Ela não parava de ajeitar a franja e seu rosto devia estar doendo de tanto sorrir. Aquiles esforçava-se para manter-se sedutor, mas a mulher devia ter uns cinquenta quilos a mais que ele e uma sobrancelha grossa que o incomodava. As pessoas nas mesas ao redor não paravam de olhar para o improvável casal e cochichar seus comentários maliciosos.
— Então, o que acha de sair deste restaurante chato e irmos a um lugar um pouco mais... confortável?
— Adorei a ideia — ela piscou sensualmente, movendo a sobrancelha como uma lagarta. — O que tem em mente?
Deus, acabe logo com isso!
— Confia em mim?
— Acabamos de nos conhecer... Ainda nem acredito! Sempre janto sozinha aqui e do nada você aparece puxando conversa... Não sou tão fácil, rapaz!
Não acredito que vai se fazer de difícil... Puta que pariu!
— Há algo em você diferente...
— O quê, exatamente?
Suas sobrancelhas vivas.
— Seu olhar. Você tem olhos enigmáticos. Quando vi você, logo fiquei intrigado e te observei de longe.
— Então, só com meu olhar já quer me levar pra um lugar mais... confortável?
— Sempre vou direto ao ponto com o que eu quero.
— E o que você quer?
Raspar essas taturanas de cima dos seus olhos.
— Posso ser sincero? — sussurrou se inclinando para mais perto dela.
— Deve!
— Quero chupar você inteira.
Ela enrubesceu, mas de acordo com a descrição do desafio, quanto mais pornográfico fosse o linguajar, mais ela se excitaria.
— Nossa — ela se abanou com a mão. — Assim você me mata!
— Então aceita?
— Só se me disser tudo o que vai fazer comigo — ela mordeu o lábio, sensualizando.
Obrigar você a correr em uma esteira a noite inteira, sua porca.
— Hum... Então gosta de detalhes... Pois bem, eu vou...
O celular tocou. Pegou automaticamente, para ver de quem se tratava.
Paula.
— Posso atender rapidinho?
— Fique à vontade. Só não vá fugir! — ela deu uma risada, mas Playboy sabia que era um medo real, de que aquilo se tratasse de uma brincadeira de mal gosto e ele fosse embora para rir com seja lá quem.
Aquiles se afastou, indo para a área externa do restaurante. Atendeu.
— Oi, Feiticeira.
— Muito ocupado, Playboy?
— No meio de um desafio — não estava com paciência ou humor para entrar em detalhes.
— Legal. Sua pupila aqui precisa de sua ajuda.
— Estou ocupado, garota.
— Se estivesse tão ocupado não teria atendido, garoto. E não estou pedindo ajuda, só comunicando que preciso. Você vai me ajudar de livre e espontânea vontade.
— E de onde tirou essa autoconfiança toda? — ele sorriu. — Não estou com saco para bancar o bom samaritano. Quer ajuda com um desafio?
— Exatamente.
— E o que eu ganho com isso?
— Nada.
Playboy riu.
— É assim que convence as pessoas? Sua técnica não parece muito atrativa. Mas só por curiosidade, que tipo de ajuda você precisa?
— Dois empréstimos. Um em dinheiro, uns cinco mil, e seu carro, o amarelo.
Aquiles riu alto.
— Cinco mil e meu carro?
— Uns cinco mil. Talvez seis ou sete, pra garantir.
— Pare de usar drogas. Tchau, estou ocupado.
— Se desligar vai se arrepender.
— Uh! — debochou. — Isso é uma inversão de papéis? — riu. — Esse foi nosso primeiro diálogo, lembra?
— Se não me emprestar vou fazer merda das grandes, de propósito, e você vai pagar, por ser responsável por mim.
Aquiles desfez o sorriso.
— Não vai me intimidar com isso, gata. Se fizer merda você também se fode.
— Quem falou em intimidar? Falo de parceria. Vou ficar te devendo uma e como agradecimento vou trepar com você, com exclusividade.
— Agora a proposta fica interessante. Mas posso transar de graça com quem eu quiser.
— Um pouco pretensioso, mas não vou negar. Só garanto que se não me auxiliar, além de ser punido, nunca mais vai enfiar o pau em mim.
Aquiles riu. Agora ela pegava pesado. Ele adorara transar com ela. Queria uma que não fosse grupal, só com ele.
— Você tem um carro.
— Preciso de um como o seu. Um bem chamativo. E quanto ao dinheiro, devolvo quando receber meus espólios.
— O dinheiro não é problema. Mas tenho ciúmes do meu carro.
— Tudo bem. Vou ligar pro próximo rei do camarote. Bye.
— Ei!
— Oi.
— Você é uma filha da puta, sabia? Pra que horas quer o carro?
— Em no máximo duas horas.
Aquiles calculou mentalmente quanto tempo levaria para transar com a gorda. Ia dar tempo.
— Deixo em sua casa então. O dinheiro eu transfiro online.
— Você é muito fácil. Nem me esforcei.
— Não abuse da minha solidariedade.
— Quem prova da xota mágica vira escravo, não se envergonhe.
— Tchau — desligou.
Tinha de voltar pra mesa. A gorda. Algo passou por sua cabeça. Se as sobrancelhas eram daquela grossura, como não seriam seus pelos pubianos?
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Maldade, Playboy!
Queridos leitores e leitoras, ainda esta semana, pelo menos cinco capítulos em um só dia com a saga do Resort. O que estão achando? Seus comentários me estimulam bastante a escrever mais! Divulgue aos seus amigos!
A espera vai valer a pena!
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Clube Proibido [completo]
Mystery / ThrillerAté onde vão os limites da luxúria e do desejo? Para o Clube, eles não existem. Sem tabus, sem pudores, sem vergonha... Jovens deliciosos, irresistíveis, mestres na arte da sedução, prontos para realizar as mais impensáveis fantasias de estranhos. ...