No Rules ☆ +omorrow × +ogether ☆

Excesso de adrenalina

* Yoon Ah on *

Ao abrir meus olhos pela manhã, senti uma forte dor de cabeça, e o que mais poderia se esperar depois de uma noite como a de ontem? Depois que a chuva passou o Kai me trouxe de volta pra casa, os meus pais, que ainda me esperavam, discutiram comigo durante um tempão, mas sinceramente, não escutei uma palavra. Tudo o que eu conseguia pensar era sobre o Beomgyu...
Mesmo depois de todas as tentativas que usei para fingir estar doente, não consegui convencer os meus pais a me deixarem ficar em casa, até mesmo o Dong Min me ajudou, ele sabia que eu não estava bem, embora eu nem tenha precisado dizer. Já que não tinha jeito, eu me levantei da cama, sentindo até mesmo uma tontura, eu havia chorado muito... Tomei um banho frio, demorado, ainda me sentindo meio sonolenta. Me aprontei para a escola mas não tomei café da manhã, eu não estava com apetite nenhum, convenci o Dong Min a ir sozinho na frente, eu sabia que ele iria me encher de perguntas e reclamar disso e daquilo, e sinceramente, já bastam a mamãe e o papai. Apesar disso, eu não queria ir pra escola sozinha, então depois de sair de casa, segui por um caminho diferente, até chegar à casa do Yeonjun.

- Yoon Ah? - O Yeonjun abriu a porta logo assim que toquei a campainha, ainda de pijama. - O que faz aqui?

- Eu não queria ir à escola sozinha...

- Que bom que veio, não é mesmo seguro que você esteja sozinha, você sabe o que tem acontecido...

- Sim...

- Entre. - Ele saiu da frente da porta, me dando passagem.

Eu entrei em sua casa, e ele veio logo atrás de mim.

- Você está sozinho? - Questionei.

- Não, meu pai está na cozinha... Já tomou café da manhã? Pode se juntar à nós se quiser.

- Não, eu estou bem...

- Mesmo?

Eu balancei a cabeça, afirmando.

- Eu não vou demorar tanto. - Ele falou. - Pode esperar aqui, vou tomar um banho.

- Ok.

Ele saiu da sala, me deixando sozinha ali, eu me sentei no sofá, enquanto esperava por ele.

* Taehyun on *

Depois de tomar café da manhã sozinho, o que já se tornou um costume, terminei de me aprontar para a escola e desci até o andar de baixo, onde minha mãe estava, digitando arduamente em seu notebook.

- Já estou indo, mãe. - Falei.

- Já? Mas você não costuma ir essa hora.

- É que... Tenho que fazer uma coisa antes.

- Já começou a empacotar suas coisas?

- Não é meio cedo?

- Quanto antes começarmos melhor, temos bastante coisa.

- Eu farei isso quando voltar da escola...

- Tudo bem.

- Mamãe.

- Sim?

- Você se livrou de tudo o que era da Ma Ri?

- Por que a pergunta?

- É que... Eu queria ter algo dela.

Ela fechou o notebook, com um olhar distante, deprimido.

- Sinto muito, querido... Sabe, eu...

- Não estava suportando... É, eu sei. - Falei, interrompendo-a.

- Não pense que estou tentando apagar as memórias da sua irmã, só quero que entenda que estou tentando evitar um sofrimento maior...