Uma Noite Quase Normal

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Pippa para Lucas

Uma noite quase normal

Beto saiu do trabalho na intenção de ir comemorar o aniversário do amigo André junto com mais três amigos, Joao Pedro, Vitor e Aldo, se conhecem desde a infância quando invadiam terreno privado para tomar banho numa grande piscina de uma mansão.

O contador saiu do prédio em que trabalhava e ligou para sua esposa avisando que iria encontrar os amigos e que antes da meia-noite estaria em casa.

André namorava uma moça muito ciumenta, que não deixava que ele encontrasse os amigos e muito menos fosse a bares. Então ele disse que ficaria na empresa de informática onde prestava serviços até mais tarde.

Joao Pedro era engenheiro, mantinha relacionamento com duas mulheres, malandro até a raiz do cabelo falou para as duas que estava doente e que ficaria na casa da mãe, que cuidaria dele.

Vitor, o virgem, como era chamado pelos amigos, pois só perdeu a virgindade quando se casou com Jessica, uma corretora de imóveis. Jessica trabalharia até tarde naquela noite e avisou que buscaria o marido no bar quando saísse.

Aldo era o estranho, assexuado, não se casou, não namorava, só trabalhava e estudava, seu foco na vida era criar um aplicativo que substituísse o whatsapp, que segundo ele tinha muitas falhas e precisava melhorar muito para ser realmente bom e útil.

— Ê! — gritaram ao se encontrar, apenas Aldo não chegou na hora.

— Deve estar tentando derrubar o whatsapp! — disse João Pedro, rindo.

— Vamos ficar aqui fora mesmo? — Beto sugeriu.

— Nossa reserva é lá dentro na parte de cima... — João Pedro disse com um sorriso malicioso no rosto. — Meu presente só vai chegar mais tarde.

Todos entraram e foram conduzidos à mesa por uma recepcionista. Quando Aldo chegou eles cantaram os parabéns e começaram a contar histórias engraçadas que viveram com o aniversariante.

— André, você se lembra daquela menina que cismou com você? — indagou, Beto se lembrando de uma história engraçada envolvendo o aniversariante.

— Aquela ruiva ou a negra?

— A ruiva... — disse e riu, fazendo o amigo cair na gargalhada também.

— Caraca! Eu lembro, eu saí correndo quando vi aquele bagulho me esperando.

— Você marcou encontro por quê, se achava bagulho? — Aldo questionou.

— Hoje em dia tem como mandar foto, fazer chamada de vídeo, naquela época não, eu vi uma foto só de rosto e quando cheguei lá, a mulher assustava até o capeta.

Riram. Aldo não aceitava que falassem mal de mulher e por isso se conteve para não comentar alguma repreensão ao amigo.

— Pior foi o idiota do Beto falar pra ela que eu morava perto da casa dele.

— Você é todo romântico, achei que estivesse apaixonado. — respondeu rindo do amigo e tomando um gole da cerveja.

— A minha história com o André se resume àquela represa... — Vitor começou, pois era o mais novo do grupo e não tinha tanta história para conta, tomou um gole da cerveja.

— Ah, a represa. Bons tempos... peguei muita mulher lá. — João Pedro se lembrou.

— Você é ridículo, Pedro. Se pega coisas, mulher é gente...

— Ih, começou, você fala isso e nunca nem beijou uma mulher, otário. — retrucou, João Pedro.

— Beijei, sim. Só não sinto nada e as mulheres sentem vontades e eu não vou ficar com ninguém assim...

Amigo Oculto LiterárioOnde histórias criam vida. Descubra agora