Capítulo 116

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Red chegou ao segundo andar e parou à porta do antigo quarto de seu filho, a qual estava aberta, vendo Nolan sentado na cama de costas para a entrada e parecendo segurar algo em suas mãos. A diamante bateu na porta com os nós dos dedos, atraindo a atenção do jovem, então entrou no quarto e fechou a porta, em seguida indo se sentar ao lado de Nolan.

RED: Você leu a carta? — perguntou, vendo nas mãos do garoto o envelope que ela própria lhe dera semanas antes.

NOLAN: Sim, eu li. Ele escreveu que queria anunciar nosso namoro no aniversário dele.

RED: Por isso veio para cá hoje?

NOLAN: Também, mas a verdade, Sra. Diamond, é que eu fugi de casa.

RED: E por que não ir para a casa de Bernard?

NOLAN: Eu acho que seria o mesmo problema.

RED: Me conte o que está acontecendo, Nolan. As coisas não estão fazendo muito sentido para mim.

NOLAN: Minha família não sabe que eu sou gay e cada vez mais eles parecem me pressionar para ter uma namorada e superar a morte de Dylan, afinal ele era só meu amigo na visão deles. Eu quis dizer várias vezes que ele era mais do que isso, mas as palavras não saíram. Não sei por que ao certo, era como se eu ainda precisasse da permissão dele. A senhora sabe, mas descobriu sozinha, então achei que não teria problema vir aqui e conversar com a senhora.

RED: Se não tivesse vindo até aqui, para onde iria?

NOLAN: Eu tenho um grupo de amigos que dividem um apartamento e eles já tinham me oferecido abrigo caso eu precisasse depois de me revelar para minha família.

RED: Entendo. No entanto, eu acho que seus avós não vão ligar para isso. Não conheço seus pais o suficiente, mas tenho certeza que o apoio dos seus avós você terá, além da sua irmã e meu, é claro.

NOLAN: Acha mesmo?

RED: Sim — confirmou com um leve sorriso, fazendo cafuné em Nolan. — Faça o seguinte: ligue para seus pais e diga que está aqui. Eu posso falar com eles se quiser. Pode dizer que ficou com muita saudade hoje e precisava vir aqui – sendo sincera é por isso que estou em casa, ultimamente tenho ficado mais em Beach City. Amanhã nós veremos essa situação melhor, de preferência primeiro com seus avós. Eles podem vir aqui e vocês conversam na casa de hóspedes, o que acha?

NOLAN: Está bem, Sra. Diamond. Eu vou ligar para os meus pais, mas a senhora poderia falar com os meus avós para eles virem até aqui?

RED: Claro! Depois do jantar eu ligo para o Bernard. Estou planejando fazer sopa de legumes com carne, você gosta?

NOLAN: Gosto de tudo o que a senhora prepara.

RED: Ora, bajulador. Sabe conquistar uma sogra, não? — brincou, fazendo Nolan sorrir levemente. — Ah, eu acho que preciso te falar sobre as pessoas que estão em casa hoje. Você só conhece a Pearl, não é?

NOLAN: Isso, mas eu acho que já vi a grandona de cabelo colorido antes.

RED: Ok. Bem, a situação é que Pearl e eu estamos em um relacionamento aberto, com algumas regrinhas nossas, no geral podemos paquerar e namorar, mas não podemos ter encontros casuais nem só por diversão. A grandona de cabelo arco-íris é outra namorada dela, o nome é Bismuth. Já a outra grandona é minha namorada, o nome dela é Jasper.

NOLAN: Então quem não me deixou entrar se chama Jasper — comentou, meio ressentido.

RED: Sim, mas numa próxima vez ela deixará, já que agora ela vai te conhecer — assegurou.

NOLAN: Tem mais uma pessoa, não tem?

RED: Sim, o nome dela é Kalissa. Ela não é uma gem e sim uma hayppi, uma espécie extraterrestre originária de um planeta bem distante. O importante, Nolan, é você saber que Kalissa é minha esposa. Eu a chamo de Emãn e ela me chama de Umõn, que são equivalentes hayppis para esposa e marido, mesmo que eu não seja um homem é assim que sou vista pelo clã dela de certo modo. Kalissa é muito boa, gentil e inteligente, assim como Pearl, mas eu sei que para um humano é muito estranho encontrar um alien como ela, ainda mais com a semelhança dela com os tais grays das teorias.

Red Diamond 3: RenascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora