Paula pediu uma tequila, sentando-se ao balcão. Sabia que estava sendo comida viva, mas principalmente, o pastor havia pegado a isca. Sua saída triunfal da piscina diante dele, e a ajeitadinha na parte frontal da calcinha tinham sido suficientes. O biquíni vermelho também havia sido escolhido estrategicamente para se destacar dentre os outros. Agora que tinha a atenção dele, sempre que estivesse por perto ele iria notar — e ficar desconcertado.
Havia chegado na noite anterior, e embora o quase ninguém tivesse visto o carro, sabia que a notícia havia se espalhado entre os funcionários. Paula aparentava ter dinheiro, e isso facilitava as coisas, como por exemplo um quarto no mesmo andar de sua vítima, na área VIP. O lugar era geralmente reservado para políticos e celebridades, mas com a lábia, o decote e o carro esporte caríssimo, o quarto era seu. Passara a noite avaliando o local, vendo como poderia executar seu plano. Assim que teve tudo desenhado em sua mente, passou para a parte principal: observar o pastor e a esposa, seguir seus passos à distância sem despertar atenção, que deveria acontecer no momento certo. Seguiu os passos dos dois, percebendo que ambos raramente se desgrudavam. Não que ele quisesse ficar perto da esposa, Paula sabia, mas para passar a imagem de um homem de família apegado à esposa.
Ao menos não havia crianças. Heitor havia viajado apenas com a mulher, para ter um "tempo a dois com a amada". Por tudo que Paula leu, sabia que era balela. Paula também percebeu os homens que seguiam o pastor onde quer que ele fosse, os seguranças à paisana. Havia pelo menos quatro. Também percebeu um homem de óculos com sempre com celular na mão que observava Heitor à distância e vez ou outra tirava uma foto. Era um celular de ponta, cuja câmera devia ser tão boa quanto uma semiprofissional. Talvez ele fosse um paparazzi ou jornalista, quem sabe o detetive particular — se é que era um detetive —, que usava celular para chamar menos a atenção e passar despercebido. Havia paparazzi, vários, com câmeras profissionais à mão, mas aquele era bem mais discreto. Só não passou despercebido aos olhos de Paula.
A Feiticeira fez algumas anotações, como horários, lugares, vezes que o pastor ia ao banheiro — ela sabia que era para masturbação — e esboços de sua abordagem no dia seguinte. Pela manhã esperou o momento certo para a primeira aparição ao político. Viu-o sair para o banheiro de onde estava, com sua tanga, e tirou-a, jogando-se na piscina. Esperou ele voltar e bingo! Sabia que ele não resistiria. Agora, enquanto tomava sua tequila no quiosque, Paula pensava no próximo passo.
Um rapaz musculoso, bonito e sorridente se aproximou para puxar conversa. O primeiro ímpeto foi dar um fora nele, mas teve uma ideia melhor.
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Qual será o próximo passo?
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Clube Proibido [completo]
Mystery / ThrillerAté onde vão os limites da luxúria e do desejo? Para o Clube, eles não existem. Sem tabus, sem pudores, sem vergonha... Jovens deliciosos, irresistíveis, mestres na arte da sedução, prontos para realizar as mais impensáveis fantasias de estranhos. ...