Tudo está acabado

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* Yoon Ah on *

Acabei despertando do sono, porém, já estava tudo escuro, certamente eu dormi por muito tempo. Me envolvi nos lençóis, sentindo um frio absurdo, olhei para o relógio despertador e vi que já eram três da madrugada.

"Eu dormi tanto assim?"

Tudo estava muito silencioso, o quarto era iluminado apenas pela luz que entrava pela janela.

"Será que o Choi Soobin já está dormindo?"

De repente, ouvi um barulho na casa, que foi o suficiente para atiçar minha curiosidade, eu olhei para o lado, vendo que as muletas permaneciam ali, então me sentei na cama, cuidadosamente, eu peguei as muletas, esticando-me para alcançá-las, e então me pus de pé, apesar de ainda estar sentindo muita dor. Comecei a dar os primeiros passos, abri a porta do quarto e segui pelo corredor, ainda envolta nos lençóis, caminhei lentamente pela casa escura, notando que, havia um único cômodo com a luz acesa, o que me deixou ainda mais curiosa, eu caminhei até ele, vendo que a porta estava aberta, comecei a observar, de forma sorrateira, e percebi que se tratava do banheiro, e lá dentro, vi o Soobin, em frente ao espelho, sem camisa, em seu corpo haviam algumas cicatrizes, mas isso não tirou me impediu de notar seus músculos, eu levantei o olhar, agora vendo que ele começou a tirar as ataduras de seu rosto, revelando completamente sua face, e ao vê-lo, senti algo forte dentro de mim, acho que o reconheci.
Porém, ele acabou percebendo a minha presença ali, olhando primeiramente pelo reflexo no espelho, e então se virando para me olhar, o que me fez recuar imediatamente, para evitar ser vista, no entanto, ao fazer isso, uma das muletas se prendeu ao cobertor, que arrastava no chão, me fazendo cair, e o que era para ser uma fuga discreta, acabou sendo algo ridiculamente constrangedor.

- Diana, você está bem? - Ele saiu do banheiro, vindo em minha direção, abaixando-se.

- Sim... - Falei, me erguendo.

- Se machucou? Sua perna está doendo?

- Eu posso aguentar...

- O que faz fora da cama? - Ele questionou, enquanto colocava o cobertor em torno de meus ombros.

- Eu...

- Estava espiando?

- O que?! Não! Quero dizer... Eu só levantei um pouco... Então vi que a luz estava acesa e aporta aberta, só fiquei curiosa.

- Curiosa? Sobre o quê? - Ele arqueou a sobrancelha, fazendo uma expressão maliciosa.

- Não é nada assim! O que está pensando?! Eu só... É que... Bem...

Ele deu uma risada breve.

- Está tudo bem, não precisa ficar nervosa.

- Não estou nervosa. - Abaixei o olhar.

- E então? Matou sua curiosidade?

Eu tornei a olhar para ele, observando seu rosto atentamente, a sensação que eu sentia era a mesma, familiar, porém estranha, eu estendi minhas mãos, tocando seu rosto levemente, com cuidado para não machucá-lo, pois haviam muitos ferimentos.

- Não me olhe assim... Eu estou horrível. - Ele desviou o olhar.

- Não... Não está... - Eu insisti em tocá-lo. - Seu rosto... Sinto que te reconheço.

Ele pareceu impressionado, me olhando nos olhos, tomando uma de minhas mãos, e então a outra, passando meus braços em torno de seu pescoço, o que diminuiu a distância entre nós.

- O que você...

E quando eu menos esperei, ele me ergueu em seus braços, com facilidade, eu me senti tão leve.

No Rules ☆ +omorrow × +ogether ☆Onde histórias criam vida. Descubra agora