Capítulo LXXXIV

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Na casa de Chuuya, Verlaine e Rimbaud estavam discutindo. Rimbaud estava repreendendo o namorado por gastar mais de 200 euros em itens de sex shop, e Verlaine afirmava não ter feito. Não havia histórico de pesquisa em seu celular ou computador, o que após mostrar deixou seu namorado muito confuso. Rimbaud questionou quando raios deveria chegar o produto, ainda desconfiado do namorado, que não sabia o que responder. Chuuya não ouviu a confusão, ele não estava prestando atenção em nada daquela casa. Embora os outros não soubessem, Chuuya que havia feito àquela compra. Uma vez, após ver uma gambiarra que Dazai fez no banheiro, o ruivo disse que compraria algo para o namorado, e ele realmente fez. O motivo de terem tantas coisas ao invés do que apenas ele inicialmente compraria era bem simples, Nakahara não tinha coragem de olhar àquelas coisas, então, ele apenas selecionou todos os itens da loja no site e avisou para a atendente que gostaria de um item de cada. Sendo menor de idade, Chuuya não possui cartão de crédito, mas costuma pegar o de Verlaine para fazer compras aleatoriamente.

O problema de ter comprado não era o quanto gastou, mas com o que gastou. Itens de uma sex shop com certeza não era algo que desconfiavam que Chuuya poderia sequer cogitar comprar, então Rimbaud e Verlaine acabaram falando com o banco que afirmava que aquela compra não foi feita por outra pessoa além do loiro. Não é preciso dizer, Verlaine foi obrigado a dormir no sofá. Rimbaud estava irritado com o namorado, achando que o mesmo havia comprado tantas coisas e tantas coisas absurdas. Arthur não é exatamente o tipo de pessoa que costuma usar tantos itens assim em suas relações, e como não sabia muito sobre esse lado de Verlaine, estava desconfiado que ele usasse.

[...]

Na casa de Oda, após todos guardarem os itens jogados no chão numa só caixa, deixando a outra com isopor, eles esperaram a comida chegar. Kenzaburo estava dentro da caixa com isopor, parecendo se divertir ali quando Dazai o empurrou para o centro da sala. Como a caixa era alta, Kenzaburo cairia ao sair dela sem apoio, e era isso que Osamu queria ver. Akutagawa contou tudo aquilo para Atsushi, e o albino deu risada por um bom tempo, afirmando que gostaria de estar com eles. Atsushi estava passando alguns dias com seus avós, então não havia como ficar com os garotos.

— Oda, me ajuda. Preciso ir no banheiro. — Reclamou Oe, e Dazai afirmou que seu tio não deveria fazer, explicando que Kenzaburo bebeu muita água por querer. — Eu vou mijar na sua cabeça, seu arrombado. — Resmungou, arremessando um isopor no rosto de Dazai. — Osh, você tá com dois celulares, Aku?

— Minha tia me deu, ela disse que comprou um pra ela e o namorado dela também deu um de presente, o Dazai não quer esse. Você quer? — Perguntou, e o outro esticou a mão para ver, então, Akutagawa o entregou. — Você não faz ideia de quem comprou isso? — Akutagawa perguntou, apontando para a outra caixa e Dazai logo negou. — Ninguém tá dando em cima de você ou te assediando?

— Quem dá em cima de homem casado? Ai, povo burro. E não, ninguém dá em cima de mim ou me assedia. — Resmungou, e Akutagawa o encarou desconfiado, então, Kenzaburo afirmou que gostaria de ficar com o celular. — Vai ficar aí mesmo?

— Eu teria saído se você não tivesse me empurrado pra longe. — Reclamou, mostrando o dedo do meio para Osamu.

— Você que implicou comigo, agora fica aí. — Resmungou, assistindo Oda ajudar Kenzaburo a sair da caixa e seu amigo correr para o banheiro. — Por que você ajudou?

— Vocês vão me deixar dormir hoje? — Perguntou, deitando em cima dos adolescentes e os esmagando no sofá. — Obrigado. Akutagawa, como você tá? — Perguntou, esmagando as pernas do pobre adolescente que afirmava estar bem. — E seu namoro? Você e o Atsushi são chorões, igual o Dazai? Ele quase morre e olha que nem terminaram.

— Vai debochar de mim agora? — Perguntou irritado, tentando fazer uma trança nos fios do tio.

— Acalmei. — Disse Kenzaburo, voltando do banheiro parecendo mais tranquilo. Ouvindo Dazai falar para Akutagawa que Oe estava namorando Nikolai, o mais velho se apressou para desmentir. — Eu não tô namorando, seu viado. Não pode ser solteiro em paz nessa merda. E outra, ele tem uns 18 anos.

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