One shot de Meg para Bia.
A morte é temida por muitos, ela é vista como o maior vilão do mundo, ninguém pode escapar dela, não importa onde esteja ela vai te achar, mas será que ela realmente é a vilã?
Em uma casa escura, um pouco suja e toda empoeirada, uma garota morava. Um sentimento dentro dela não a deixava viver mais como antes, desde a morte da mãe dela, nunca mais ninguém a viu. O medo de ter mesmo fim que a mãe, a assombrava, todas as coisas cortantes ou tóxicas foram jogadas fora. Ninguém além dela entrava lá, seu gato de estimação foi dado a uma amiga. Todas as noites, jantava, trocava de roupa e ia direto para a cama, um pesadelo fica se repetindo toda vez que pegava no sono.
Sua vida era resumida em ficar dentro de casa, apenas olhando para as paredes. Um dia ela não acordou naquela casa, o lugar onde estava era diferente, não era bom nem ruim. Não se lembrava de ter ido lá nenhuma vez, como se lembraria, faziam semanas que não saia de casa.
Ela olhou o lugar, existam algumas flores e alguns animais, era o lugar mais calmo que já havia ficado, pela primeira vez ela sentiu o que era paz.
-Senhorita Martinez, eu estava lhe esperando.- um homem mais a frente disse. Ele estava de costas, vestia um sobretudo preto, estava segurando uma margarida, quando olhou para ela seu rosto era magro, mas não era de dar medo.
A garota olhou para ele e logo percebeu que estava morta, ou quase. Ela deu uns passos para trás, se afastando mais dele, algumas lágrimas escorriam pelo seu rosto.
- Não tenha medo... Eu não lhe farei nenhum mal, apenas quero conversar.- o homem disse e caminhou até ela. Ele não sorria, não tinha expressão nenhuma, a cada passo que se aproximava dela, a garota sentia paz.
Ele pegou a mão da garota delicadamente e caminhou com ela até um banco. Quando ele tocou nela o medo que ela estava sentindo despareceu, sabia que não precisava mais ter medo de estar lá com algo estranho.
- Você sabe o que eu não, não é mesmo senhorita Martinez?.- ele disse a olhando, a flor que estava na mão dele murcharam rapidamente. Ela apenas concordou com a cabeça e olhou para baixo.
- Você é a morte... e provavelmente eu morri...- ela disse um pouco triste, não queria que a vida dela tivesse chegado ao fim desse jeito.
- Você não morreu ainda... Há algumas semanas eu conheci sua mãe, sabe ela estava muito orgulhosa da filha que ela tinha, eu conversei com ela, assim como estou conversando com você. Não precisa ter medo de mim, sei que as vezes sou vista como uma verdade dolorosa, mas não sou injusta.- o homem disse olhando a garota, ele disse cada palavra calmamente.
- Se eu não morri... por que estou aqui falando com você?- ela perguntou o olhando, sua mente estava confusa, queria fazer varias perguntas, mas não conseguiu falar.
- Eu lhe trouxe aqui, pelo simples fato de não querer mais ver você trancada naquela lugar. Sua mãe me pediu para lhe ajudar se isso acontece-se e eu sempre cumpro meus tratos. Quando você voltar para sua vida, quero que saia, faça novos amigos... Sua vida vai ser longa, mas não será se ficar naquele lugar.- ele disse e se levantou.- Quando for sua hora, eu a irei ver novamente, mas agora apenas viva!
[...]
A garota acordou diferente, parecia estar feliz, não se lembrava do sonho, mas não importava. Ela se levantou rapidamente e caminhou até a janela de seu quarto, abriu a cortina empoeirada deixando a luz entrar no lugar, viu algumas pessoas passando na rua e acenou para elas. Caminhou rapidamente até seu guarda-roupa e se vestiu com um vestido florido e uma pulseira que sua mãe havia dado a ela.
- Agora terei você sempre comigo!- ela disse e saiu da casa, era aniversário de um amigo dela, então foi até a casa dele lhe dar os parabéns.
{...}
- Sua filha é igual a você.- o homem disse sorrindo, para a senhora sentada ao lado dele.
- Eu disse a você, sempre tive orgulho dela.- a senhora finalizou e sorriu ao ver que a filha estava feliz, pela primeira vez em muito tempo.
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Amigo Oculto Literário
NouvellesSorteio entre amigos do grupo do Whatsapp ajudando escritores, em que cada participante recebe em sigilo o nome de outro a quem deve presentear com uma one shot.