Red passou toda a tarde conversando com seu neto para ficar a par do que acontecia ali, ao menos pela visão de Ryan. Aparentemente, Karina e Akron passavam muito tempo nas reuniões com o conselho, às vezes até tendo suas refeições lá, apenas o jantar era garantido ser em família, caso contrário Ryan mal veria os pais.
Além disso, o menino também não tinha amigos, já que não podia considerar suas amas como amigas. As crianças que viviam no palácio nunca se aproximavam dele e em sua maioria saíam para brincar na cidade, o que ele era proibido de fazer.
Ryan em idade corrida tinha 1 ano e meio, mas como gork isso equivalia de 6 à 8 anos em idade humana. Ele era esperto demais em alguns momentos e inocente demais em outros, o que para Red era um reflexo da ausência dos pais.
Durante o jantar, Red se conteve em tocar em assuntos delicados, mas não podia deixar tudo de lado.
RED: Ryan me disse que um korvait ensina ele, é verdade?
AKRON: Sim, por quê? Algum problema? — perguntou em um misto de curiosidade e desafio.
RED: Eles são péssimos para ensinar. Pelo menos eu nunca consegui aprender nada com um korvait. São muito inteligentes e sabem das coisas, mas têm dificuldade em passar esse conhecimento para alguém que não é um korvait.
KARINA: Nunca ouvi falar disso.
RED: Os korvaits tem uma característica biológica que os permite transferir o conhecimento diretamente de um para o outro. De uma mente para a outra. Eles fazem isso com seus jovens, cada dia por dez ou quinze minutos os mais sábios transferem um conhecimento específico ou uma gama de conhecimentos diretamente para a mente desses jovens. O que não é possível fazer com nenhuma outra espécie que eu conheça, então quando eles precisam explicar algo com palavras de fato, são horríveis.
AKRON: E como você sabe disso tudo, Soberana?
RED: Em uma época passada eu passei uns dias com korvaits e depois de muitas tentativas frustradas de tentarem me explicar como isso tudo funcionava, eu pedi que me mostrassem. Aos poucos eu fui entendendo o que acabei de explicar para vocês. Eu levei dias, só para entender isso.
KARINA: Você teria uma indicação melhor?
RED: Não uma, mas algumas. Um Nihmo, um Hayppi, um Strongold e um Thunderlitrick pelo menos.
AKRON: Eu posso ensinar meu filho. Outro Strongold não é necessário.
RED: Você deve ensinar o que um pai ensina um filho. O que eu sugiro é que você peça ao sábio de seu clã que tente passar outros conhecimentos de seu povo para ele.
KARINA: Talshi, sabe que não há Thunderlitricks aqui.
RED: Não conhece ninguém que iria se dispor a ensinar seu filho, mesmo que por pouco tempo?
KARINA: Talvez — disse pensativa. — Mas por que um Nihmo e um Hayppi?
RED: Foram as espécies que mais me fizeram entender as coisas depois dos gorks.
KARINA: Você devia ensiná-lo também. É a gork mais velha e sabe mais das tradições e nossas histórias do que eu.
RED: Bobagem. Guida me quebraria inteira se suspeitasse que um dia eu ensinaria as tradições para seu filho em seu lugar. Não, tem que ser você. Posso até ajudá-la caso esqueça de algo, mas é um dever seu. Posso passar para ele coisas da minha vivência, das minhas experiências de vida pelo universo, isso poucos podem.
AKRON: Concordo. Iremos levar suas sugestões em consideração, Soberana.
RED: Isso me deixa feliz. Ah, antes que eu me esqueça quero participar dessa reunião que parece que não acaba nunca. Se eu puder resolver tudo rápido, o resto da sua manhã Karina é meu, de acordo?
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Red Diamond 3: Renascimento
FanfictionTudo estava tão bem, tão calmo. Dois anos se passaram desde a última vez que tiveram que lutar contra algum inimigo. Obviamente foi uma surpresa quando um enorme injetor modificado aterrissou na colina do farol juntamente com uma irritada gem rosa c...