Capítulo LXXXVI

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⚠️⚠️ Este capítulo contem menções a violência física, transfobia e abuso psicológico. Se você for sensível a algum desses assuntos, não leia.⚠️⚠️

⚠️ Se foi vítima de algum desses abusos, denuncie as autoridades. ⚠️

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Com os penteados finalizados e outras tentativas falhas de fazer Chuuya falar, os adultos acabaram saindo do quarto para debater o quão estressado ficava Kenzaburo sempre que lembrava de Teru. Dazai ainda estava falando algo no telefone quando Oe deu novamente uma garrafa de água para Chuuya, que não tomou muito por ainda estar cheio. Kenzaburo estava entediado, mas ele começou a fuçar no guarda-roupa de Chuuya para buscar todas as camisetas de Dazai que ele aceitava devolver. Oe dificilmente pegava uma camisa de Chuuya por ser uma paleta completamente diferente. Aquilo seguiu até que o garoto encontrasse uma camiseta, além de conhecida, na verdade, um casaco, era seu casaco que, por alguma razão, estava com Chuuya.

— Por que você tá com uma roupa minha, tampa de pitchulinha? A gente nem é do mesmo tamanho. — Resmungou, e Dazai questionou qual roupa seria, então, Oe se dirigiu à varanda, deixando Dazai ver o casaco que Kenzaburo cobriu o casal no passeio de escola há um bom tempo. Com a explicação do moreno, ele ficou ainda mais confuso. Era uma peça de roupa velha, apesar do bom estado, ainda não parecia algo que Chuuya usaria, mas tinha guardado por achar ser algo de Osamu. — Não vou discutir, mas eu quero essa aqui de volta.

— O que o meu bem tá fazendo, Kenza? — Perguntou curioso, bocejando ainda com sono por dormir tarde e acordado cedo. Ouvindo o outro descrever que Chuuya estava apenas deitado e encolhido num casulo de lençóis, Osamu suspirou entristecido. — Tem algum boneco do homem aranha aí? Uma pelúcia ou algo parecido. Se tiver, dá pra ele.

— Ele já tá com uma. E tem um bando de coisas do homem aranha nesse quarto, chega a ser preocupante. — Resmungou, finalmente levantando para checar a temperatura de Chuuya. — Ele fica muito frio com o ar-condicionado mesmo ou já posso dizer que é hipotermia? — Questionou, e o outro afirmou que Chuuya é um rapaz 'friorento'. — Doença, o nome disso. — Resmungou, afagando os fios do outro por um momento, começando a pensar no que fazer. — Fica falando com ele aí, eu vou tomar banho. Tenho serviço comunitário hoje. Acho que eu folgo daqui a dois dias, você quer ir pra algum lugar comigo ou fazer alguma coisa? — Perguntou, e o outro afirmou não saber, mas que pesquisaria algo, questionando se Chuuya estava a fim. Kenzaburo encarou Chuuya, que negou com a cabeça. — Ele não quer. Na verdade, eu acho que ele não quer sair no geral. Não saiu da cama desde que saiu do hospital, pelo que disseram.

— As costas e pernas dele devem estar doendo então. — Resmungou, a fim de ir na casa do garoto e ver o mesmo, ao menos tentar ajudá-lo a levantar. Oe afirmou que certamente estava, e informou que iria se aprontar, então, saiu do quarto deixando o celular carregar ainda em chamada. — Vida? Eu posso ficar falando aleatoriamente? Se não puder, você desliga, tudo bem? Eu tô com saudade. Eu não sei se você quer falar ou não sobre o que aconteceu, mas eu fiquei com medo de você se machucar. E realmente machucou, me sinto mal por sair naquela hora. — Resmungou, sentindo-se realmente culpado por algo que não era culpa dele. — Meu bem, eu sei que você tá tentando melhorar, e que é muito difícil, mas você pode, por favor, por você, o homem aranha ou quem quer que seja importante agora, tentar beber um pouco mais de água, comer e ir no banheiro? E se você quiser me ligar pra falar comigo ou só pra me deixar falando igual agora, liga. O horário que você quiser, por quanto tempo você quiser. Se sentir alguma dorzinha ou incômodo, fala com os meninos, tudo bem? — Questionou, tendo total atenção do ruivo. — Eu queria abraçar você. Melhora logo, por favor.

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