Mollie é uma boa garota

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One shot de Isabela para Caren

Decidimos a viagem em questão de uma semana. Era fim do terceiro bimestre e estávamos todos estressados por causa das provas, trabalhos, escola e compromissos. Era o ultimo ano do colégio e tudo aquilo estava acabando com a gente, precisávamos de alguma forma descansar a nossa cabeça. Foi aí que pensamos de passar um final de semana em uma praia perto de onde moramos.

Apesar de estar fora da alta temporada estávamos preocupados que não conseguíssemos achar algum lugar para ficar, o que no final acabou sendo um dos menores problemas, pois achamos uma casa mais do que perfeita por um preço super baixo. No começo tentamos achar um por quê para a casa estar naquela quantia. Primeiro achamos que era um erro de digitação e que faltava mais um zero talvez, então falamos com o proprietário por mensagens e ele garantiu que aquele preço era o certo. Pensamos também que seria por estar em um lugar meio distante da civilização, mas o preço continuava sendo muito baixo, então o próximo pensamento foi que o proprietário não sabia colocar valor nas coisas, mas o mais estranho é que a única busca feita foi a nossa, além do proprietário insistir diversas vezes para irmos, e que se a gente quisesse ele até abaixava mais o preço. E no final resolvemos esquecer nossas dúvidas e ficar com a casa.

Como conseguimos economizar mais dinheiro do que o esperado com a casa, conseguimos alugar uma minivan com motorista para que nós seis fossemos totalmente confortáveis. O resto do dinheiro que sobrou compramos uma quantia de comida que iríamos precisar, e guardamos um pouquinho para a viajem.

Chegamos era passada das três e meia, e apesar do sol não estar tão quente eu não esqueci meus óculos escuros. A van parou na frente da casa com uma de suas rodas quase encostando na areia. A casa, que na verdade era um mansão, era bem mais do que esperávamos, e pelo menos a visão do lado de fora era maravilhosa.

Pegamos as nossas malas e caminhamos em direção à casa, pegando a chave que estava debaixo do carpete e entrando logo em seguida, mas quanto mais entrávamos um cheiro insuportável vinha até nós.

- Meu deus, o que é isso ? - disse Cecília a uns metros de mim, tentando tampar o nariz com a manga da blusa.

- Parece o cheiro de alguma coisa morta! Quando eu e meu pai íamos caçar e às vezes o animal ficava por um tempo no nosso porão o cheiro era tipo esse - Lucas começou a abrir todas as portas e janelas enquanto falava de um modo como se a situação fosse algo totalmente normal - Vamos deixar ventilar enquanto procuramos da onde está vindo o cheiro.

Todos concordamos e abrimos tudo o que podíamos com uma agilidade maior que o normal, mas quando subimos para o andar de cima o cheiro apenas pirou fazendo Catarina ter um ataque de tosse e tendo que descer correndo para tomar um ar.

- O cheiro está vindo daqui- Lucas apontou com a cabeça para uma das últimas portas enquanto tentava abri-la com a mão sem nenhum sucesso.

Tentamos abrir a porta de várias maneiras possíveis do mesmo modo em que tentamos encontrar soluções para o cheiro horrível. Depois de alguns minutos sem resposta alguma resolvemos deixar quieto a questão de abrir a porta e focar apenas na questão do cheiro. Ligamos para o proprietário diversas vezes, mas ele não atendeu nenhuma das ligações, então mandei algumas mensagens por e-mail com a esperança que ele respondesse rápido.

- Ei Amélia, vem com a gente! Ou vai ficar aí parada perdendo tempo enquanto espera uma resposta? - Gritou Cecília da areia com um grande sorriso no rosto.

- É, vem com a gente! Isso aí a gente resolve depois, deve ser no máximo um bicho morto que deve ter entrado pela janela...

- A janela tá fechada! Eu confirmei isso. Não só fechada, como lacrada.

Amigo Oculto LiterárioOnde histórias criam vida. Descubra agora