Capítulo XXXV

4.4K 243 1.8K
                                    

Durante o percurso, eles conversaram sobre Murata, e começaram a pensar em como animá-la. A única coisa que Chuuya recorda são coisas da Hello Kitty, mas Dazai é seu amigo, ele conhece seus gostos. Eles planejavam ir ao shopping fazer compras depois, mas, por enquanto, o foco ainda era seu passeio. Dazai não deu muitos detalhes além de ser um Jardim grande e bonito com várias construções atrativas, ele estava mais preocupado em pedir que Chuuya deixasse-o abraçá-lo, coisa que não aconteceu. Eles estavam surpresos por Kenzaburo ter feito algo útil, e Osamu reclamou que Oe estava tentando questionar sobre sua vida, o que ele achava estranho por não serem mais amigos, é como se Kenzaburo estivesse tentando retroceder, tentando ter sua amizade de volta, Oe parecia incomodado com algo, mas não tinha coragem de dizer. Osamu não queria sua amizade, Oe cortou os laços quando decidiu que viraria um bully, ele sabia onde estava se metendo, nada que ele tente fazer irá reparar o fato de ter feito mal para Dazai e Chuuya.

— É aqui. Bonito, né? Eu sei. Tem várias trilhas. Eu queria fazer um piquenique com você, mas só lembrei disso no meio do caminho. Não some, pelo amor de Deus. Não sai correndo, se eu te perco e seu irmão corta meu pau, eu gosto do meu menino. — Disse sério, segurando um dos ombros do mais velho que estava com um sorriso doce nos lábios enquanto lhe ouvia falar. Chuuya estava com uma tola face apaixonada olhando para o rosto de Osamu, o que deixou o moreno envergonhado.

— Você tá falando e minha mente tá me fazendo imaginar inúmeras formas de te beijar aqui, na frente de todo mundo. — Murmurou, fazendo as bochechas de Osamu se avermelharem, o que fez Chuuya abrir um sorriso largo. — Trilhas, né? Dez horas a gente tem que estar em casa, você sabe. Vem, eu quero saber como é. Esse negócio de mato é minha vibe, eu gosto. — Brincou, puxando Dazai para dentro do parque, era realmente enorme. — Se eu meto a carreira aqui, tu nunca mais me acha.

— Por isso mesmo você não vai correr. Você me ama e eu amo meu pau, sem correria. — Disse fazendo um afago nos fios do ruivo, iniciando sua caminhada pelo lugar. Seu coração estava batendo forte, Chuuya precisa parar de falar coisas absurdas com um sorriso doce ou ele fará Dazai ter um infarto. O parque grande estava cercado por árvores, flores de cerejeira perfumando todo o ambiente junto às iris. Nakahara estava de pé, parado, observando a paisagem com seus grandes e curiosos olhos que pareciam brilhar. Dazai o observou da cabeça aos pés, Chuuya é tão bonito, olhar para ele causa um frio na barriga. — Meu bem, por que você vive com essa bolsinha? Nunca tem coisa pra carregar, e você tem bolsos, não é melhor colocar no bolso?

— Eu gosto dela. Sou irresponsável com compras e curioso, então acabo sempre guardando as coisas na bolsa. O Verlaine tinha que escolher qual bolsa eu ia levar antes, porque no meio do caminho eu sempre queria que ele carregasse e ele achava injusto a bolsa não combinar com o que ele tava vestindo, era engraçado. — Explicou com um sorriso no rosto, e Dazai então começou a comparar suas roupas com a bolsa que Chuuya carregava. O ponto bom de Nakahara ser alguém monocromático, é que preto e branco costuma combinar com todas as cores, então, sua bolsa combinava com as cores de Osamu.

— Eu posso carregar se você quiser. — Disse o mais novo, assistindo o menor abrir um sorriso frouxo, mas negar por estar leve e não ser cansativo, afinal, esgava vazia. — Tudo bem, mas eu carrego quando você não quiser mais. — Murmurou, e o outro apenas concordou, observando as árvores e flores. — Você acha que é uma boa ideia fazer um piquenique aqui outro dia? Acho que seria divertido. — Disse o mais novo, e Nakahara afirmou que seria uma ótima ideia, piqueniques são divertidos. Boa companhia, comida, música, natureza, formigas roubando sua comida, e conversas legais. — Você é ciumento? — Perguntou curioso, com os olhos e ouvidos atentos no que Chuuya fizesse ou dissesse. Aleatório e repentino, esperado de Osamu.

— Confio no meu taco. — Respondeu, o que deixou Osamu confuso, não era uma expressão que ele conhecia, e Chuuya tem a péssima mania fazer uma tradução literal de uma língua para outra. — Confio nas minhas habilidades, eu não me importo com o que você for fazer, é de sua consciência, a minha parte eu fiz. Eu não sou tão sentimental, sabe disso. Mas não posso dizer que seria assim sempre, nunca fiz isso. — Respondeu, e Dazai finalmente pareceu entender. De fato, Chuuya não costuma ser uma pessoa sentimental, é novo. E, para Dazai, também é novo ter alguém que não sente ciúmes. Mesmo que em seus antigos relacionamentos ele e seu parceiro não fossem tão chegados, a outra parte detestava que Dazai possuísse amigos, ou qualquer tipo de vínculo, era cansativo. — Eu funciono melhor com regras, você quer colocar algumas?

Soukoku - High School Onde histórias criam vida. Descubra agora