Capítulo CXXVIII

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Os dois começaram a caminhar rumo ao que viram Kenzaburo seguir, e Theodore supôs que estivesse na cachoeira considerando que Odette apontou para lá e eles não o encontraram em casa. Enquanto caminhavam, Odette parou por um momento para colocar o vestido, mas acabou apenas encaixando a parte de baixo, considerando que é de costas nuas.

— Quer minha camisa? — Perguntou, assistindo a garota terminar de se vestir.

— Na verdade, acho que eu queria um short, mas não vou voltar. Eles brincaram com isso uma vez, mas achei que fosse alguma besteira, que bom que ele não gosta tanto de toque. — Comentou, ainda envergonhada, e Theodore deu risada em concordância, comentando sobre não entender por que raios Oe ficou tão envergonhado, costuma-se ter orgulho desse tipo de coisa. — Não faço ideia.

— Me sinto estranho por repassar essa imagem na minha cabeça. Ele não parecia estar tentando controlar alguma coisa, só tava normal, tipo, relaxado. — Comentou, e a garota afirmou não ser algo que quer pensar muito sobre. Kenzaburo não carrega o estereótipo que ela francamente achou que carregasse. — Pegada de cachorro? — Perguntou-se, confuso, logo avistando o cane corso que estava parado encarando quem quer que fosse sair da mata. — Oi, garotão! — Resmungou, abraçando o cachorro.

— Então foi aqui que você se escondeu, né. — Odette apontou para o japonês que estava na água com o golden, brincando com o cachorro. — A gente ficou preocupado. — Resmungou, sentando na pedra e assistindo o dálmata se aproximar. — Que bonitinho.

— Esse é igual ao Oreo. — Comentou Oe, assistindo o golden voltar com o graveto e logo indo buscá-lo outra vez quando Kenzaburo o jogou. — Preocupados por quê? Eu sei voltar, foi literalmente uma linha reta.

— Ah, não sei, vai que se perde, que se machuca. Pode acontecer. — Odette explicou, assistindo o filhote de dálmata pular na água novamente, apressado. — Você tá bravo? — Perguntou, balançando os pés na água, ganhando a companhia de Theodore ao seu lado.

— Mais ou menos. — Resmungou, estava envergonhado, não exatamente bravo. — Dazai tá com o gnomo?

— Tá. Quer que chamemos ele? — Odette questionou, e o outro negou, afirmando estar tudo bem. — Você não tá mesmo bravo, né? — Perguntou, preocupada, então, o rapaz voltou a negar. — Certo.

— Vocês estão em cima da minha toalha. — Oe resmungou, e Theodore afirmou estar na grama. — Por que estão aqui mesmo?

— Pra ver você. Você tem um sério problema com pessoas perto de você. Impressionante. — Theodore reclamou, e o outro sussurrou para o golden sair da água, o que o mesmo logo fez e, como esperado, se sacudiu, molhando Theodore e Odette. — Eu só não vou te molhar porque você já tá molhado! — Reclamou, adentrando na cachoeira e se aproximando de Kenzaburo, que não tardou a fugir.

— Se der mais um passo, ou nado, não sei, mando ele pular em cima de você. — Ameaçou, e Theodore não parou. — Qual o nome dele mesmo? Ele só vem, eu não chamei. — Resmungou, a fim de sair da água visto que o outro estava se aproximando. O golden não tardou a se aproximar, preparando-se para pular na água, então, Kenzaburo o chamou, contente, o canino saltou, realmente caindo entre Oe e Theodore, dando oportunidade para o japonês correr para longe.

— Odette, ele tá implicando comigo. Vocês não estão a fim de ir pra outro lugar? — Perguntou, se aproximando da garota que lhe ofereceu a toalha ao vê-lo tentar erguer-se, saindo do lago. — Obrigado. — Murmurou ao sentar-se, e Theodore logo se aproximou deles, distraindo o golden com o filhote de dálmata. — Não me puxa.

— Eu sei. Não vou puxar. Não acredito que tô falando isso, mas, não tem pra quê sentir vergonha disso. — Resmungou Theodore, deitando a cabeça na coxa de Odette, que concordou. — Não querendo diminuir, mas já diminuindo, quem tem vergonha disso?

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