Capítulo CXVII

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⚠️⚠️ Capítulo feito por uma pessoa que não tem estudo de psicologia, psiquiatria e nada que mexa com a saúde mental. Não use de base, não use como exemplo. Busque um profissional estudado e especializado. ⚠️⚠️
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No consultório, Dazai ajudou o amigo a se acalmar, e o introduziu no assunto com o psicólogo. Ele passou cerca de dez minutos na sala, só então Oe conseguiu ser frio consigo mesmo o suficiente para ficar sozinho com o profissional. Eles sabem o nome e idade um do outro, sabem o porquê Kenzaburo está lá e porquê Dazai precisou ficar um pouco na sala. Kenzaburo não estava confortável, então se recusou a sentar na poltrona, não sendo insistido pelo outro que lhe disse para ficar à vontade.

— É a sua primeira vez fazendo terapia? — Perguntou o mais velho, e Oe concordou com a cabeça. Alexandre, o psicólogo, sabia dessa informação por Paul, Arthur e Elisa, mas ainda quis confirmar com o adolescente. — O que você fez essa semana?

— Briguei, vomitei, assisti, conheci pessoas, dei passeios e vim pra cá. — Respondeu, e Alexandre questionou o porquê Kenzaburo brigou. — Namorado de um amigo meu ficou com ciúmes da minha amizade com ele. Foi idiota.

— Quem foi idiota? A briga ou ele?

— Nós três, eu, ele, e a briga. Ele por ser infantil, eu por brigar, e a briga pelo motivo. Eu entendo o problema e insegurança dele, mas não é problema meu. Acho que já resolvemos isso, mas, se não tiver, não sei se é algo que eu vou pensar horas a fio.

— E você vomitou por causa da briga? Ficou ansioso? — Perguntou, notando que Kenzaburo estava balançando o próprio corpo levemente, desviando o peso de uma perna para a outra.

— Não, foi porquê eu ia viajar.

— Tem medo de avião?

— Também, mas foi porquê a passagem era muito cara, e eu não comprei com o meu dinheiro. Ainda me sinto mal por estar usando o dinheiro de outra pessoa.

— E por quê?

— Porque é desconfortável, ora. Não gosto. Eu sei que não vão me cobrar, mas não gosto. Como você vai perguntar o que eu assisti, eu assisti várias coisas. Tudo dos Studios Ghibli. Ponyo eu vi... eu não lembro, mas foram mais de dez nesses últimos quatro dias. Eu assisto sempre que tô sozinho, no celular. É muito bom. Já assistiu? Deveria assistir. Melhor filme que você vai ver na sua vida. Sério. De verdade. Eu vou assistir quando sair daqui.

— Você assiste todos os dias o mesmo filme? — Perguntou o mais velho, e Kenzaburo negou, afirmando haverem dias que ficava muito ocupado e não conseguia ver completo, mas sabia de todas as cenas. Assistiu pela primeira vez quando criança e, desde a infância, segue sendo seu filme favorito. — Ponyo, né?

— É. A Viagem de Chihiro também é muito bom. Eu mostrei pra Odette, que é a pessoa nova que eu conheci, e pro Nelore... Leo, Seo, não sei o nome dele. Enfim, eu vou mostrar hoje. Achei um absurdo ele não conhecer um único filme.

— Eu anotei aqui, vou ver ele e na próxima sessão conversamos sobre, pode ser? — Perguntou, e o rapaz afirmou, batendo os punhos cerrados contra as próprias coxas para conter sua empolgação. — Você descobriu esses filmes sozinho? Assistiu muito na infância?

— Não, e não tanto quanto eu gostaria. Foi meu pai que me mostrou. — Respondeu, não parecendo muito contente com o que sabia que viria a seguir. — Eu não vou falar disso com você.

— Do seu pai? — Perguntou, e o outro concordou. — Por quê?

— Porque todo mundo reage do mesmo jeito, e eu não quero ouvir a mesma coisa. É chato. — Dito isso, Alexandre notou novamente a postura do rapaz mudar. Tornando-se mais retraída, e sua voz irritada.

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