Capítulo CIX

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Chuuya novamente não levou roupa, e atravessou o quarto de toalha, sendo seguido com o olhar pelo namorado que decidiu que perder a partida do jogo era irrelevante diante da bela visão que tinha. Ao ter o ruivo enfim saindo vestido do closet, eles ficaram penteando os cabelos do outro. Não foi planejado, Chuuya só não pensou quando ligou o chuveiro, ele não precisava lavar o cabelo considerando que lavou pela manhã, mas estava tão avoado que o fez. No quarto da frente, Odette estava banhada e vestida, sentada na cama passando óleo hidratante no corpo, algo que Kenzaburo se assustou ao sair do closet.

— Você tava fazendo o quê aí dentro esse tempo todo? — Perguntou, ouvindo-o explicar sobre os funcionários terem arrumado sua bagagem e misturado com outras peças de roupas que Rimbaud comprou para ele. — Essa é nova? — Perguntou, e o rapaz negou, virando de costas e exibindo o desenho de "Sussurros do Coração - Studios Ghibli", bege. — Todas as suas camisas têm isso? — Perguntou, indo ao banheiro e guardando o óleo corporal de volta no lugar.

— Queria, mas é a maioria. São lindas, amo elas. — Disse sorridente, assistindo o casal adentrar no quarto questionando se já estavam prontos, Dazai e Chuuya estavam famintos. — Chuuya que demorou, não sei porquê todo esse drama. São 13h40, vocês ainda almoçam mais tarde que isso às vezes. — Reclamou, seguindo os garotos e sendo seguido por Odette. Realmente, ninguém se importa com o tamanho da roupa.

Finalmente matando aquilo que os matava, vulgo fome, Chuuya e os demais relaxaram. Elisa acabou fazendo companhia, ouvindo Chuuya explicar para onde foram, o que fizeram, Oe e Osamu contaram a experiência de andar de moto, Odette sobre como os rapazes eram divertidos, como estava contente que Chuuya finalmente tivesse com namorado e novos amigos. Após comerem e se deliciarem com as sobremesas, eles correram ao quarto de Chuuya, onde se jogaram na cama exagerada do rapaz, espalhados e esticados. Chuuya e Odette juntos tem o costume de dormir depois do almoço, e levariam Kenzaburo e Dazai a essa incrível aventura que era adormecer. Dazai, Chuuya, Odette e Kenzaburo. Exatamente nessa ordem eles resolveram se organizar, encarando o teto enquanto o sono não vinha.

— Odette, você acha que conseguiria sair no soco com uma onça? — Perguntou, e Chuuya deu risada da pergunta aleatória, enquanto Kenzaburo apenas negava com a cabeça a idiotice do amigo. — É sério, pô. Pensa, você tá lá e pá, aparece uma onça. Eu super saia na mão.

— Nossa, eu também. Eu amassava fácil. — Respondeu, fazendo Chuuya rir ainda mais e Kenzaburo olhar para a garota incrédulo por tê-la dividindo os mesmos neurônios que Dazai. — Mas assim, eu ganhava de uma onça, mas perdia fácil pra um bicho preguiça — Comentou, e Chuuya afirmou não fazer sentido. — Cala a boca, mano, tu tem medo de sapo.

— Não fala desse troço. — Reclamou, sentindo um arrepio na espinha. Dazai então questionou a veracidade daquela informação. — Vamos pensar em outra coisa. Kenza, você gostou de passear hoje? — Perguntou, e o garoto afirmou, questionando Odette sobre seu terno. — Ela não decidiu. — Resmungou, deitando no peito de Dazai que lhe fazia cafuné. — Odette, você tava aqui mesmo ou foi pro Brasil? — Perguntou, ouvindo-a afirmar que iria para lá nas férias de fim de ano e fazer o segundo ano do ensino médio lá. Kenzaburo questionou porquê raios a garota estaria indo ao Brasil. — A família dela é de lá. Você não percebeu? A camisa dela, oras.

— Ai, Chuuya, tem gente usando camisa de time que nem existe, jura que eu vou achar que só porque ela tá usando do Brasil ela é brasileira? — Perguntou irônico, ouvindo uma afirmação do rapaz. Odette deu risada, afirmando que a família de sua mãe era inteira do Brasil. — Dazai gosta de lá. Vive falando disso. — Comentou, e Dazai voltou a tagarelar sobre as músicas e cultura brasileira, o que gostava e o que não gostava. Chuuya se intrometeu, e Kenzaburo ouviu novamente algo que lhe chamou atenção. — Como chama isso? Ela falou desse Paco alguma coisa Blues ontem.

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