquele foi seu maior erro. O desconforto tomou conta de Nakahara, que agarrou seus pulsos, afastando de seu íntimo. Sem entender, a garota franziu o cenho, pedindo que soltasse seus pulsos, e então foi feito.
— Desculpa. Não queria ter feito isso, ainda tô nervoso. Te machuquei? — Perguntou preocupado, segurando as mãos da garota para checar seus pulsos, mas não havia nada de errado e Sayaka afirmou estar bem, perguntando se Chuuya tinha certeza que deveria continuar ou não. — Acho que sim. Não tem problema. O álcool tá batendo, minha cabeça tá um pouco confusa, mas tá tudo bem. — Afirmou, e Sayaka demorou alguns segundos para finalmente tentar algo novamente. Ela empurrou o ruivo contra o travesseiro, e sentou em seu colo, fazendo movimentos repetitivos de vai e vem com o quadril, e conforme as reações de Nakahara se mostravam de bem com o que fazia, resolveu prosseguir.
O ambiente ainda era abafado e escuro, aquela janela que foi aberta era pequena, e não parecia ventilar o suficiente. Até mesmo a varanda estava fechada, então mesmo com o álcool e cocaína, o medo do escuro e do ambiente fechado era presente. Devido à droga, o estado de alerta de Nakahara estava intensificado, o que lhe deixava propenso a acabar com o clima com o mínimo desconforto. Ao ver Sayaka levantar a saia exibindo seu íntimo, a lingerie estava enfiada entre os lábios carnudos e úmidos, a ouviu resmungar sobre o quanto estava exitada, pedindo a mão do garoto e usando o polegar de Chuuya para tocar em seu clitóris, o que a fez soltar um gemido arrastado. Nakahara não recuou, não tinha problema algum em fazer aquilo, mas não podia dizer que sentia prazer, seria mentira. Sua aversão não tinha nada a ver com garotas, mas por não se sentir próximo o suficiente para ter prazer. Novamente, ela tentou adentrar com a mão na cueca de Chuuya, e, para sua surpresa, a reação do mestiço foi diferente, mais bruta. Chuuya agarrou seu pulso, e inverteu as posições, fazendo Sayaka bater as costas no colchão, encarando o rapaz de respiração acelerada e pupilas dilatadas, dessa vez, ele parecia realmente incomodado, a deixando preocupada.
Por mais que queira ou tente, Chuuya não consegue deixar de se sentir mal em enganar a garota daquela forma. Sempre esteve consciente de que não gostaria, e se forçou mesmo assim, mas ferir Sayaka e, quem sabe, seus sentimentos, seja demais. Ele precisa enfrentar seus amigos e a si próprio, abandonar a ideia de que ser como seus amigos não lhe seja agradável. Nakahara pode ouvir histórias de como seus amigos se sentiam quando beijaram pela primeira vez, como se sentiram bem em sua primeira transa, e mesmo assim não fazer nada, não compartilhar das mesmas experiências. Por mais que não acredite em nada que está se forçando a engolir goela abaixo, ele sabe que precisa fazer. Talvez não esteja pronto para beijar, talvez não esteja pronto para abandonar sua virgindade, talvez não esteja pronto para se entregar a Sayaka de forma tão especial. Ou talvez esteja, talvez esteja pronto para tudo isso, mas está apavorado o suficiente para não seguir com essa ideia. Ele precisa aceitar a incerteza desses pensamentos, e seguir o que acha melhor para si. Sayaka pode não ser a única pessoa a se interessar por ele, ou talvez seja, mas não importa; ele apenas não quer. Chuuya não precisa se explicar, apenas aceitar que não quer, e deixar os outros entenderem isso.
— Desculpa, desculpa mesmo. Eu achei que quisesse, e sei que você quer. Mas ainda me sinto desconfortável. Não quero fazer isso, sinto muito. De verdade, eu gosto muito de você. Te acho legal e você foi um doce durante todo esse processo, mas eu não consigo. Sayaka, sem querer ser grosseiro, mas eu não quero fazer isso. Nós podemos continuar só sendo amigos? Talvez tentar em outro momento. — Propôs, não havia um fundo de verdade na proposta, estava claro que não haveria outra vez. A garota sentiu o aperto em seus braços se afrouxando, finalmente estava livre. Ela apenas deu um sorriso gentil, afagando os fios de Nakahara por um momento. — Obrigado, e me desculpa. Eu juro que tentei. — Lamentou, levantando ainda zonzo, estava agoniado pelo ambiente escuro e abafado. — Eu vou ficar lá fora. Nós podemos conversar depois, minha cabeça tá confusa ainda.
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Soukoku - High School
FanfictionNakahara Chuuya acaba de ingressar no ensino médio em uma nova escola e novo país, tendo que lidar com a diferença cultural além do bullying que sofre por conta dos fios alaranjados. Osamu Dazai é um veterano que está sempre na detenção por aprontar...