Inverdades verdadeiras

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De Rosie para Dani

Olhava para o céu chuvoso e pensava na noite interior. Havia sido a confraternização de fim de ano da empresa. E muitas coisas haviam sido feitas, não feitas e ditas sem uma palavra. Prova disso havia sido o tal amigo oculto, que revelou verdades ocultas.

Quem diria que uma brincadeira tão simples, tão comum, acarretaria nessa confusão que havia virado a sua vida.

Ela iria se casar em 3 meses, com o presidente da empresa, não antes que você pense que é golpe, a empresa foi criado pelo seu pai...

Tudo no seu mindinho era colorido. A começar pelas pontas azuis em seu cabelo loiro. E ela era o que poderia se chamar, uma princesinha encantada. Feliz e despreocupada.

Tinha um ótimo emprego, uma casa linda e um homem sexy e completamente louco por ela.

Gustava andava meio distante, mas era normal, a empresa estava em meio a fusões, o casamente se aproximava, e ele andava passando por alguns problemas de saúde... Então o que importância relevante tinha o fato de não fazerem amor há quase um mês?

Até a noite anterior? Importância alguma. Agora? Um mundo problemas.

Ela havia ajudado na preparação da festa. Queria o melhor para todos naquela noite, os melhores sabores, cores esfuziantes, música apropriada e todos felizes. Os presentes iam sendo deixados junto a imensa árvore de Natal do salão.

Perto da meia noite ela se deu conta que Gustavo estava sumido há mais de uma hora, e já era chegada a hora da troca de presentes, quando ia sair a procura dele, o viu entrar apressado na sala, o terno levemente desalinhado.

Enfim a troca de presentes começou. Os sorrisos eram alegres e o ambiente reluzia. Ela iniciou as festividades, havia tirado Selma, do RH e tudo corria bem até que chegou a vez de Gustava, e este tirou Patrícia, a assistente substituta dele.

Ela estranhou um presente tão caro, como um colar sendo dado uma funcionária, ainda mais novata, mas não disse nada, sabia da alegria do noivo em presentear, afinal se lembrava dos presentes que ele já havia dado a outras pessoas.

Chegou a vez de Patrícia e ela a havia tirado, e lhe dado uma belíssima camisola, brincou ser para a lua de mel do casal. Tudo teria ficado bem se dentro da caixa de presente, não houvesse um outro presente, um álbum de fotos. E dentro dele, nas mais variadas posições, Gustavo e não apenas Patrícia, mas outras mulheres sorriam e faziam sexo.

E eis assim a história de Camilla, que descobriu em um amigo oculto, que o inimigo muitas vezes habita ao nosso lado, e raramente deixa de ser oculto.

Amigo Oculto LiterárioOnde histórias criam vida. Descubra agora