Clube Proibido [completo]

Capítulo 49: A bela e a fera (parte 2)

Ludo saltou da cama. Sabia que estava passando vergonha, que estava sendo uma vergonha, mas sabia como aquilo iria acabar.

— Para, Paula, por favor! Você sabe por que eu não me apaixonei por você até agora? Porque seria como me apaixonar por uma atriz ou personagem de anime, ou filme, ou seriado. Sabe a Serenity do Arrow? Pois é, se ela fosse real eu seria loucamente apaixonado por ela. Mas ela não é real, é inalcançável. Você é inalcançável. Não seria lógico eu confundir as coisas e alimentar esperanças que não vão dar em nada? Além de ser minha única amiga, é colossalmente bonita e... — procurou a palavra.

— Gostosa?

— É... Isso mesmo. Sem falar que é a mulher mais legal que eu conheço. Se eu ultrapassar a barreira do impossível, se eu chegar a tocar você, a... sentir você... Se eu perder minha virgindade com você, eu vou certamente começar a fantasiar algo, sabe? Não sei se você me entende, não sei se faz sentido, mas... Seria inesquecível. Eu iria querer mais, ia... Eu sou muito viadinho, eu sei. Que homem em sã consciência iria rejeitar você? Digo, eu não estou rejeitando você, claro que não. Quem sou eu? Jamais, jamais ousaria, mas...

— Eu só queria te dar o presente de aniversário... — agora era Paula quem estava envergonhada.

— Eu imaginei. Algo único, que só aconteceria hoje, mas e depois? Você seria minha primeira em meus vinte e dois anos. Eu jamais esqueceria, mas sofreria, porque...

— Ludo — ela o interrompeu som um sorriso complacente. — Eu já entendi — levantou-se da cama, de braços abertos. — Feliz aniversário, amigo. Já passou e muito da meia-noite.

Ludo ia falar algo, mas apenas suspirou fundo e a abraçou. Foi um abraço forte, sincero.

— Você não existe, Ludo — ela sussurrou com o queixo no ombro dele.

— Obrigado por entender.

— Então, se eu tirasse sua virgindade, você iria se apaixonar?

— Muito provavelmente — respondeu, os dois ainda abraçados.

— Sem quebrar a barreira, certo?

— Certo — o abraço continuava.

— Então por que ainda está duro? — segurou o volume de Ludo com firmeza, com o outro braço apoiado nas costas dele para que não se afastasse.

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Paula! Paula! Para com isso, não foi o que combinamos no roteiro!