AURORA BOREAL

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OneShorte- KatlinCarolineA.S

para: Evanio.

Ps: Olá, desculpa mas não sei qual gênero você escreve, e achei melhor não vasculhar teu wattpad para não ser óbvio . Enfim, espero que goste de drama e tema musical. Esse pedaço de música foi escrito há algum tempo em dias de chuva.. espero que curta. 

        

               " Aurora Boreal " 

"As gotas de água escorrem pela janela🎵

Pergunto as estrelas porque estou tão distande dela🎵

Mesmo passando um pano o vidro continua embaçado 🎵

O que fiz de tão aterrador no passado?🎵 

A chuva parece ser implacável 🎵

Igual essa solidão que insiste em me perseguir..🎵

Estou só nessa cidade de barro, da qual não consigo fugir.. 🎵

Fugir, fugir , escapar para o além  🎵

Mas ninguém ouve na cidade de barro..🎵

Fugir, fugir , escapar para o além 🎵

Ninguém liga, ninguém quer saber🎵

Fugir, fugir , escapar para o além 🎵

A cidade de barro vai ingulir você 🎵

Fugir, fugir , escapar para o além 🎵

Desejo coisas impossíveis da quais não posso ter🎵  " - Fim da letra de música .

    Evanio estava deprimido demais para compor outra música, saiu da cama com tamanha insistência da fome, a qual lhe venceu. Após mais uma noite conturbada,  seu hálito era sem dúvida uma fonte de Uísque vagabundo , aquele que só se compra por não ter dinheiro para um mais decente. De acompanhante, o cigarro também era distinguido com facilidade pois ele tinha uma preferência tola por menta, embora achasse idiota fumar um cigaro com esse gosto.

    Ele era um jovem de alma antiga. Aos 24 anos a vida não fora tão generosa o quanto ele planejava aos 19 anos naquele pub onde estreou e tocou oficialmente com sua antiga banda. 

     Agora, era apenas mais um cara que tocava guitarra, cantava em pub's que cheiravam a decomposição e depressão à quilômetros de distância.  O jovem morava sozinho em chicago( A cidade dos ventos)  após ser largado pela ex-namorada que seguiu a carreira de atriz em Nova York.  

     Um cara fracassado que estava praticamente mendingando pena em troca de bebidas em botecos de uns amigo. Como já fazia mais de doze horas que ele não comia, a necessidade  básica de alimento era imensa, mas a falta de disposição para preparar algo era intensa. Pôs um casaco de couro comprido, jogou o maço com esqueiro no bolso desse , pegou seu livro do Charles Bukowski  e trancou a casa saindo porta à fora.  

      O frio cortava a pele como um canivete quando o vento batia forte. Chicago era uma merda de caminhar à noite naquela época da estação. A rua estava movimentada, havia turistas ricos e tolos embasbacado com a cidade. Os prédios altos não tinham tanta graça,  não eram bonitos nem chamava atenção. Para Evanio, aquela era só mais uma cidade de barro. Onde eles moldavam coisas boas para turistas mas os mendigos levavam porrada da Polícia como os negros a luz do dia. 

     Caminhando, ele pensou em atravessar a rua para ir à taverna do outro lado. Enquanto corria pela rua, um homem gordo saía do boteco aos gritos xingando um garoto. Ele era latino e estava muito enfurecido. Deu um soco no garoto que caiu na calçada. O gordo entrou para o boteco deixando o menino ali. Evanio não queria se meter, mas quando viu o rosto do menino, ele se deteve. O garoto tinha no máximo treze anos.

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